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10 anos….
10 anos!
Passaram voando. Frase clichê mas que reflete a pura realidade!
Quanta coisa aconteceu! Especialização, mestrado, doutorado, dois consultórios, inúmeras aulas, parcerias importantes, congressos organizados, livros devorados, pesquisas publicadas, artigos lidos, dicas dadas…. 10 anos.
E sabe, nada faria sentido se não houvessem os leitores, os fiéis leitores, que após cada postagem mandavam mensagens, emails, telefonemas. Obrigada a todos vocês que leram cada frase. Obrigada especial àqueles que lêem desde o post #1.
Mas obrigada também ao blog. É. Obrigada Por Dentro da Dor Orofacial. Sem você talvez não teria ministrado uma aula sequer. Sem você talvez eu não teria a relevância que tive em alguns momentos. Sem você não teria onde desabafar, contar o que vi.
Mas você se desdobrou, se recriou… primeiro numa página de Facebook, depois em um perfil noInstagram e mais recentemente numa lista de transmissão no Whatsapp, perfil no Telegram, na minha nova paixão, em um Podcast.
Mas sempre é você. Meu blog. Meu espaço. Minha voz.
E seguimos em frente….
#10anos
Podcast -Como ter informações de qualidade – Parte1 – Revistas Científicas
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Lancet Neurology – https://www.thelancet.com/journals/laneur/home
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Neurology – https://n.neurology.org
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Journal of Pain – https://www.jpain.org
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Journal of Dental Research – https://journals.sagepub.com/home/jdr
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Sleep – https://academic.oup.com/sleep
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Cephalalgia – https://journals.sagepub.com/home/cep
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European Journal of Pain – https://onlinelibrary.wiley.com/journal/15322149
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Journal of Headache and Pain – https://thejournalofheadacheandpain.biomedcentral.com
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Sleep Medicine – https://www.journals.elsevier.com/sleep-medicine
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Clinical Journal of Pain: https://journals.lww.com/clinicalpain/pages/default.aspx
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Current Pain and Headache Reports: https://link.springer.com/journal/11916
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Pain Medicine: https://academic.oup.com/painmedicine
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Journal of Oral Rehabilitation – https://onlinelibrary.wiley.com/journal/13652842
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Brazilian Oral Research – http://www.scielo.br/bor
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Oral Surgery Oral Medicine Oral Pathology Oral Radiology – https://www.oooojournal.net
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Archives of Oral Biology – https://www.journals.elsevier.com/archives-of-oral-biology
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Journal of Applied Oral Science – http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1678-7757&lng=en&nrm=iso
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Journal of Oral & Facial Pain and Headache: http://www.quintpub.com/journals/ofph/full_txt_pdf_alert.php?article_id=18895
Exercícios físicos
Fazer exercícios físicos regularmente melhora o desempenho da memória e parece retardar a ocorrência de esquecimentos nos estágios iniciais da doença de Alzheimer, enfermidade que atinge cerca de 35 milhões de pessoas no mundo e é marcada por perda de memória e redução da capacidade de planejamento. Uma longa sequência de experimentos realizados com células, animais e também seres humanos pelos grupos da neurocientista Fernanda De Felice e do bioquímico Sergio Teixeira Ferreira ajuda agora a explicar por quê. Em um artigo publicado on-line hoje (7/1) na revista Nature Medicine, os pesquisadores brasileiros, ambos professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentam um conjunto robusto de evidências de que o hormônio irisina, liberado pelos músculos durante a atividade física, é importante para a formação da memória e a proteção dos neurônios dos efeitos tóxicos de compostos associados à origem do Alzheimer.