Podcast -Como ter informações de qualidade – Parte1 – Revistas Científicas

Depois de um longo e tenebroso inverno , estou de volta ao podcast!
E neste episódio vou responder aos colegas que me questionaram no Instagram sobre como me mantinha atualizada em artigos científicos. Pois é, eu fiz alguns vídeos por lá, mostrando a minha rotina, e muitos se interessaram pelos métodos que uso. Assim, resolvi fazer um episódio com algumas dicas para vocês.
Olha, eu não faço milagres! meu dia também tem 24 horas e divido meu tempo entre vida profissional, pessoal, social e dormir (eu preciso de 7 horas de sono gente). Quem acompanha minha rotina sabe que trabalho em 2 consultórios, um em Franca e outro em Ribeirão Preto, ministro aulas em Bauru, reviso artigos para revistas científicas, às vezes escrevo no blog e alguns outros artigos científicos viajo muito para pregar a palavra, ou melhor, para ministrar aulas sobre dor orofacial e bruxismo.
Ufa! E sobra tempo? Sempre sobra. Mas eu precisei buscar algumas ferramentas para me ajudar a ficar sempre atualizada e, principalmente, fazer meu cérebro funcionar para aprimorar o atendimento dos meus pacientes.
Mas antes de começar é preciso falar sobre algumas coisas. Eu acho que precisamos sempre trabalhar dentro da melhor evidência possível e fazer uma ponte entre o que o conhecimento científico revela e como aplicar isso no consultório. Adoro andar nesta ponte. Para isso é preciso entender como ler um artigo científico. É claro que o mestrado e depois o doutorado me ajudaram muito nisso. Entender um pouquinho de metodologia científica ajuda muito. Mas se você não teve esta possibilidade, não quer dizer que não possa ir atrás! Eu mesma comprei um livro tempos atrás para entender melhor. O nome do livro era inclusive: Como ler um artigo científico.
Aqui vai o link para versão: https://amzn.to/2MK8UCO ou na versão para Kindle: https://amzn.to/2MHH4qI
E por que precisamos disso gente? Olha, o papel aceita tudo. Já li muito artigos ruins publicados por ai… É preciso separar o joio do trigo. E o que faz com que muitas vezes eu critique o trabalho é seu delineamento, os métodos que muitas vezes estão ali cheios de vieses. Se o delineamento do estudo é inaceitável, o trabalho é inaceitável. Se o delineamento está correto, então você deve verificar se os dados foram coletados com metodologia adequada e se a análise está certa. Se isso acontecer, verifique se a interpretação dos dados e e a discussão fizeram jus ao trabalho. E só então se as conclusões são aceitáveis. Parece simples mas eu sei que não é. Mas depois de muito treino, você acaba pescando algumas coisas até no resumo.
Mas tudo bem, você não teve uma preparação sobre isso e nem quer correr atrás disso agora. Então, eu acho que um método interessante seria buscar ler trabalhos publicados em revistas com fator de impacto alto. Talvez até lendo revisões sobre determinado assunto.
E o que é Fator de Impacto?
É  um método bibliométrico que avalia a importância de periódicos científicos em suas respectivas áreas. E esta medida utilizada hoje pelas bases de dados é geralmente pelo número de citações que os artigos que foram publicados na revista tem. Por exemplo: eu publico um artigo numa revista X, depois vários pesquisadores em revistas e artigos diferentes usam o meu trabalho como referência, ou seja, meu trabalho teve um impacto no meio acadêmico. Este fator de impacto é calculado anualmente, e o mais famoso mundialmente é aquele das revistas indexadas ao “Instituto de Informação Científica” e, depois, publicado no “Relatório de Citações de Periódico” cuja sigla em inglês é JCR que é da empresa Thomson Reuters.
Revistas que cumprem estes requisitos são alvo dos pesquisadores: todo mundo que publicar seu trabalho lá e quem sabe ser notícia no Jornal Nacional, não é? Veja que William Bonner sempre ao citar algum trabalho que tem impacto na humanidade cita alguma destas revistas: Science, Nature, Lancet… Estas são as revistas com maior impacto! E dentre os assuntos na área da saúde cujo artigos apresentam mais impacto, está a oncologia. As revistas dedicadas ao câncer são as que apresentam o maior impacto.
No Brasil, a CAPES desenvolveu um critério próprio para classificar os periódicos, o QUALIS, que surgiu entre 1996 e 1997. Este oferece uma classificação das revistas que retratam o produto intelectual dos programas de pós graduação no Brasil. O método utilizado para a classificação do QUALIS não é o mesmo do fator de impacto, apesar que revistas de excelência são geralmente aquelas com mais alto fator de impacto. Mas às vezes, na ânsia de auxiliar uma revista brasileira, uma revista com fator de impacto baixo internacionalmente pode apresentar um Qualis alto porque está segmentado por área.
