Os vídeos da vez para estudar Neurofisiologia da Dor

 

Lá no IEO-Bauru, onde há o curso de especialização em DTM e Dor Orofacial coordenado pelo Professor Paulo Conti, estamos  todo o módulo realizando uma reunião científica, o Journal Club, onde sempre escolhemos temas interessantes para estudar. Num deles estudamos como  facilitar o estudo dos processos relacionados a dor. Escolhi mostrar alguns dos vídeos que gosto no youtube!

Como já faz um tempo que fiz uma postagem com estes vídeos do Youtube que gostei para estudar neurofisiologia da dor, acho que está mais do que na hora de atualizar a lista né? Quanto tiver um tempinho sobrando, veja um deles. Ver vídeos ajuda bastante no conhecimento!

Aproveite e conheça o meu canal por lá. Tem poucos vídeos meus mas tem as listas que crio com vídeos que gosto! 🙂

Segue a sequência de vídeos que enviei aos alunos:
1. Aula TED-Ed sobre dor

2. As fases da nocicepção

3. Caminhos da dor

4. Condução:

5. Transmissão (sinapse):

6. Modulação de dor:

  • Teoria do portão:
  • Modulação endógena:
  •  Papel do opióide:

7. Percepção de dor:

E mais uns extras que sugeri que assistissem:

* O mistério da dor crônica:


* Neurônio:


* Como os nervos funcionam?


* Potencial de ação:


* Potencial da membrana:


* Inibidores seletivos de recaptacao de serotonina:

 

#ficaadica

Quer se inscrever na próxima turma do curso de DTM e Dor Orofacial e também participar do Journal Club? Clique aqui!

Falando nisso…

No dia 03 de agosto de 2018 irei ministrar novamente a minha aula favorita: Odontalgias não Odontogênicas em Campinas. Esta aula tem duração de 8 horas e apresentou alguns casos clínicos de interesse aos colegas dentistas para que o conhecimento evite as iatrogenias!

Assim, se quiser participar, entre em contato com a Imajon Cursos. Link para conteúdo programático aqui.

Abraços!!

ad66f6b7-940e-4f52-8b70-bec9d4402288

Publicidade

2018 – Ano Mundial para Excelência da Educação em Dor

Na última semana a IASP (International Association for Study of Pain) lançou o tema da campanha mundial deste ano: Excelência da Educação em Dor.

Confesso que fiquei radiante! 2018 é um ano no qual quero me dedicar ao máxima a educar e ser educada neste tema que é centro da minha profissão há tantos anos. Quero trocar mais e mais experiências! E não podia ter incentivo maior do que acompanhar as iniciativas da IASP!

Global Year_2018_RGB

O tema tem como ponto chave “Bridging the gap between knowledge and practice.” – diminuir o abismo entre o conhecimento e a prática. E não é somente foca os profissionais da saúde mas também os pacientes, os órgãos governamentais e dos membros de pesquisa em educação em dor. É uma força tarefa para que conceitos corretos atinjam todas as camadas da população. A educação em dor se mostra uma das ferramentas mais eficazes para o combate da mesma.

Eu sonho com o dia em que a Odontologia (minha área de atuação) reconheça e trabalhe melhor com dor, inclusive na melhor orientação do paciente. Infelizmente ainda é só sonho…. A IASP apresenta neste ano sugestões curriculares para isso.

Para saber mais, acompanhe a hashtag #GYPainEducation nas redes sociais como LinkedIn, Facebook, Instagram e Twitter!

Na página oficial da IASP você pode também ter acesso ao material produzido por eles (em breve a SBED – Sociedade Brasileira para Estudo da Dor – deve realizar a tradução destes textos).

Sobre a educação para a população, em tradução livre minha coloco o que a IASP citou:

A educação da população pode ajudar a reduzir o peso da dor na sociedade. Aqui estão cinco razões pelas quais a educação  sobre a dor pode ser altamente benéfica:

1. As pessoas que recebem essa educação podem tomar medidas para evitar a dor, como praticar técnicas adequadas de alongamento e atividade física, e podem se dedicar a uma autogestão oportuna e útil quando a dor atinge.