“Não esperávamos que o efeito da irisina sobre a memória pudesse se sobressair tanto entre os dos demais compostos que são liberados pelo exercício físico”, conta De Felice, que também é professora adjunta na Queen’s University, no Canadá. Em dezenas de testes que consumiram sete anos de trabalho, os pesquisadores observaram que, por um lado, a neutralização da irisina prejudicava a formação da memória. Por outro, o aumento da concentração desse hormônio pela prática de exercício físico ou por injeção na corrente sanguínea restaurava o funcionamento dos neurônios e recuperava a capacidade de aprendizado de camundongos geneticamente alterados para apresentarem os sinais da doença de Alzheimer.O interesse de De Felice pela irisina surgiu há sete anos, pouco depois de esse hormônio ser identificado pela equipe do biólogo Bruce Spiegelman, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Em janeiro de 2012, em um congresso de diabetes, Spiegelman apresentou dados sugerindo que a irisina funcionaria como um mensageiro químico da atividade física – por isso seu nome homenageia Íris, a deusa grega mensageira. Liberada durante o esforço físico, a irisina induziria as alterações benéficas do exercício em outros órgãos e tecidos. O grupo de Spiegelman a descrevera em janeiro daquele ano na revista Nature.Experimentos feitos com roedores pela equipe de Harvard indicavam que o hormônio atuava sobre o tecido adiposo branco – abundante nos mamíferos adultos e formado por células que armazenam energia na forma de gordura –, transformando-o em tecido adiposo marrom – escasso nos mamíferos a partir da idade adulta, que transforma a energia armazenada em calor. “Tive a sorte de estar na audiência e suspeitar que a irisina pudesse ter também alguma ação no cérebro”, lembra a neurocientista brasileira.Há quase duas décadas De Felice e Ferreira, que são casados e parceiros de pesquisa, dedicam-se a investigar as transformações bioquímicas e celulares que ocorrem no cérebro nos estágios iniciais do Alzheimer. Por volta de 2009, eles já haviam observado que outro hormônio produzido fora do sistema nervoso central – a insulina, secretada pelo pâncreas – desempenhava um papel importante no cérebro. Nas pessoas sadias, ela ajuda na formação da memória e previne danos nos neurônios, as células cerebrais que processam a informação, originando o pensamento e as memórias. Nas pessoas com Alzheimer, a insulina deixa de funcionar adequadamente, facilitando os danos às células cerebrais e o esquecimento (ver Pesquisa FAPESP nº 157).Para descobrir se a irisina poderia produzir algum efeito clinicamente relevante no sistema nervoso central, o primeiro passo de De Felice foi comparar o nível desse hormônio em pessoas sem problemas neurológicos e com diferentes estágios de doenças neurodegenerativas, entre elas o Alzheimer. Em colaboração com a neurocientista Fernanda Tovar-Moll, pesquisadora da UFRJ e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor), Fernanda De Felice analisou o nível de irisina no sangue e no líquido cefalorraquidiano de 26 pessoas sadias, 14 com perda moderada de memória, 14 com Alzheimer, 13 com demência de outro tipo, com corpos de Lewy.O nível de irisina no sangue era semelhante nos quatro grupos, mas a concentração do hormônio caía pela metade no líquido cefalorraquidiano das pessoas com Alzheimer e demência com corpos de Lewy. Era um sinal de que nas doenças neurodegenerativas a concentração de irisina estaria baixa apenas no sistema nervoso central, mas normal no restante do organismo. Tovar-Moll e De Felice notaram ainda que, dos 60 aos 80 anos, o nível do hormônio aumentava no sistema nervoso das pessoas sem problemas neurológicos enquanto permanecia constante naquelas com Alzheimer.Na Universidade de Kentucky, Estados Unidos, a fisiologista Donna Wilcock e sua equipe verificaram que a concentração de irisina estava reduzida à metade no hipocampo, estrutura cerebral associada à formação da memória, de pessoas com Alzheimer avançado, quando comparada ao nível nos indivíduos saudáveis, do grupo de controle. “Como o nível do hormônio estava baixo em quem tinha a doença, nos perguntamos se ele teria um papel importante no funcionamento dos neurônios”, explica De Felice.Na etapa seguinte, os neurocientistas Mychael Lourenço, da UFRJ, e Rudimar Frozza, da Fundação Oswaldo Cruz, iniciaram uma série de experimentos com roedores para tentar descobrir sobre quais células cerebrais a irisina agia e como. Em um primeiro teste, eles injetaram no hipocampo de ratos saudáveis um vírus capaz de reduzir a produção de irisina e verificaram que os neurônios perderam a capacidade de fazer conexões (sinapses) uns com os outros, fenômeno essencial para a formação e fortalecimento da memória. Os animais que receberam injeção do vírus se saíam pior do que os do grupo de controle nos testes de memória: esqueciam que não deveriam pisar no chão de uma gaiola especial para evitar receber um leve choque na pata e tinham mais dificuldade em diferenciar objetos antigos de novos colocados na caixa em que estavam.Se a redução da irisina piorava a memória, será que seu aumento melhoraria a capacidade de recordação nos casos em que o nível cerebral do