Eu particularmente prefiro procurar as novidades nas revistas que possuem bom fator de impacto internacional, mesmo sabendo que o método não é tão preciso assim para indicar qualidade, uma vez que nem sempre leva em conta fatores importantes como pontualidade, revisão por pares, etc. O que significa isso: não é só o número de citações deveria ser considerado para uma  revista ter impacto, mas ela deve ser pontual, deve ter rapidez ao analisar e revisar um trabalho e ainda, esta revisão deve ser realizada em pares ou até num número maior de revisores que buscam analisar o rigor científico de cada trabalho, ou seja, já fazem o trabalho por você.
Bem, e na Odontologia. A odontologia é uma área específica da saúde e assim, as revistas específicas a ela não apresentam fatores de impacto tão expressivos quanto às da saúde ou medicina de forma geral.
Por exemplo, a revista New England Journal of Medicine tem fator de impacto 70.670 e a Lancet, também bem conhecida, 59.102. Eu dei uma olhada nas revistas de Odontologia e é o Periodontology 2000 com o maior fator de impacto que é 7.861, depois Journal of Dental Research que aparece com  5,125. Dentre as top 5, duas de periodontia e 1 de implantodontia. A revista de prótese mais bem colocada é a JPD, Journal of Prosthestic Dentistry, em 13 lugar (onde eu publiquei meu artigo do doutorado por sinal) com 2.787.  Veja só, a minha queridinha, uma das que mais visito está 22 posição, a Journal of Oral Rehabilitation com 2,341. A diferença entre as revistas depois do 10 lugar é pequena. Para vocês terem uma ideia, a revista de ortodontia mais bem posicionada está em 32o. lugar, ou seja, talvez quanto mais específica a área, a tendência é reduzir o fator. Então não dá para comparar a Lancet com as de odontologia. e nem uma que publica somente sobre ortodontia com uma que publica pesquisa sobre toda a área de odontologia.
Todas as revistas com fator de impacto alto estão publicadas na lingua inglesa. Ou seja, se você não sabe ingles, a chance de ficar desatualizado ou de depender de outras pessoas para adquirir o conhecimento é alta.
Das brasileiras, entram no ranking a Brazilian Oral Research que é da SBPqO e está na 39 posição e tem fator de impacto 1,773 e a JAOS, Journal Applied of Oral Sciences na 50, aqui da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP, que tem fator de impacto 1.506.
Muitas revistas não tem sequer fator de impacto internacional. Para ver então o impacto delas você pode verificar no QUALIS, elas estarão nas categorias B, C e D.
E então o que eu faço?
Eu entro nas revistas com maior impacto na minha área, de dor orofacial, e cadastro meu email na newsletter deles. Com isso, assim que os artigos que foram aceitos nestas revistas são publicados no site, eu recebo um email com o título deles, e abro aqueles que me interessam. Baixo aqueles em que no resumo achei algo que quero ler mais! Hoje mesmo pela manhã recebi um email do Journal of Oral Rehabilitation, que é uma revista importante, tanto para DTM quanto para bruxismo, com os artigos aceitos da semana e lá estava um do nosso grupo aqui, o Bauru Orofacial Pain Group. Inclusive é um artigo do mesmo tema que o professor Yuri Costa ganhou o prêmio no IADR este ano.
Isso me ajuda também a ter ideias de pesquisa, ler revisões sobre os mais variados assuntos, e sempre contar para vocês uma novidade!
Para quem está curioso em saber quais são as revistas com maior impacto na dor orofacial, ou seja, as que eu consulto, vou agora colocar aqui abaixo a minha listinha, mas você pode criar a sua, baseado no que está afim de estudar.
Segue a lista (organizada por fator de impacto e abrangendo dor orofacial, DTM, cefaleia, sono e bruxismo):
  1. Journal of Pain – https://www.jpain.org
  2. Journal of Dental Research – https://journals.sagepub.com/home/jdr
  3. Current Pain and Headache Reports: https://link.springer.com/journal/11916
  4. Journal of Oral Rehabilitation – https://onlinelibrary.wiley.com/journal/13652842
  5. Brazilian Oral Research – http://www.scielo.br/bor
  6. Oral Surgery Oral Medicine Oral Pathology Oral Radiology – https://www.oooojournal.net
Pessoal, fazendo a lista vi que deixei um monte de revistas que chegam no meu email de fora (especialmente as de odontologia em geral,  neurociências e sono), mas acho que a lista já está bem extensa.  E das revistas de maior impacto nem sempre tem artigos que me interessam, mas aí é só passar os olhos e deletar o email. O fato é que quando tiver (como o de neurofisiologia da migrânea publicado na Lancet Neurology), serão ótimos, com certeza.
Para assinar com seu email o boletim de notícias destas revistas tem que procurar no site delas. Vou fazer um vídeo pois algumas editoras deixam isso no site da editora mesmo (você marca numa caixa de seleção os que você quer). Procurem!
Abraços a todos.
Para ouvir o podcast você pode procurar no seu tocador preferido ou nos links abaixo:
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Sono e Disfunção Temporomandibular