2. As pessoas educadas sobre a dor podem dar conselhos e assistência adequados aos familiares, amigos e colegas com dor.

3. Nas interações com os prestadores de cuidados de saúde, as pessoas com conhecimento em dor podem advogar e aceitar o tratamento adequado para dor aguda e crônica que eles ou membros da família experimentam.

4. Um público educado pode atuar a nível comunitário para minimizar os riscos que contribuem para lesões causadoras de dor; por exemplo, jovens que praticam esportes de contato ou em comunidades que podem ser propensas a apresentar calçadas em estado de destruição (que podem gerar lesões dolorosas).

5. Os cidadãos educados podem defender políticas públicas melhoradas de prevenção e controle da dor, tais como requerimentos razoáveis de capacete esportivo, acesso legal a medicamente necessários e reembolso de seguro médico de cuidados de dor interdisciplinares.

E como pode ser realizada esta educação? De várias formas! Uma delas (e a primeira citada pela IASP) é através da Internet! Olhe a oportunidade bem ao nosso alcance! Invista em redes sociais, vídeos instrutivos, postagem com conteúdo. Use ao favor da educação em dor!

Todos nós só temos a ganhar! 🙂

E ainda dentro deste tema, a SBDOF – Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial – criou uma publicação chamada Cadernos da SBDOF que tem como editora a professora Liete Zwir, revisão científica dos professores Antônio Sérgio Guimarães e Paulo Conti. No primeiro volume, o atual presidente da SBDOF,  Reynaldo Leite Martins Júnior, escreveu sobre DTM para pacientes. Excelente material para enviarmos aos nossos pacientes. Aqui no site e em PDF: Caderno SBDOF número 1 (versão que pode ser impressa em gráfica).

Mais uma dica: já escrevi aqui sobre o site  Pesquisa em Dor . Mas a dica é boa e vale a pena repetir. O site tem uma área para os pacientes e uma área para profissionais. Na área de pacientes há explicações sobre dor que aparecem de forma lúdica e didática, o que atiça a curiosidade e facilita o entendimento. Veja por exemplo Caminho da Recuperação. A área para profissionais reúne ferramentas que podemos utilizar na nossa rotina clínica (inclusive a escala de cinesiofobia que já falamos aqui), manual para utilizar o caminho da recuperação com seu paciente e algo que acho essencial: estratégias para educar seu paciente com relação a dor.

E por fim, sobre cursos e eventos, vou atualizar a página em breve com toda a agenda de 2018! Os cursos em Bauru, coordenados pelo professor Paulo Conti, estão com lista de espera e novas turmas estão planejadas para segundo semestre. Entre em contato com IEO-Bauru para mais informações! Em Florianópolis começa em março um curso de aperfeiçoamento em Disfunção Temporomandibular na Zenith comigo, Prof. Conti e Prof. Rafael Santos Silva! Serão 6 módulos de 3 dias cada com clínica e 144 horas de muita informação! Últimas vagas no link. Ainda, há previsão de curso em João Pessoa,de atualização, na COESP, ainda com datas a serem definidas no segundo semestre! Ufa! E tem grupo de estudos, Dia do Bruxismo (Com agenda lotada!! Clique aqui e veja todas as datas) e mais os congressos na área de Dor! Vale um destaque ao meu congresso favorito, o Congresso Mundial de Dor da IASP, que acontecerá em setembro, em Boston e eu já comprei minha passagem!!! \o/ Depois farei uma postagem com todos os eventos do ano (CINDOR, ICOT, IADR, SBCe, SBDOF, etc).


Falando nisso…

Pela segunda vez um cirurgião-dentista está na presidência da Sociedade Brasileira de Estudo (SBED), Prof. Dr. Eduardo Grossmann assumiu e estará a frente da SBED pelos anos 2018 e 2019. Prof. José Tadeu Tesseroli de Siqueira foi o outro cirurgião-dentista a comandar a SBED. É orgulho a nossa classe! Votos de excelente gestão ao Prof. Grossmann. Link para seu discurso de posse.