hormônio é baixo? Lourenço e Frozza, então, usaram três estratégias para elevar o nível de irisina em dois modelos de Alzheimer em camundongos – em um deles, os animais foram alterados geneticamente para apresentar lesões (agregados da proteína beta-amiloide) típicas da doença; no outro, receberam injeção no hipocampo de compostos tóxicos (oligômeros beta-amiloide), precursores dos agregados. Tanto a estratégia direta de aumentar a irisina cerebral, pela injeção de um vírus que aumenta a síntese do hormônio, quanto as indiretas, injeção no sangue periférico ou realização de exercícios intensos, produziram resultados semelhantes: melhoraram a capacidade de recordação dos animais. O efeito benéfico desapareceu quando, mais tarde, os pesquisadores injetaram no cérebro o vírus que diminui a concentração de irisina ou aniquilavam sua ação com anticorpos que a neutralizavam.“Os resultados sugerem que, além de auxiliar a formação da memória, o hormônio do exercício protege os neurônios de danos das doenças neurodegenerativas”, conta Ferreira, da UFRJ. Suspeita-se que o efeito neuroprotetor da irisina ocorra por duas vias. O hormônio impede a ligação dos oligômeros beta-amiloide aos neurônios, impedindo-os de destruir as sinapses, e estimularia os neurônios a produzir compostos essenciais para a formação da memória, como o fator neurotrófico derivado do cérebro, o BDNF. “Agora é preciso investigar detalhadamente as vias de ação da irisina sobre os neurônios”, afirma De Felice, que obteve um financiamento de US$ 150 mil da Sociedade de Alzheimer do Canadá para a etapa concluída do estudo. Ela planeja observar se os mesmos efeitos benéficos ocorrem em um modelo de Alzheimer em macacos.“O estimulante eixo músculo-cérebro descoberto por esse estudo expande ainda mais o papel que os tecidos periféricos podem desempenhar sobre a saúde e as doenças do cérebro”, escreveu a neurocientista Li Gan, da Universidade da Califórnia em São Francisco, e diretora do Instituto Helen e Robert Appel de Pesquisa em Doença de Alzheimer da Weill Cornell Medicine, em Nova York, em um comentário que acompanhou o artigo na Nature Medicine.Caso novos estudos com animais e seres humanos confirmem a ação neuroprotetora da irisina, o hormônio pode, no futuro, tornar-se um candidato a auxiliar no tratamento dos estágios iniciais do Alzheimer, enfermidade contra a qual não há medicação eficaz. “Atualmente há vários esforços para identificar moléculas responsáveis pelos efeitos benéficos do exercício”, informa Ferreira. “A irisina é mais uma, além de outras quatro já conhecidas.” Por ora, no entanto, De Felice e Ferreira apostam no potencial preventivo do hormônio. “É importante manter-se fisicamente ativo para obter os benefícios da irisina para o organismo, em especial para o cérebro, reduzindo o risco de desenvolver Alzheimer ou retardando seu início”, afirma a neurocientista.Artigos científicosLOURENÇO, M. V. et al. Exercise-linked FNDC5/irisin rescues synaptic plasticity and memory defects in Alzheimer’s models. Nature Medicine. 7 jan. 2019.BOSTRÖM, P. et al. A PGC1-α-dependent myokine that drives brown-fat-like development of white fat and thermogenesis. Nature. v. 481, n. 7382, p. 463-8. 11 jan. 2012.CHEN, X. e GAN, L. An exercise-induced messenger boosts memory in Alzheimer’s disease. Nature Medicine. 7 jan. 2019.
O curso é válido para quem quer atender pacientes em DTM e Dor Orofacial em seu consultório bem como para especialistas que gostariam de atualização e conhecer outros assuntos.
Para saber mais sobre o curso, você pode enviar uma mensagem para +55 14 996544386 ou clicar em bit.ly/cursoDTM no seu celular. Ainda no site www.ieobauru.com.br você pode ler mais sobre o curso.
E aguardem que teremos muitas novidades em cursos este ano!

Bibliometria em 2018
Olá pessoal!
Espero que as festas de final do ano tenham sido ótimas! Por aqui ainda estou no recesso. Volto para valer ao trabalho somente daqui uns dias. Mas para ir esquentando os motores e para fazer algo diferente este ano do que a retrospectiva dos posts mais visualizados (já que não produzi muitos em 2018), vou usar bibliometria.
Já ouviu falar sobre isso? Bibliometria é a estatística da informação científica. Basicamente dos artigos publicados.
Do wikipedia:
Dentre as diversas possibilidades de aplicação do uso da bibliometria, podem-se destacar as seguintes:
- Identificar tendências e crescimento do conhecimento em uma determinada disciplina.
- Estudar dispersão e obsolescências dos campos científicos.
- Medir o impacto das publicações e dos serviços de disseminação da informação.
- Estimar a cobertura das revistas científicas.
- Identificar autores e instituições mais produtivos.
- Identificar as revistas do núcleo de cada disciplina.
- Estudar relações entre a ciência e a tecnologia[2].