Ter uma boa noite de sono é reconhecidamente necessário para a manutenção da saúde e bem estar físicos e mentais. A Associação Brasileira do Sono, Associação de Medicina do Sono e Associação de Odontologia do Sono promovem a Semana do Sono entre os dias 13 e 19 de março.

Esta iniciativa tem o intuito de levar até a população conhecimento sobre o sono, as últimas novidades na pesquisa e informações importantes. É primordial dormir bem para o bem estar geral!

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Toda a programação do evento e informações estão no site: http://www.semanadosono2017.com.br

Em média, um adulto dorme de 6 a 9 horas por noite. Dormir menos de 5 horas pode ser considerado uma privação de sono, levando a alterações de humor e disfunção social. Se constante e prolongada, a privação do sono pode levar a complicações mentais, cardiovasculares e aumentar a frequência e intensidade da dor. Entre 50 a 90% dos pacientes com dor aguda, a ocorrência da dor geralmente precede as queixas de uma noite de sono ruim. Entretanto, estudos com pacientes com dor crônica indicam uma influência bidirecional: uma noite de sono ruim ser seguida pelo aumento da dor no dia seguinte e, um dia com alta intensidade de dor é seguido por uma noite ruim de sono.

Distúrbios do sono, sobretudo insônia, podem contribuir para desregulação do sistema de modulação de dor e ocasionar aumento na intensidade de dor. Já mostrei aqui no blog um trabalho de Smith e colaboradores que demonstraram que a presença de insônia contribui para redução no limiar de dor em pacientes com dor na musculatura mastigatória.

Então, aproveitando a Semana do Sono fui verificar o que há de novo na literatura e encontrei um estudo recente (Rener-Sitar et al., 2016) que comparou pacientes com DTM com voluntários saudáveis com relação a qualidade do sono. Achei interessante porque eles não trabalharam apenas com um diagnóstico e sim com os 8 que englobam a classificação do RDC/TMD, além de usarem os questionários de eixo II (verificaram sintomas de ansiedade, depressão, somatização e grau de disfunção). Incluiram inclusive exames de imagem para comprovar os diagnósticos articulares.

Para verificar a qualidade do sono utilizaram o questionário de Pittsburg.

Os resultados do estudo demonstraram que os diagnósticos que curam com dor, ou seja, DTMs dolorosas são aquelas em que a qualidade do sono está significativamente prejudicada, bem como em pacientes que apresentavam sofrimento psicossocial e incapacidade à dor, particularmente dor disfuncional. Este fato só corrobora com o que sempre verificamos entre dor e sono, que embora pareça lógico, poucos estudos abordaram ainda esta questão.

Interessante relatar também que os pacientes com DTM não dolorosa (exemplo, deslocamento do disco com redução) apresentaram índices de qualidade do sono similares aos voluntários saudáveis.

Avaliar a qualidade do sono nessa população pode ajudar a caracterizar melhor esses pacientes e, o mais importante, abordar a sua deficiência de sono pode oferecer uma outra abordagem terapêutica para reduzir o sofrimento relacionado com a dor (Rener-Sitar et al., 2016).

Aproveite este momento e clique aqui para ler um post de 2010 que escrevi  sobre avaliação do sono em pacientes com dor orofacial. Nela há o link para alguns métodos de avaliação. É essencial que o clínico avalie os hábitos ao dormir do paciente e determine se ele apresenta sinais e sintomas de distúrbios do sono como insônia, Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, que muito mais do que o Bruxismo do Sono, parecem estar envolvidos na manutenção da dor do paciente com DTM!

É importante que o clínico esteja preparado não só para identificar problemas relacionados ao sono como também iniciar orientações ao paciente. O tratamento do sono pode incluir terapias comportamentais com ou sem uso de medicamentos que melhoram o sono.

Quando sinais e sintomas de um distúrbio do sono primário são encontrados, o cirurgião-dentista deve considerar encaminhar o paciente para o médico, especialmente os habilitados para a Medicina do Sono. Medidas de higiene do sono podem ser implementadas para melhorar a qualidade do sono do paciente.

Além de observar aspectos relacionados diretamente ao sono, é importante que o clínico identifique pensamentos catastróficos relacionados a dor e aprimore sua abordagem ao tentar reduzi-los. Isto pode levar a uma melhora no sono e consequentemente controle da dor do paciente.

#ficaadica

 

 

 

 

 

Edição especial do Journal of Dental Research para Dor Orofacial

A revista científica Journal of Dental Research é uma das mais importantes na Odontologia, com fator de impacto 4.602.

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No mês de Setembro o fascículo é dedicado a Dor Orofacial, destacando algumas revisões e pesquisas na área. Indico para os clínicos a leitura das revisões! Estão excelentes, especialmente gostei da de Sono e Dor Orofacial, reunindo dois craques no assunto: Gilles Lavigne e Barry Sessle.

Se vc é sócio da IADR – International Association of Dental Research – ou vinculado a uma instituição com acesso, você pode ter acesso a todo o fascículo. Caso contrário, infelizmente, nem todo conteúdo estará disponível. Vale escrever para os autores ou procurar no Research Gate para conseguir! A outra opção só conto para os espectadores do Periscope (siga lá: @dororofacial).

Entre os artigos gratuitos está a revisão assinada pelos pesquisadores envolvidos no estudo OPPERA, que completa uma década de publicações sobre fatores de risco para  dor por Disfunção Temporomandibular. Esta revisão destaca os principais pontos e achados em todo este período.

Segue o resumo:

G.D. Slade, R. Ohrbach, J.D. Greenspan, R.B. Fillingim, E. Bair, A.E. Sanders, R. Dubner, L. Diatchenko, C.B. Meloto, S. Smith, and W. Maixner