Site Bacana

Antigamente havia uma sessão aqui no blog chamada Site do Mês.

Mas como deixei de atualizar sempre, perdeu um pouco o sentido. Assim, quando eu ver algo interessante, vou chamar de Site Bacana.

O Site Bacana de hoje é o Pesquisa em Dor. Este foi fundado por um grupo de pesquisadores que incluem fisioterapeutas, psicólogos, físicos, entre outros e é um local muito bacana para buscar informações que podem contribuir para o atendimento clínico ao paciente com dor. O lema é “entender para modificar a dor” e é algo que acho fundamental.

pesquisa em dor.001

No dia dia do consultório percebo o quanto explicar ao paciente detalhadamente os motivos pelo qual ele está percebendo dor, baseado na neurofisiologia, numa linguagem simples porém nem por isso incompleta, faz a diferença.

As sessões do site incluem o blog, onde você pode ler recentes resultados de pesquisa sobre dor, área para os pacientes e área para profissionais.

Na área de pacientes as explicações aparecem de forma lúdica e didática, o que atiça a curiosidade e facilita o entendimento. Veja por exemplo Caminho da Recuperação.

A área para profissionais reunem ferramentas que podemos utilizar na nossa rotina clínica (inclusive a escala de cinesiofobia que já falamos aqui), manual para utilizar o caminho da recuperação com seu paciente e algo que acho essencial: estratégias para educar seu paciente com relação a dor.

Não deixem de visitar o site!

Aproveite e leia também sobre o site Pain in Motion.

 

 

Pain in Motion: site de pesquisa em dor e movimento

E no final da semana passada aconteceu em Campinas um curso sobre Neurociência Moderna na prática fisioterapêutica. Olha, pela reação na minha timeline do Facebook acho que o curso foi muito bom. Vi postagens de vários amigos.

Não pude ir porque estava ministrando aula no Curso de Imersão da Imajon (que por sinal foi ótimo!) e fiquei aqui com água na boca. Aí, achei alguns links na internet para que vocês também possam conhecer o ministrador do curso, Jo Nijs e seu trabalho. Ele é professor em Vrije Universiteit Brussels e fisioterapeuta no Hospital da Universidade de Bruxelas.

logo

Ele faz parte de um grupo internacional de pesquisa focado em dor e em movimento, o Pain in Motion que tem um site bem completo com publicações, blog e uma área dedicada a educação dos pacientes. Acho que vale a pena conhecê-lo e também curtir a página deles no Facebook!

Ainda, para quem como eu ficou com vontade de ouvir o que o professor tem a dizer, encontrei uma aula sobre controle da sensibilização central ministrada em 2014 durante a terceira conferência internacional de Dor e Fisioterapia no Youtube! Então, o que está esperando? Dê um play abaixo!

Ei queridos amigos, comentem o que acharam da aula!

Falando nisso…

Terça feira da semana que vem estarei firme e forte no Congresso Mundial de Dor promovido pela IASP em Yokohama!! \o/

Desta vez vou tentar transmitir de lá minhas impressões sobre o evento! Acompanhem pelo Periscope (@dororofacial) e página do Facebook!

 

Edição especial do Journal of Dental Research para Dor Orofacial

A revista científica Journal of Dental Research é uma das mais importantes na Odontologia, com fator de impacto 4.602.

home_cover

No mês de Setembro o fascículo é dedicado a Dor Orofacial, destacando algumas revisões e pesquisas na área. Indico para os clínicos a leitura das revisões! Estão excelentes, especialmente gostei da de Sono e Dor Orofacial, reunindo dois craques no assunto: Gilles Lavigne e Barry Sessle.

Se vc é sócio da IADR – International Association of Dental Research – ou vinculado a uma instituição com acesso, você pode ter acesso a todo o fascículo. Caso contrário, infelizmente, nem todo conteúdo estará disponível. Vale escrever para os autores ou procurar no Research Gate para conseguir! A outra opção só conto para os espectadores do Periscope (siga lá: @dororofacial).