- Investigar relações entre disciplinas e áreas do conhecimento.
- Monitorar o desenvolvimento de tecnologias.
- Adaptar políticas de aquisição e descarte de publicações etc
Usei bastante ferramentas de bibliometria no final de 2018, sobretudo a do site Web of Science e adorei a possibilidade de descobrir mais sobre as publicações realizadas no mundo todo. O Web of Science é uma base de dados que disponibiliza acesso a mais de 9.200 títulos de periódicos.
Daí, para fazer uma retrospectiva do ano de 2018, vou colocar abaixo algumas métricas!
Começando com Bruxismo. Em 2018, 166 artigos foram publicados com este tópico. Destes, 119 foram artigos completos e 20 revisões da literatura. 24 artigos foram produzidos no Brasil. E se você não sabe inglês, é difícil se manter atualizado… 162 artigos foram publicados neste idioma!
A ferramenta talvez mais conhecida deste site é a possibilidade de verificar quantas vezes o artigo foi citado por outras publicações. E o paper mais citado neste assunto foi, claro, a atualização do consenso internacional, que já citei aqui no blog. Mas ainda, como foram publicados em 2018, os artigos tem baixo índice de citação. Assim, resolvi separar os artigos com o número maior de uso nos últimos 180 dias, é o que chama de contagem de uso.
Do site Web of Science:
O Contagem de uso é uma medida do nível de interesse em um item específico da plataforma Web of Science. O total reflete o número de vezes que um artigo atendeu as necessidades de informação do usuário, conforme demonstrado pelos links clicados em toda a extensão do artigo no website do editor (através de link direto ou Open-Url) ou por ter salvo o artigo para uso em uma ferramenta de gerenciamento bibliográfico (através de exportação direta ou em um formato a ser importado posteriormente). O Contagem de uso é um registro de todas as atividades realizadas por todos os usuários do Web of Science, não apenas as atividades realizadas pelos usuários da sua instituição. O Contagem de uso para diferentes versões do mesmo item na plataforma Web of Science é unificado. Os Totais de uso são atualizados diariamente.
Agora que já expliquei direitinho, veja então os 5 artigos que foram mais utilizados que citam bruxismo no título (com link para resumo ou artigo completo):
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INTERNATIONAL DENTAL JOURNAL Volume: 68 Edição: 2 Páginas: 97-104 Publicado: APR 2018 Link para artigo: clique aqui.
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JOURNAL OF ORAL REHABILITATION Volume: 45 Edição: 6 Páginas: 423-429 Publicado: JUN 2018 Link para artigo: clique aqui.
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JOURNAL OF ORAL REHABILITATION Volume: 45 Edição: 2 Páginas: 104-109 Publicado: FEB 2018 Link para artigo: clique aqui.
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ORAL AND MAXILLOFACIAL SURGERY CLINICS OF NORTH AMERICA Volume: 30 Edição: 3 Páginas: 369-+ Publicado: AUG 2018 Link para o artigo: clique aqui.
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GASTROENTEROLOGY RESEARCH AND PRACTICE Número do artigo: 7274318 Publicado: 2018 Link para o artigo: clique aqui (gratuito)
Só achei que o total de uso é bem baixo quando comparado a outros temas. Ainda, se destacou a revista Journal of Oral Rehabilitation. De fato, para quem quer ler mais sobre bruxismo, é a revista!
E agora sobre Disfunção Temporomandibular!
Foram 547 textos publicados! Destes, 441 foram artigos completos e 83 revisões. 122 dos Estados Unidos e 87 do Brasil! Realmente a produção brasileira aumentou na área da dor orofacial (o que é muito bacana) porém, ainda com pouca relevância em termos de citações. Muitos artigos são publicados em revistas de baixo impacto, infelizmente.
O artigo mais citado que traz DTM no título foi sobre o sistema de classificação DC-TMD: “Reliability and Validity of the Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders Axis I in Clinical and Research Settings: A Critical Appraisal“.
O total de uso já é maior do que em bruxismo. E os top 5 artigos inéditos (exclui os editoriais) com DTM no título foram:
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JOURNAL OF ORAL & FACIAL PAIN AND HEADACHE Volume: 32 Edição: 1 Páginas: 53-66 Publicado: WIN 2018 Link para artigo: clique aqui.
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JOURNAL OF ORAL & FACIAL PAIN AND HEADACHE Volume: 32 Edição: 1 Páginas: 7-18 Publicado: WIN 2018 Link para artigo: clique aqui
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INTERNATIONAL JOURNAL OF DENTAL HYGIENE Volume: 16 Edição: 1 Páginas: 165-170 Publicado: FEB 2018 Link para artigo gratuito: clique aqui.