‘In 2006, the OPPERA project (Orofacial Pain: Prospective Evaluation and Risk Assessment) set out to identify risk factors for development of painful temporomandibular disorder (TMD). A decade later, this review summarizes its key findings. At 4 US study sites, OPPERA recruited and examined 3,258 community-based TMD-free adults assessing genetic and phenotypic measures of biological, psychosocial, clinical, and health status characteristics. During follow-up, 4% of participants per annum developed clinically verified TMD, although that was a “symptom iceberg” when compared with the 19% annual rate of facial pain symptoms. The most influential predictors of clinical TMD were simple checklists of comorbid health conditions and nonpainful orofacial symptoms. Self-reports of jaw parafunction were markedly stronger predictors than corresponding examiner assessments. The strongest psychosocial predictor was frequency of somatic symptoms, although not somatic reactivity. Pressure pain thresholds measured at cranial sites only weakly predicted incident TMD yet were strongly associated with chronic TMD, cross-sectionally, in OPPERA’s separate case-control study. The puzzle was resolved in OPPERA’s nested case-control study where repeated measures of pressure pain thresholds revealed fluctuation that coincided with TMD’s onset, persistence, and recovery but did not predict its incidence. The nested case-control study likewise furnished novel evidence that deteriorating sleep quality predicted TMD incidence. Three hundred genes were investigated, implicating 6 single-nucleotide polymorphisms (SNPs) as risk factors for chronic TMD, while another 6 SNPs were associated with intermediate phenotypes for TMD. One study identified a serotonergic pathway in which multiple SNPs influenced risk of chronic TMD. Two other studies investigating gene-environment interactions found that effects of stress on pain were modified by variation in the gene encoding catechol O-methyltransferase. Lessons learned from OPPERA have verified some implicated risk factors for TMD and refuted others, redirecting our thinking. Now it is time to apply those lessons to studies investigating treatment and prevention of TMD.”

É um dos estudos mais completos em se tratando de fator de risco. Entre os resultados, destaque para a importância da qualidade do sono que quando ruim pode predizer a incidência de DTM. Daí a leitura da outra revisão ser tão importante!

O link para o artigo gratuito está aqui: http://jdr.sagepub.com/content/95/10/1084.full.pdf+html

Vou dar um destaque pessoal também a revisão que tem entre os autores o Prof. Daniel Clauw sobre neurofisiologia da dor. Sou fã declarada dos trabalhos deste professor e se você ainda não leu sobre a aula dele que assisti no congresso da AAOP, clique aqui (na postagem tem um link para uma aula inteira no Youtube!).

Vejam todos os artigos deste fascículo:

Clinical Review
G.D. Slade, R. Ohrbach, J.D. Greenspan, R.B. Fillingim, E. Bair, A.E. Sanders, R. Dubner, L. Diatchenko, C.B. Meloto, S. Smith, and W. Maixner

 

R. Ohrbach and S.F. Dworkin

 

D.E. Harper, A. Schrepf, and D.J. Clauw

 

G.J. Lavigne and B.J Sessle
Critical Reviews in Oral Biology & Medicine
K.M. Hargreaves and S. Ruparel

 

T. Berta, Y.J. Qadri, G. Chen, and R.R. Ji
Clinical
C.L. Randall, D.W. McNeil, J.R. Shaffer, R.J. Crout, R.J. Weyant, and M.L. Marazita

 

T. Shinozaki, Y. Imamura, R. Kohashi, K. Dezawa, Y. Nakaya, Y. Sato, K. Watanabe, Y. Morimoto, T. Shizukuishi, O. Abe, T. Haji, K. Tabei, and M. Taira

 

J. Durham, J. Shen, M. Breckons, J.G. Steele, V. Araujo-Soares, C. Exley, and L. Vale

 

B. Häggman-Henrikson, E. Lampa, S. Marklund, and A. Wänman

 

T. Weber, I.A. Boggero, C.R. Carlson, E. Bertoli, J.P. Okeson, and R. de Leeuw

 

H. Meng, Y. Gao, Y.F. Kang, Y.P. Zhao, G.J. Yang, Y. Wang, Y. Cao, Y.H. Gan, and Q.F. Xie
Biological
T. Tamagawa, M. Shinoda, K. Honda, A. Furukawa, K. Kaji, H. Nagashima, R. Akasaka, J. Chen, B.J. Sessle, Y. Yonehara, and K. Iwata

 

K.Y. Yang, M.J. Kim, J.S. Ju, S.K. Park, C.G. Lee, S.T. Kim, Y.C. Bae, and D.K. Ahn

 

M. Yasuda, M. Shinoda, K. Honda, M. Fujita, A. Kawata, H. Nagashima, M. Watanabe, N. Shoji, O. Takahashi, S. Kimoto, and K. Iwata

Falando nisso…

Quer estudar mais sobre Dor Orofacial? Confira os eventos vindouros (hehehe gostei desta palavra)!

  • 01/09: Florianópolis – Curso de Atualização em DTM e Dor Orofacial com 10 módulos coordenado pelo Prof. Paulo Conti e por mim e com participação dos professores Rafael Santos Silva e Roberto Garanhani. Só tem uma vaga!!! www.abosc.com.br
  • 09/09: Joinville – Dia do Bruxismo! Saiba mais em www.diadobruxismo.com
  • 16/09: Campinas – Curso de um dia sobre DTM. Irei abordar aspectos sobre diagnóstico e tratamento e mostrar um pouquinho do que fazemos em Bauru. O curso terá um material online dedicado e demonstração de atendimento. Mais detalhes em www.imajon.com.br
  • 13 e 14/10: Ribeirão Preto: Congresso Brasileiro de Cefaleia e Congresso do Comitê de Dor Orofacial . Estarei lá para palestrar sobre a relação DTM e Bruxismo. www.sbcefaleia.com
  • 27/10: Palmas:  Meeting Internacional Odontológico do Tocantins – vou falar de um tema que gosto muito – as dores persistentes pós tratamento odontológico e quando são atribuídas a problemas neuropáticos. Mais informações: http://meeting.abo-to.org.br
  • 05/11: Recife – Dia do Bruxismo! Saiba tudo sobre este dia em www.diadobruxismo.com

Dia Mundial do Sono

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Acho que estou um pouco atrasada, mas acho também que ainda está valendo!

O Dia Mundial do Sono foi comemorado em 18 de março e vi várias entidades e associações participando.

