Tudo muda com a idade

Incrível como ideias simples rendem artigos científicos. Desta vez os pesquisadores italianos tiveram a ideia de comprovar por epidemiologia o que a gente vê na clínica.

Já sabemos que com a idade o diagnóstico de osteoartrose é muito mais frequente. Pois então, Guarda-Nardini e colaboradores publicaram agora em abril de 2012 na revista Cranio um artigo no qual verificaram os diagnósticos segundo o RDC/TMD para disfunção temporomandibular (DTM) em pessoas que procuraram atendimento. Este estudo foi baseado em outro do mesmo grupo publicado em 2010 no Journal of Dentistry em que identificaram que com relação à idade dois picos de prevalência em DTM articular:

  • primeiro aos 32 anos em que as pessoas procuraram tratamento e recebem diagnóstico de deslocamento de disco com ou sem dor articular.
  • segundo aos 54 anos com o diagnóstico de osteoartrose ou osteoartrite

Então, no estudo de 2012, os autores confirmam os dados do estudo de 2010 e encontram também dois picos de prevalência, desta vez relacionado a presença de crepitação que seriam:

  • primeiro pico aos 38 anos de pacientes sem crepitação
  • segundo pico aos 52 anos de pacientes com crepitação.

Observem que os diagnósticos de deslocamento de disco reduzem, enquanto de artralgia, osteoartrites e osteoartroses aumentam.

Não reflete o que você vê na clínica?

 

Um pensamento sobre “Tudo muda com a idade

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