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JOURNAL OF ORAL REHABILITATION Volume: 45 Edição: 5 Páginas: 414-422 Publicado: MAY 2018 Link para o artigo: clique aqui.
E olhem só, dentre os artigos que selecionei, somente um é do Brasil e exatamente um que participei a convite do pessoal do COBE-UFSC! 🙂 Para quem se interessar em fazer um curso de Revisão Sistemática, eles estão com as inscrições abertas!
Se considerarmos os editoriais, a revista que nada de braçada nas publicações em DTM é The Journal of Oral & Facial Pain Headache (a antiga Journal Orofacial Pain).
É isso… Para quem quiser acompanhar minhas leituras, seleções de artigos, sites, podcasts, etc etc etc, basta seguir o Instagram @dtmdororofacial ou participar da lista de transmissão do WhatsApp. Mande uma mensagem para +55 16 99132 3541 (grave o número em seus contatos para receber as mensagens!) ou do seu celular, clique no link: bit.ly/julianadentista
Falando nisso….
Restam poucas vagas para o curso de Atualização em DTM e Dor Orofacial do Bauru Orofacial Pain Group, coordenado pelo Professor Paulo Conti no IEO-Bauru!
O curso é válido para quem quer atender pacientes em DTM e Dor Orofacial em seu consultório bem como para especialistas que gostariam de atualização e conhecer outros assuntos.
Para saber mais sobre o curso, você pode enviar uma mensagem para +55 14 996544386 ou clicar em bit.ly/cursoDTM no seu celular. Ainda no site www.ieobauru.com.br você pode ler mais sobre o curso.
E aguardem que teremos muitas novidades em cursos este ano!
Os vídeos da vez para estudar Neurofisiologia da Dor
Lá no IEO-Bauru, onde há o curso de especialização em DTM e Dor Orofacial coordenado pelo Professor Paulo Conti, estamos todo o módulo realizando uma reunião científica, o Journal Club, onde sempre escolhemos temas interessantes para estudar. Num deles estudamos como facilitar o estudo dos processos relacionados a dor. Escolhi mostrar alguns dos vídeos que gosto no youtube!
Como já faz um tempo que fiz uma postagem com estes vídeos do Youtube que gostei para estudar neurofisiologia da dor, acho que está mais do que na hora de atualizar a lista né? Quanto tiver um tempinho sobrando, veja um deles. Ver vídeos ajuda bastante no conhecimento!
Aproveite e conheça o meu canal por lá. Tem poucos vídeos meus mas tem as listas que crio com vídeos que gosto! 🙂
Segue a sequência de vídeos que enviei aos alunos:
1. Aula TED-Ed sobre dor
2. As fases da nocicepção
3. Caminhos da dor
4. Condução:
5. Transmissão (sinapse):
6. Modulação de dor:
- Teoria do portão:
- Modulação endógena:
- Papel do opióide:
7. Percepção de dor:
E mais uns extras que sugeri que assistissem:
* O mistério da dor crônica:
* Neurônio:
* Como os nervos funcionam?
* Potencial de ação:
* Potencial da membrana:
* Inibidores seletivos de recaptacao de serotonina:
#ficaadica
Quer se inscrever na próxima turma do curso de DTM e Dor Orofacial e também participar do Journal Club? Clique aqui!
Falando nisso…
No dia 03 de agosto de 2018 irei ministrar novamente a minha aula favorita: Odontalgias não Odontogênicas em Campinas. Esta aula tem duração de 8 horas e apresentou alguns casos clínicos de interesse aos colegas dentistas para que o conhecimento evite as iatrogenias!
Assim, se quiser participar, entre em contato com a Imajon Cursos. Link para conteúdo programático aqui.
Abraços!!
2018 – Ano Mundial para Excelência da Educação em Dor
Na última semana a IASP (International Association for Study of Pain) lançou o tema da campanha mundial deste ano: Excelência da Educação em Dor.
Confesso que fiquei radiante! 2018 é um ano no qual quero me dedicar ao máxima a educar e ser educada neste tema que é centro da minha profissão há tantos anos. Quero trocar mais e mais experiências! E não podia ter incentivo maior do que acompanhar as iniciativas da IASP!
O tema tem como ponto chave “Bridging the gap between knowledge and practice.” – diminuir o abismo entre o conhecimento e a prática. E não é somente foca os profissionais da saúde mas também os pacientes, os órgãos governamentais e dos membros de pesquisa em educação em dor. É uma força tarefa para que conceitos corretos atinjam todas as camadas da população. A educação em dor se mostra uma das ferramentas mais eficazes para o combate da mesma.