A Associação Brasileira do Sono promoveu por aqui a Semana do Sono com entrevistas e informações em seu site, redes sociais e mídia. Confira aqui.

Achei muito bacana todas as iniciativas que acompanhei. É fundamental para nós, clínicos que trabalhamos diretamente com dor e bruxismo, conhecer também todos os distúrbios do sono e orientar os pacientes da melhor maneira possível para que possam apresentar melhora na sua qualidade do sono.

Algumas ações foram realizadas mundialmente para  comemorar a data.

A revista CHEST, do Colégio Americano de Pneumologia, avisou por email sobre a disponibilidade de alguns artigos até junho! Há vários interessantes, como sobre fisiopatologia da insônia e efeitos dos exercícios orofaríngeos sobre o ronco. Segue a lista para vocês:

Contemporary Reviews in Sleep Medicine:

Intermittent Hypoxemia and OSA: Implications for Comorbidities

The Pathophysiology of Insomnia

Perioperative Assessment and Management for Sleep Apnea in the Ambulatory Surgical Patient

Relationship Between OSA and Hypertension

Original Research:

Is a Raised Bicarbonate, Without Hypercapnia, Part of the Physiologic Spectrum of Obesity-Related Hypoventilation?

Sitting and Television Viewing: Novel Risk Factors for Sleep Disturbance and Apnea Risk? Results from the 2013 National Sleep Foundation Sleep in America Poll

Exercise End-Tidal CO2 Predicts Central Sleep Apnea in Patients With Heart Failure

Effects of Oropharyngeal Exercises on Snoring: A Randomized Trial

Prognosis for Spontaneous Resolution of OSA in Children

A Randomized Controlled Study to Examine the Effect of a Lifestyle Modification Program in OSA

Exercise End-Tidal CO2 Predicts Central Sleep Apnea in Patients With Heart Failure

The Effect of OSA on Work Disability and Work-Related Injuries

Misclassification of OSA Severity With Automated Scoring of Home Sleep Recordings

Longitudinal Effect of Continuous Positive Airway Pressure on Blood Pressure in Resistant and Non-Resistant Hypertension in a Large Clinic-Based Cohort

 

Também vi no site do Dia Mundial do Sono uma rádio da Nova Zelândia, Sleep Radio, que transmite via internet sua programação ao vivo. As playlists são compostas por música suave instrumental para ajudar pessoas que tem insônia a dormirem!

A estação tem um aplicativo para smartphones que vem com alarme! Vou testar! 🙂

Website: www.sleepradio.co.nz

 

No site oficial do Dia Mundial do Sono (http://worldsleepday.org) você pode encontrar todas as atividades realizadas por todo o mundo.

Foi neste site que encontrei o vídeo abaixo sobre apneia do sono!

 

Falando nisso….

Eu sei que você já sabe mas não custa lembrar: as próximas datas do Dia do Bruxismo!

Saiba como se inscrever em www.diadobruxismo.com

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Teorias sobre Bruxismo secundário a problemas respiratórios

Esta semana li um artigo sobre a teoria da relação causa-efeito entre Bruxismo do Sono e Distúrbios do Sono  relacionados a problemas respiratórios. Trata-se do artigo: “Theories on possible temporal relationships between sleep bruxism and obstructive sleep apnea events. An expert opinion” publicado na revista Sleep Breath e que traz como autores Daniele Manfredini, Luca Guarda-Nardini, Rosario Marchese-Ragona e Frank Lobbezoo. 

Pelo título já percebemos que se trata de uma revisão livre e com opinião de alguns dos maiores pesquisadores na área de Bruxismo (se estivesse na sala de aula já estava fazendo meu tradicional gesto de que é um artigo da base da pirâmide de evidência, rs…).

A discussão sobre este assunto é necessária e interessante do ponto de vista clínico. Os dados clínicos apontam para este tipo de Bruxismo, classificado como secundário, apesar de sabermos que Bruxismo primário pode apresentar aumento no número de eventos por um fator secundário. Entretanto, como os autores citaram, recentemente uma revisão sistemática sugeriu que ainda não é possível afirmar ou negar a relação entre as duas condições.

Para não ficar confuso, vamos usar a tática encontrada pelos autores e dividir a associação em alguns possíveis cenários, de acordo com o caráter temporal. Observem que será um texto mais de caráter reflexivo do que prático!

A chave para entender o pensamentos dos autores parece estar ligada a fisiopatologia do Bruxismo do Sono (BS), sobretudo a cascata de eventos que ocorrem em sequência (microdespertar – taquicardia – contração muscular em músculos mastigatórios).

Para quem não está familiarizado com isso, sugiro a leitura do texto neste link: http://goo.gl/ClBdnR Observem a tabela 3!

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Cenário 1 – os dois eventos não são relacionados.

Neste cenário os autores apontaram que os dados obtidos através do exame de polissonografia (PSG) não mostra uma relação temporal entre os dois eventos, ou seja, os eventos se relacionem com microdespertares diferentes. Entretanto, é um cenário discutível já que não se sabe qual seria o período de tempo exato para se dizer que as duas ocorrências (evento de BS e evento de hipopneia ou apneia) não estão relacionadas. Complicado imaginar e verificar nos exames este cenário.

Cenário 2 – Um evento de hipopneia/apneia precede um evento de BS

Me parece ser o cenário mais comum (pelo menos o que mais observo nas PSG que recebo). Também é o cenário em que conseguimos explicar com mais facilidade. Neste cenário o evento de hipopneia/apneia precede o evento de BS. O que acontece é que a obstrução da passagem do ar parece ser interrompida pela contração da musculatura mastigatória, o que na PSG aparece como um evento de BS após o evento de hipopneia/apneia.

