Exame de pares cranianos

Em uma das aulas que ministrei no curso de DTM e Dor Orofacial do IEO em Bauru (sob coordenação do Prof. Paulo Conti e com matrículas abertas para 2012!) eu fiz a exposição de como realizar o exame de pares cranianos de forma simples mas eficaz para verificar possíveis alterações e encaminhar rapidamente o paciente ao neurologista.

Como falamos pouco sobre este assunto, achei importante dividir com vocês o folheto que produzi em formato PDF. Não deixem de fazer o exame em seus pacientes, pode ser fundamental! 🙂

Para ler e fazer download, clique aqui!


Entrevista com o Prof. Marcelo Bigal

Certamente existem milhares de pessoas geniais no mundo, entretanto, nem sempre acessíveis a lhe ensinar o que sabem de melhor.

Ao ler a excelente entrevista com o Prof. Dr. Marcelo Bigal no jornal “Pulo do Gato” da Sociedade Brasileira de Cefaleia relembrei os poucos mas bons momentos em que estive com ele no Ambulatório de Cefaleia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP (ACEF-FMRP-USP), onde fiz meu mestrado.

O Bigal é brilhante! A primeira vez que o vi foi justamente em uma reunião em que discutíamos Síndrome da Ardência Bucal e ele lançou uma ideia que acabou resultando em um relato de caso clínico devidamente publicado. Depois disso, sempre que estava no Brasil, o Dr. Speciali  o chamava para discutir as pesquisas em andamento no grupo. Sabe quando uma nuvem de fumaça cobre seus olhos e você passa a não enxergar o que está na sua frente? Ao discutir a metodologia da pesquisa o Bigal simplesmente afasta esta nuvem de forma tão fácil que você até fica intrigado! Ainda, as ideias pipocam que fica difícil conter o entusiasmo. Parece fácil, mas ao ler sua entrevista e conhecê-lo você percebe que o caminho percorrido nem sempre foi simples.

Ao Bigal eu agradeço demais a generosidade em participar dos meus trabalhos, especialmente do meu mestrado, que espero que seja publicado em breve! 🙂

Sugiro que todos leiam a entrevista que está neste link: http://www.sbcefaleia.com/index.php?option=com_content&view=article&id=241:o-pulo-do-gato-entrevista-marcelo-bigal&catid=190&Itemid=170

Da entrevista, uma frase aos profissionais que lidam com dor:

Tenha paciência! Diagnosticar requer tempo.

Prof. Dr. Marcelo Eduardo Bigal

5 perguntas sobre Dor Orofacial para… Prof. Paulo Conti

Prof. Paulo César R. Conti

Mais um “5 perguntas para…”! Desta vez o José Luiz Peixoto Filho enviou perguntas ao Professor Paulo César R. Conti, na mesma época que havia enviado ao Prof. Peter Svensson (entrevista publicada aqui).

O Prof. Conti é docente da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP e é uma das pessoas mais importantes dentro da nossa especialidade, com várias pesquisas publicadas na área.

Então, vamos logo às 5 perguntas!

1.Qual a situação atual da Dor Orofacial e DTM no Brasil?

Obtivemos um grande avanço com a oficialização de nossa especialidade pelo CFO há alguns anos atrás, em relação a divulgação e certificação dos especialistas. No entanto, ainda  acredito haver uma falta de informação de nossos colegas sobre as atribuições da especialidade de DTM e DOF. Acredito que com a introdução de disciplinas em nível de graduação e pós-graduação em nossa Faculdades, este cenário tende a melhorar.

2. … e o futuro?

Acredito que o futuro passa por dois aspectos fundamentais: controle e unificação de uma proposta de treinamento ao especialista baseada em evidências científicas e maior divulgação entre a classe odontologia. O campo das Dores Orofaciais é extremamente carente de profissionais bem treinados para atendimento, sendo esta uma área de interesse aos nossos jovens doutores recém-saídos dos bancos das Faculdades. Temos um grupo de pesquisadores de alta competência em nosso país, sendo que podemos contribuir sobremaneira para o conhecimento em nossa área por meio de pesquisas, publicação de artigos e realização de eventos de impacto.

3. O que vem sendo estudado em seu programa de pós-graduação?

Temos, atualmente, nos focado em alguns itens de pesquisa específicos. A validação de  métodos diagnósticos apropriados é uma das principais linhas de pesquisa de nosso grupo aqui na FOB. Ainda, estudamos, atualmente o impacto da presença de cefaléias primárias no tratamento das DTMs. Uma linha de pesquisa sobre alterações sensoriais nos pacientes de diversas dores orofaciais está em andamento, juntamente com a determinação do componente genético das dores, o que deve nos trazer resultados importante a médio prazo.

4.  Como foi a vinda do Prof.Peter Svenson a Bauru?

Foi um excelente oportunidade de discussão de projetos em comum com um dos maiores pesquisadores em nossa área atualmente. A experiência do Prof. Svensson, associada a sua já conhecida rigidez científica, contribuíram muito para o aprimoramento de nossos projetos e para o estabelecimento de uma parceria com a Universidade de Aarhus, na Dinamarca.

5. Por que uma Sociedade Brasileira de Dor Orofacial?

Acredito que tivemos uma grande e imensurável apoio das instituições voltadas para o estudo da dor (SBED e SBCe) com a a criação de Comitês de Dor Orofacial. Com a solidificação e amadurecimento de nossa especialidade, acredito que já temos condição de termos uma Sociedade independente para que a classe odontologia possa conhecer e participar de maneira mais ativa das discussões e interar-se das novidades em nossa área. Ainda, faz parte de nosso compromisso nos posicionarmos diante do órgão públicos para garantirmos atenção adequada no ensino e atendimento dos pacientes portadores de Dor Orofacial. Com uma sociedade própria, acredito podermos atrair novos e promissores colegas a atuar na área.