Eu sonho com o dia em que a Odontologia (minha área de atuação) reconheça e trabalhe melhor com dor, inclusive na melhor orientação do paciente. Infelizmente ainda é só sonho…. A IASP apresenta neste ano sugestões curriculares para isso.
Para saber mais, acompanhe a hashtag #GYPainEducation nas redes sociais como LinkedIn, Facebook, Instagram e Twitter!
Na página oficial da IASP você pode também ter acesso ao material produzido por eles (em breve a SBED – Sociedade Brasileira para Estudo da Dor – deve realizar a tradução destes textos).
Sobre a educação para a população, em tradução livre minha coloco o que a IASP citou:
A educação da população pode ajudar a reduzir o peso da dor na sociedade. Aqui estão cinco razões pelas quais a educação sobre a dor pode ser altamente benéfica:
1. As pessoas que recebem essa educação podem tomar medidas para evitar a dor, como praticar técnicas adequadas de alongamento e atividade física, e podem se dedicar a uma autogestão oportuna e útil quando a dor atinge.
2. As pessoas educadas sobre a dor podem dar conselhos e assistência adequados aos familiares, amigos e colegas com dor.
3. Nas interações com os prestadores de cuidados de saúde, as pessoas com conhecimento em dor podem advogar e aceitar o tratamento adequado para dor aguda e crônica que eles ou membros da família experimentam.
4. Um público educado pode atuar a nível comunitário para minimizar os riscos que contribuem para lesões causadoras de dor; por exemplo, jovens que praticam esportes de contato ou em comunidades que podem ser propensas a apresentar calçadas em estado de destruição (que podem gerar lesões dolorosas).
5. Os cidadãos educados podem defender políticas públicas melhoradas de prevenção e controle da dor, tais como requerimentos razoáveis de capacete esportivo, acesso legal a medicamente necessários e reembolso de seguro médico de cuidados de dor interdisciplinares.
E como pode ser realizada esta educação? De várias formas! Uma delas (e a primeira citada pela IASP) é através da Internet! Olhe a oportunidade bem ao nosso alcance! Invista em redes sociais, vídeos instrutivos, postagem com conteúdo. Use ao favor da educação em dor!
Todos nós só temos a ganhar! 🙂
E ainda dentro deste tema, a SBDOF – Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial – criou uma publicação chamada Cadernos da SBDOF que tem como editora a professora Liete Zwir, revisão científica dos professores Antônio Sérgio Guimarães e Paulo Conti. No primeiro volume, o atual presidente da SBDOF, Reynaldo Leite Martins Júnior, escreveu sobre DTM para pacientes. Excelente material para enviarmos aos nossos pacientes. Aqui no site e em PDF: Caderno SBDOF número 1 (versão que pode ser impressa em gráfica).
Mais uma dica: já escrevi aqui sobre o site Pesquisa em Dor . Mas a dica é boa e vale a pena repetir. O site tem uma área para os pacientes e uma área para profissionais. Na área de pacientes há explicações sobre dor que aparecem de forma lúdica e didática, o que atiça a curiosidade e facilita o entendimento. Veja por exemplo Caminho da Recuperação. A área para profissionais reúne ferramentas que podemos utilizar na nossa rotina clínica (inclusive a escala de cinesiofobia que já falamos aqui), manual para utilizar o caminho da recuperação com seu paciente e algo que acho essencial: estratégias para educar seu paciente com relação a dor.
E por fim, sobre cursos e eventos, vou atualizar a página em breve com toda a agenda de 2018! Os cursos em Bauru, coordenados pelo professor Paulo Conti, estão com lista de espera e novas turmas estão planejadas para segundo semestre. Entre em contato com IEO-Bauru para mais informações! Em Florianópolis começa em março um curso de aperfeiçoamento em Disfunção Temporomandibular na Zenith comigo, Prof. Conti e Prof. Rafael Santos Silva! Serão 6 módulos de 3 dias cada com clínica e 144 horas de muita informação! Últimas vagas no link. Ainda, há previsão de curso em João Pessoa,de atualização, na COESP, ainda com datas a serem definidas no segundo semestre! Ufa! E tem grupo de estudos, Dia do Bruxismo (Com agenda lotada!! Clique aqui e veja todas as datas) e mais os congressos na área de Dor! Vale um destaque ao meu congresso favorito, o Congresso Mundial de Dor da IASP, que acontecerá em setembro, em Boston e eu já comprei minha passagem!!! \o/ Depois farei uma postagem com todos os eventos do ano (CINDOR, ICOT, IADR, SBCe, SBDOF, etc).