Os autores descrevem estes eventos e sua relação com a contração dos músculos suprahioides (mais uma vez, vejam a tabela 3 do atrigue está neste link:  http://goo.gl/ClBdnR). Esta contração acontece um segundo antes do chamado movimento ritmico da musculatura mastigatória (RMMA) e parece estar envolvida com a restauração da passagem do ar. O BS teria um papel protetor ao organismo neste caso.

Também pensando nisso, deve-se observar que a obstrução a passagem do ar apresenta tipos e locais diferentes. Possivelmente a obstrução deve ser solucionada com o avanço mandibular.

A contração dos músculos mastigatórios pode também ser uma reação não específica à Síndrome da Resistência das Vias Aéreas Superiores (SRVAS) caracterizada  por uma obstrução das vias aéreas superiores (VAS) insuficiente para criar apnéias francas, hipopnéias e dessaturações (queda na oxigenação do sangue), mas suficiente para perturbar a microestrutura do sono e aumentar o esforço respiratório. Neste caso há uma aumento de microdespertares, o que poderia ser a ligação com os eventos de BS.

Cenário 3 – Um evento de BS precede um evento de apneia/hipopneia

Este cenário é raramente descrito na literatura e pode ser explicado uma vez que há a sugestão de que durante o sono REM as mucosas das vias aéreas superiores poderiam secretar muco suficiente para causar uma congestão nasal que por sua vez seria o gatilho para o aparecimento do microdespertar. O natural seria imaginar um quadro como no cenário 2, mas os autores também descrevem algumas teorias que suportam este cenário 3. Primeiro que o BS poderia ocorrer como reflexo trigeminal frente a uma bradicardia. Neste caso, este reflexo cardíaco trigeminal poderia induzir à congestão nasal. Os autores ainda destacam no texto que possivelmente este cenário incomum acontecesse também na fase REM, onde eventos de BS são igualmente menos comuns de ocorrerem.

Cenário 4 – Um evento de apneia/hipopneia ocorre ao mesmo tempo que o evento de BS

Na teoria este cenário pode ser plausível, na prática ainda não foi descrito.

Você pode ter chegado até esta parte do texto questionando-se porque é que eu resolvi escrever sobre este texto tão teórico ainda. Bem, eu acho que devemos abrir nossa mente aos diferentes pacientes com diferentes tipos de bruxismo que recebemos diariamente em nossa clínica. O cenário 2 é mais frequente, mais fácil de ser explicado mas devemos saber que outros cenários podem existir.

Lembro que o artigo refere-se a opinião de autores. Ainda, não reproduzi na íntegra todo o texto e cabe a observação que estudos comprovando cada um dos cenários são citados. Sugiro a leitura integral do texto que está neste link: http://goo.gl/8X0iE9

Conheçam Bruxismo, mas também conheçam outros distúrbios do sono que possam estar relacionados a ele! 🙂

Falando nisso…

Já estão abertas as inscrições para o Dia do Bruxismo em Belo Horizonte e São Paulo! Em breve: Florianópolis, João Pessoa, Curitiba e Uberaba! Conheça o projeto, o programa, as palestrantes e faça sua inscrição pelo site www.diadobruxismo.com Falaremos mais sobre as associações ao Bruxismo por lá! 🙂

Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono – Terceira Edição

Este ano a Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono foi atualizada.

Eu sabia disso. Mas quando entrei no site da American Academy of Sleep Medicine (AASM) fiquei sabendo que teria que desembolsar 60 dólares para adquirir a classificação. Não o fiz no momento e acabei esquecendo.

Sorte a minha.

Dias desses o professor e meu colega de doutorado Yuri Martins Costa me questionou sobre a classificação. Disse a ele que tinha visto e ia adquirir via site.

Mas…

Yuri sempre atualizado avisou: baixe o aplicativo para tablets da AASM e você terá acesso a classificação, sem necessidade de login, nem nada!

\o/

E foi o que eu fiz!

O aplicativo se chama AASM Library. O acesso e leitura do texto só pode ser através do aplicativo para smartphones e tablets em iOS e Android.

Seguem algumas imagens do aplicativo!

Na tela do iPad

Na tela do iPad

 

 

Para ter acesso ao conteúdo gratuito clique em Skip

Para ter acesso ao conteúdo gratuito clique em S

Depois é só clicar sobre o ícone da classificação.

Depois é só clicar sobre o ícone da classificação.

 

E aí está!

E aí está!

E aqui os critérios de diagnóstico do bruxismo relacionado ao sono...

E aqui os critérios de diagnóstico do bruxismo relacionado ao sono…

 

#ficaadica

Valeu mestre Yuri! 

Pain Trek e SleepGenius: aplicativos que estou testando…

Eu adoro tecnologia, isso todo mundo que me acompanha há algum tempo já percebeu. Sou entusiasta de como as novas ferramentas como aplicativos desenvolvidos para smartphones podem seguramente nos auxiliar no diagnóstico, acompanhamento e tratamento de nossos pacientes. Já uso com freqüência o Desencoste (aplicativo desenvolvido para diagnóstico e controle do bruxismo em vigília), já escrevi aqui sobre o app Trigger Points e até sobre diários de dor digitais. Hoje gostaria de citar duas outras ferramentas: Pain Trek e SleepGenius.

