5 perguntas sobre Dor Orofacial para… Prof. Paulo Conti

Prof. Paulo César R. Conti

Mais um “5 perguntas para…”! Desta vez o José Luiz Peixoto Filho enviou perguntas ao Professor Paulo César R. Conti, na mesma época que havia enviado ao Prof. Peter Svensson (entrevista publicada aqui).

O Prof. Conti é docente da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP e é uma das pessoas mais importantes dentro da nossa especialidade, com várias pesquisas publicadas na área.

Então, vamos logo às 5 perguntas!

1.Qual a situação atual da Dor Orofacial e DTM no Brasil?

Obtivemos um grande avanço com a oficialização de nossa especialidade pelo CFO há alguns anos atrás, em relação a divulgação e certificação dos especialistas. No entanto, ainda  acredito haver uma falta de informação de nossos colegas sobre as atribuições da especialidade de DTM e DOF. Acredito que com a introdução de disciplinas em nível de graduação e pós-graduação em nossa Faculdades, este cenário tende a melhorar.

2. … e o futuro?

Acredito que o futuro passa por dois aspectos fundamentais: controle e unificação de uma proposta de treinamento ao especialista baseada em evidências científicas e maior divulgação entre a classe odontologia. O campo das Dores Orofaciais é extremamente carente de profissionais bem treinados para atendimento, sendo esta uma área de interesse aos nossos jovens doutores recém-saídos dos bancos das Faculdades. Temos um grupo de pesquisadores de alta competência em nosso país, sendo que podemos contribuir sobremaneira para o conhecimento em nossa área por meio de pesquisas, publicação de artigos e realização de eventos de impacto.

3. O que vem sendo estudado em seu programa de pós-graduação?

Temos, atualmente, nos focado em alguns itens de pesquisa específicos. A validação de  métodos diagnósticos apropriados é uma das principais linhas de pesquisa de nosso grupo aqui na FOB. Ainda, estudamos, atualmente o impacto da presença de cefaléias primárias no tratamento das DTMs. Uma linha de pesquisa sobre alterações sensoriais nos pacientes de diversas dores orofaciais está em andamento, juntamente com a determinação do componente genético das dores, o que deve nos trazer resultados importante a médio prazo.

4.  Como foi a vinda do Prof.Peter Svenson a Bauru?

Foi um excelente oportunidade de discussão de projetos em comum com um dos maiores pesquisadores em nossa área atualmente. A experiência do Prof. Svensson, associada a sua já conhecida rigidez científica, contribuíram muito para o aprimoramento de nossos projetos e para o estabelecimento de uma parceria com a Universidade de Aarhus, na Dinamarca.

5. Por que uma Sociedade Brasileira de Dor Orofacial?

Acredito que tivemos uma grande e imensurável apoio das instituições voltadas para o estudo da dor (SBED e SBCe) com a a criação de Comitês de Dor Orofacial. Com a solidificação e amadurecimento de nossa especialidade, acredito que já temos condição de termos uma Sociedade independente para que a classe odontologia possa conhecer e participar de maneira mais ativa das discussões e interar-se das novidades em nossa área. Ainda, faz parte de nosso compromisso nos posicionarmos diante do órgão públicos para garantirmos atenção adequada no ensino e atendimento dos pacientes portadores de Dor Orofacial. Com uma sociedade própria, acredito podermos atrair novos e promissores colegas a atuar na área.

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6 pensamentos sobre “5 perguntas sobre Dor Orofacial para… Prof. Paulo Conti

  1. Os comentários, equilibrados, cientes, concientes e pertinentes do Prof. Paulo Conti, só nos fazem crescer, e aumentar a legião de seus admiradores. Espero poder lê-lo mais por aqui, e ouvi-lo, onde quer que seja.

  2. Mais uma vez Juliana, você contribui demais divulgando os pensamentos do nosso mestre e grande compaheiro Dr. Conti.
    Parabéns Juliana.

  3. Concordo que com a introdução de uma disciplina de DTM em nível de graduação e pós-graduação em nossas Faculdades de Odontologia, a especialidade obterá um incremento qualitativo não só em pesquisa mas também no atendimento clínico dos pacientes.

  4. Pingback: RDC/TMD —-> DC/TMD: considerações | Por dentro da Dor Orofacial

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