Falando nisso…
Pela segunda vez um cirurgião-dentista está na presidência da Sociedade Brasileira de Estudo (SBED), Prof. Dr. Eduardo Grossmann assumiu e estará a frente da SBED pelos anos 2018 e 2019. Prof. José Tadeu Tesseroli de Siqueira foi o outro cirurgião-dentista a comandar a SBED. É orgulho a nossa classe! Votos de excelente gestão ao Prof. Grossmann. Link para seu discurso de posse.
Site Bacana
Antigamente havia uma sessão aqui no blog chamada Site do Mês.
Mas como deixei de atualizar sempre, perdeu um pouco o sentido. Assim, quando eu ver algo interessante, vou chamar de Site Bacana.
O Site Bacana de hoje é o Pesquisa em Dor. Este foi fundado por um grupo de pesquisadores que incluem fisioterapeutas, psicólogos, físicos, entre outros e é um local muito bacana para buscar informações que podem contribuir para o atendimento clínico ao paciente com dor. O lema é “entender para modificar a dor” e é algo que acho fundamental.
No dia dia do consultório percebo o quanto explicar ao paciente detalhadamente os motivos pelo qual ele está percebendo dor, baseado na neurofisiologia, numa linguagem simples porém nem por isso incompleta, faz a diferença.
As sessões do site incluem o blog, onde você pode ler recentes resultados de pesquisa sobre dor, área para os pacientes e área para profissionais.
Na área de pacientes as explicações aparecem de forma lúdica e didática, o que atiça a curiosidade e facilita o entendimento. Veja por exemplo Caminho da Recuperação.
A área para profissionais reunem ferramentas que podemos utilizar na nossa rotina clínica (inclusive a escala de cinesiofobia que já falamos aqui), manual para utilizar o caminho da recuperação com seu paciente e algo que acho essencial: estratégias para educar seu paciente com relação a dor.
Não deixem de visitar o site!
Aproveite e leia também sobre o site Pain in Motion.
Sono e Disfunção Temporomandibular
Ter uma boa noite de sono é reconhecidamente necessário para a manutenção da saúde e bem estar físicos e mentais. A Associação Brasileira do Sono, Associação de Medicina do Sono e Associação de Odontologia do Sono promovem a Semana do Sono entre os dias 13 e 19 de março.
Esta iniciativa tem o intuito de levar até a população conhecimento sobre o sono, as últimas novidades na pesquisa e informações importantes. É primordial dormir bem para o bem estar geral!
Toda a programação do evento e informações estão no site: http://www.semanadosono2017.com.br
Em média, um adulto dorme de 6 a 9 horas por noite. Dormir menos de 5 horas pode ser considerado uma privação de sono, levando a alterações de humor e disfunção social. Se constante e prolongada, a privação do sono pode levar a complicações mentais, cardiovasculares e aumentar a frequência e intensidade da dor. Entre 50 a 90% dos pacientes com dor aguda, a ocorrência da dor geralmente precede as queixas de uma noite de sono ruim. Entretanto, estudos com pacientes com dor crônica indicam uma influência bidirecional: uma noite de sono ruim ser seguida pelo aumento da dor no dia seguinte e, um dia com alta intensidade de dor é seguido por uma noite ruim de sono.
Distúrbios do sono, sobretudo insônia, podem contribuir para desregulação do sistema de modulação de dor e ocasionar aumento na intensidade de dor. Já mostrei aqui no blog um trabalho de Smith e colaboradores que demonstraram que a presença de insônia contribui para redução no limiar de dor em pacientes com dor na musculatura mastigatória.
Então, aproveitando a Semana do Sono fui verificar o que há de novo na literatura e encontrei um estudo recente (Rener-Sitar et al., 2016) que comparou pacientes com DTM com voluntários saudáveis com relação a qualidade do sono. Achei interessante porque eles não trabalharam apenas com um diagnóstico e sim com os 8 que englobam a classificação do RDC/TMD, além de usarem os questionários de eixo II (verificaram sintomas de ansiedade, depressão, somatização e grau de disfunção). Incluiram inclusive exames de imagem para comprovar os diagnósticos articulares.
Para verificar a qualidade do sono utilizaram o questionário de Pittsburg.
Os resultados do estudo demonstraram que os diagnósticos que curam com dor, ou seja, DTMs dolorosas são aquelas em que a qualidade do sono está significativamente prejudicada, bem como em pacientes que apresentavam sofrimento psicossocial e incapacidade à dor, particularmente dor disfuncional. Este fato só corrobora com o que sempre verificamos entre dor e sono, que embora pareça lógico, poucos estudos abordaram ainda esta questão.