O Pain Trek é um aplicativo para o diagnóstico e acompanhamento da cefaleia e dor facial. Foi desenvolvido pela equipe do 3D Lab da Universidade de Michigan, projeto liderado pelo cirurgião dentista Alexandre DaSilva. Alexandre é brasileiro e trabalha na Faculdade de Odontologia da Universidade de Michigan, Estados Unidos, onde dirige um laboratório multidisciplinar, o H.O.P.E. (Headache & Orofacial Pain Effort) que desenvolve pesquisas com técnicas de neuroimagem. Para saber mais sobre o H.O.P.E clique aqui.
Conheci  o Pain Trek durante o congresso da IASP em 2012 pelo Thiago Nascimento (meu colega da época de mestrado e que agora é pesquisador no H.O.P.E.). Na ocasião, o aplicativo ainda não estava disponível para download, mas agora está e melhor, gratuito e em português porém somente para sistema iOS.
Na tela inicial do aplicativo, o paciente pode indicar onde dói e qual a intensidade (leve, moderada e severa). Em uma segunda tela pode indicar a qualidade da dor, impacto sobre sua vida diária, sinais e sintomas (incluindo alguns para enxaqueca) e fatores desencadeantes.
O paciente pode utilizar como diário de dor. Após algum tempo é possível realizar uma análise da intensidade, localização e características da dor, o que é uma função bem atrativa.
Eu vou começar a testar com mais afinco este mês. Mas uma coisa percebi: acho que este app funciona melhor na tela do iPad do que do iPhone.
Aqui o link para  um vídeo que traz um panorama geral de suas funções: http://youtu.be/CP8tvz2nmpY
Já o SleepGenius eu descobri por um acaso visitando a lojinha de aplicativos no meu celular. É um aplicativo destinado a dormir melhor e também faz uma análise de seu sono. Já existem vários outros aplicativos semelhantes, mas este reúne várias funções e parece ter uma interface agradável. Está disponível para sistemas iOS, Android e até para os relógios da Samsung.
Segundo os desenvolvedores, este aplicativo foi testado pela NASA para fazer com que os astronautas dormissem melhor (mas não vi nada oficial da própria NASA ainda, rs).
O aplicativo apresenta algumas funções. A primeira é um sistema de relaxamento para ser utilizado 15 minutos antes de dormir. Dormir no mesmo horário todos os dias é estimulado pelo programa. A segunda função é um alarme que promete acordá-lo em um novo ritmo. São sons emitidos durante 5 minutos antes do horário estipulado para acordar. Há também dentro do aplicativo um programa de relaxamento que pode ser programado de acordo com os minutos que você deseja, um sistema direcionado para as sonecas (será o que mais vou usar, certeza), e por fim faz também uma análise da qualidade do seu sono.
Vamos testar?
Segue o vídeo do aplicativo:

 

Falando nisso...

O Braincast dedicou uma edição de seu programa aos aplicativos de produtividade que utilizam e gostam. Imperdível. Link aqui: http://www.brainstorm9.com.br/48824/braincast9/braincast-108-aplicativos-e-hacks-de-produtividade/
Para todas as dicas boas (mas que na verdade são ótimas) do Braincast: http://qualeaboadobraincast.tumblr.com
Até a próxima. Vou testar o SleepGenius (rs)!

 

Sorteio imperdível!

No final do mês de junho tive a felicidade de participar como palestrante em um curso sobre odontologia e sono (obrigada Marcelo Quintela e Cinthia pela recepção) e lá encontrei a querida professora e amiga Cibele Dal Fabbro que me contou que o livro A Odontologia na Medicina do Sono, citado por diversas vezes por mim aqui no blog e também em palestras, que estava esgotado foi reimpresso pela editora Dental Press.

Este livro vem ao encontro de uma fase importantíssima da medicina odontológica do sono, na qual inúmeros profissionais se juntaram para estudar o tratamento de pacientes portadores de um distúrbio tão debilitante como a SAOS. • Cabe salientar que, com o aumento de publicações sobre esse assunto, médicos esperam que cirurgiões-dentistas tenham um conhecimento aprofundado em várias áreas da medicina do sono. • O objetivo deste livro é apresentar, de forma sucinta e prática, o conhecimento necessário para cirurgiões-dentistas que irão reconhecer s intomas de apneia em seus pacientes, podendo indicar o diagnóstico correto e acompanhar o tratamento, seja por CPAP, cirurgia ou aparelhos intra-orais.

• Histórico da Medicina do Sono no mundo• Bases neurais e fisiologia do sono• Classificação dos distúrbios do sono• Polissonografia• Fisiopatologia dos distúrbios respiratórios do sono• Diagnóstico e abordagem clínica do paciente com distúrbios respiratórios do sono

• Consequencias clínicas e morbidades associadas

• Tratamento clínico e CPAP

• Tratamento Cirúrgico

• Tratamento com aparelhos intra-orais (AIO)

• Adesão, preditores de sucesso e efeitos colaterais do tratamento com AIO

• Protocolo clínico, médico e odontológico

• Padrão de crescimento e distúrbios respiratórios do sono

• Abordagem precoce dos distúrbios respiratórios do sono

• Morfologia craniofacial nos distúrbios respiratórios do sono

• Bruxismo no sono

E olhem a surpresa, a professora Cibele gentilmente cedeu um exemplar para ser sorteado aqui no blog! Notícia mais do que boa não? Acho que todos deveriam ter um deste. Se você não quer esperar o resultado do sorteio e já quiser adquirir seu exemplar, clique aqui.

E como faz para participar????

As regras são simples! Basta deixar preencher com nome, email e endereço completo o formulário ao final desta postagem.

Cada comentário recebe um número e é através deste número que você irá concorrer.

Não se preocupe, o endereço de email aparece apenas para mim e é através dele que entrarei em contato com o sorteado e enviarei o livro pelos correios.

Cada pessoa pode participar apenas uma vez.

Mas ATENÇÃO, desta vez o prazo é curto e o sorteios erá realizado no dia 15 de julho!

Boa sorte!!!!!

Controle do bruxismo infantil

Em Fevereiro fiz uma postagem sobre bruxismo infantil que foi um sucesso. Apresentei algumas evidências sobre esta condição.

Chegou a hora de escrever algumas palavras sobre o tratamento!

Não devemos esquecer que, para um controle eficaz, investigar e realizar um diagnóstico preciso é indispensável!

Assim, separar o bruxismo do sono do de vigília, o primário do secundário é fundamental também em crianças.

Infelizmente não há evidências sobre o que funciona ou não no controle do bruxismo na infância.

Eu proponho três etapas então:

  1. Informar
  2. Controlar
  3. Proteger

Informar

Devemos explicar claramente aos pais e/ou responsáveis o que é bruxismo, os fatores contribuintes e como podemos ajudar. Lembre-se que no Brasil o bruxismo infantil não é tão incomum. Na idade escolar já foi detectada a prevalência de 30%.

Acalmar também, uma vez que os ruídos produzidos durante o ranger dos dentes assustam a quem está por perto.

Explique sobre higiene do sono e técnicas de relaxamento que podem auxiliar, sobretudo antes de dormir.

Cuidado com o bruxismo em vigília, sobretudo em crianças que realizam atividades que requerem concentração como jogar video game, usar computador, estudar, etc. As mesmas orientações para o adulto podem e devem ser repassadas às crianças como evitar encostar os dentes, manter a língua em contato com palato, evitar outros hábitos como roer unhas, morder objetos, etc.

O conhecimento é o primeiro degrau para o controle!

Controlar

Agora é momento de dar atenção aos fatores que possam desencadear ou contribuir para a perpetuação do bruxismo infantil. Para encontrá-los a anamnese deve ser muito bem realizada.

Lembre-se que a resistência a passagem do ar é um dos principais fatores causais de bruxismo secundário em crianças. Identifique problemas respiratórios e esqueléticos e encaminhe o paciente ao otorrino e/ou ortodontista/ortopedista para avaliação quando necessário. Nestes casos basta o controle destes fatores para que o bruxismo desapareça.

Lembre-se que outros distúrbios do sono como sonilóquio, enurese e sonambulismo parecem estar associados ao bruxismo em crianças, bem como o uso de alguns medicamentos como inibidores seletivos da recaptação de serotonina e ritalina.

Proteger

Nos casos de bruxismo do sono primário muitas vezes não há um fator a ser controlado.

Quando o desgaste dentário é intenso, os danos aos dentes e periodonto são inevitáveis. Nestes casos pode ser prudente utilizar um protetor para os dentes. As crianças estão em crescimento e desenvolvimento e qualquer dispositivo interoclusal não pode atrapalhar. Apenas um estudo foi publicado, utilizando placa de acrílico, trocados conforme a criança crescia. Mas o foco do artigo foram sinais e sintomas de DTM, que não foram diferentes em quem usou ou não a placa, e não sobre desgaste dentário ou eventos de bruxismo.

 

Imersão em Odontologia do Sono

Mais uma oportunidade para nos atualizarmos! 3 dias sobre conceitos básicos dos Distúrbios do Sono com o objetivo de atualizar e aperfeiçoar a prática clínica.

A IMERSÃO EM ODONTOLOGIA DO SONO (www.capacitacaosono.com) será realizada nos dias 28, 29 e 30 de Junho próximonum hotel no bairro de Higienópolis em São Paulo.

PRELETORES JÁ CONFIRMADOS:
Alexandre Benetton (Cirurgião Buco-Maxilofacial UNIMES),
Alexandre Nakasato, otorrino (Depto de Ronco e Apneia do Sono do HC – USP),
Cibele Dal Fabbro (UNIFESP),
Faustino Pacheco Filho (neurologista-chefe do Instituto do Sono de Santos),
Jorge Caram – (Ex-aluno e membro do GEOS),
Marcelo de Melo Quintela – (UNIMES – SÃO LEOPOLDO MANDIC – UNIFESP),
Marco Antonio Machado (presidente da ABS, depto Neuro-Sono UNIFESP),
Otávio Luiz Ferraz (Cirurgião Buco-Maxilo UNIFESP),
Silvério Garbuio (Biomédico – INSTITUTO DO SONO DE SÃO PAULO)
Rowdley Rossi (UNIFESP e UFES)
Juliana Stuginski Barbosa (FOB-USP)

Estarei por lá para falar sobre as últimas descobertas sobre Bruxismo do Sono, no diagnóstico e tratamento.

Sendo assim, até o curso, vou me segurar e não vou postar nada sobre o tema!! rs…

Boa semana a todos!

Falando nisso…. 

ATENÇÃO PESSOAL DE CUIABÁ:

Sexta-feira, dia 11 de maio, às 19 horas farei uma palestra no Instituto de Pesquisa e Ensino – IPE de Cuiabá. O tema: contexto atual da Disfunção Temporomandibular. Mais informações aqui: http://www.ipeodonto.com.br/ipeodonto2010/conteudo/esquenta/id-350/cronograma_do_ciclo_de_palestra_de_2012