Interessante relatar também que os pacientes com DTM não dolorosa (exemplo, deslocamento do disco com redução) apresentaram índices de qualidade do sono similares aos voluntários saudáveis.
Avaliar a qualidade do sono nessa população pode ajudar a caracterizar melhor esses pacientes e, o mais importante, abordar a sua deficiência de sono pode oferecer uma outra abordagem terapêutica para reduzir o sofrimento relacionado com a dor (Rener-Sitar et al., 2016).
Aproveite este momento e clique aqui para ler um post de 2010 que escrevi sobre avaliação do sono em pacientes com dor orofacial. Nela há o link para alguns métodos de avaliação. É essencial que o clínico avalie os hábitos ao dormir do paciente e determine se ele apresenta sinais e sintomas de distúrbios do sono como insônia, Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, que muito mais do que o Bruxismo do Sono, parecem estar envolvidos na manutenção da dor do paciente com DTM!
É importante que o clínico esteja preparado não só para identificar problemas relacionados ao sono como também iniciar orientações ao paciente. O tratamento do sono pode incluir terapias comportamentais com ou sem uso de medicamentos que melhoram o sono.
Quando sinais e sintomas de um distúrbio do sono primário são encontrados, o cirurgião-dentista deve considerar encaminhar o paciente para o médico, especialmente os habilitados para a Medicina do Sono. Medidas de higiene do sono podem ser implementadas para melhorar a qualidade do sono do paciente.
Além de observar aspectos relacionados diretamente ao sono, é importante que o clínico identifique pensamentos catastróficos relacionados a dor e aprimore sua abordagem ao tentar reduzi-los. Isto pode levar a uma melhora no sono e consequentemente controle da dor do paciente.
#ficaadica
7 anos!!
20 de fevereiro se tornou uma data especial em minha vida. Foi quando num dia chuvoso eu sentei em frente do computador e escrevi algumas palavras no WordPress, dando início a este blog!
7 anos, sim, 7 anos se passaram e posso dizer que de certa forma o blog conseguiu transformar a minha vida, e para melhor.
Hoje posso dizer que consegui um espaço para falar diretamente com o profissional da saúde, sem barreiras, sem edição. Sou eu mesma escrevendo e compartilhando. Isso me traz uma satisfação gigante!
Obrigada aos todos os leitores, àqueles que me acompanham em toda a postagem, aos que buscam posts antigos e escrevem para comentar, aos alunos que chegam aqui pelo conteúdo online das aulas, a todos que se interessam por Dor Orofacial, Disfunção temporomandibular, Bruxismo, Cefaleia, Fibromialgia, Dor Neuropática, Dor Crônica e fazem o que podem para proporcionar bem estar aos seus pacientes.
A audiência ano a ano só aumentou!
E tradicionalmente, vou colocar a lista de artigos mais lidos no blog, no último ano (com comentários meus)!
- Manobras para (des)travamento da ATM – parte 1 (acho que por ser um artigo SOS é muito acessado sempre!)
- Trismo, quando a boca não quer abrir (impressão minha ou travar os movimentos mandibulares é um sinal realmente intrigante para o clínico?)
- Ardência bucal, afinal o que pode ser? (campeão de audiência entre leigos! Recebo pacientes, mensagens, emails, sinais de fumaça todos os dias com pessoas que buscam diagnóstico para este sintoma! Profissionais, é preciso falar sobre ardência).
- Neuralgia do Trigêmeo (que bom que as pessoas se interessam por esta condição. O diagnóstico precoce reduz o sofrimento do paciente).
- Barodontalgia: dor de dente por diferença de pressão atmosférica (poucos sites na internet em lingua portuguesa falam sobre o assunto. Sintomas que deixam o clínico confuso).
- Neuropatias pós implantes dentários (os casos de dor persistente pós implante em meu consultório já superam os pós endodontia. É preciso entender que o problema não está na técnica empregada)
- Manobras para (des)travamento parte 2 (e a saga continua… rs)
- Síndrome do queixo dormente (caso desafiador que atendi uma vez)
- Controle do bruxismo infantil (tudo dirigido para crianças dá mais ibope! rs)
- Desvio e deflexão (confesso que este post aqui me surpreendeu! Sinais característicos de problemas mecânicos na ATM).
Tá aí! Acho que estes posts servem de inspiração e guia sobre o que escrever… então vamos lá para comemorar sempre mais e mais anos.
Leitor querido, obrigada!
Bom carnaval a todos! Alalaou!