Entre os artigos gratuitos está a revisão assinada pelos pesquisadores envolvidos no estudo OPPERA, que completa uma década de publicações sobre fatores de risco para  dor por Disfunção Temporomandibular. Esta revisão destaca os principais pontos e achados em todo este período.

Segue o resumo:

G.D. Slade, R. Ohrbach, J.D. Greenspan, R.B. Fillingim, E. Bair, A.E. Sanders, R. Dubner, L. Diatchenko, C.B. Meloto, S. Smith, and W. Maixner

‘In 2006, the OPPERA project (Orofacial Pain: Prospective Evaluation and Risk Assessment) set out to identify risk factors for development of painful temporomandibular disorder (TMD). A decade later, this review summarizes its key findings. At 4 US study sites, OPPERA recruited and examined 3,258 community-based TMD-free adults assessing genetic and phenotypic measures of biological, psychosocial, clinical, and health status characteristics. During follow-up, 4% of participants per annum developed clinically verified TMD, although that was a “symptom iceberg” when compared with the 19% annual rate of facial pain symptoms. The most influential predictors of clinical TMD were simple checklists of comorbid health conditions and nonpainful orofacial symptoms. Self-reports of jaw parafunction were markedly stronger predictors than corresponding examiner assessments. The strongest psychosocial predictor was frequency of somatic symptoms, although not somatic reactivity. Pressure pain thresholds measured at cranial sites only weakly predicted incident TMD yet were strongly associated with chronic TMD, cross-sectionally, in OPPERA’s separate case-control study. The puzzle was resolved in OPPERA’s nested case-control study where repeated measures of pressure pain thresholds revealed fluctuation that coincided with TMD’s onset, persistence, and recovery but did not predict its incidence. The nested case-control study likewise furnished novel evidence that deteriorating sleep quality predicted TMD incidence. Three hundred genes were investigated, implicating 6 single-nucleotide polymorphisms (SNPs) as risk factors for chronic TMD, while another 6 SNPs were associated with intermediate phenotypes for TMD. One study identified a serotonergic pathway in which multiple SNPs influenced risk of chronic TMD. Two other studies investigating gene-environment interactions found that effects of stress on pain were modified by variation in the gene encoding catechol O-methyltransferase. Lessons learned from OPPERA have verified some implicated risk factors for TMD and refuted others, redirecting our thinking. Now it is time to apply those lessons to studies investigating treatment and prevention of TMD.”

É um dos estudos mais completos em se tratando de fator de risco. Entre os resultados, destaque para a importância da qualidade do sono que quando ruim pode predizer a incidência de DTM. Daí a leitura da outra revisão ser tão importante!

O link para o artigo gratuito está aqui: http://jdr.sagepub.com/content/95/10/1084.full.pdf+html

Vou dar um destaque pessoal também a revisão que tem entre os autores o Prof. Daniel Clauw sobre neurofisiologia da dor. Sou fã declarada dos trabalhos deste professor e se você ainda não leu sobre a aula dele que assisti no congresso da AAOP, clique aqui (na postagem tem um link para uma aula inteira no Youtube!).

Vejam todos os artigos deste fascículo:

Clinical Review
G.D. Slade, R. Ohrbach, J.D. Greenspan, R.B. Fillingim, E. Bair, A.E. Sanders, R. Dubner, L. Diatchenko, C.B. Meloto, S. Smith, and W. Maixner

 

R. Ohrbach and S.F. Dworkin

 

D.E. Harper, A. Schrepf, and D.J. Clauw

 

G.J. Lavigne and B.J Sessle
Critical Reviews in Oral Biology & Medicine
K.M. Hargreaves and S. Ruparel

 

T. Berta, Y.J. Qadri, G. Chen, and R.R. Ji
Clinical
C.L. Randall, D.W. McNeil, J.R. Shaffer, R.J. Crout, R.J. Weyant, and M.L. Marazita

 

T. Shinozaki, Y. Imamura, R. Kohashi, K. Dezawa, Y. Nakaya, Y. Sato, K. Watanabe, Y. Morimoto, T. Shizukuishi, O. Abe, T. Haji, K. Tabei, and M. Taira

 

J. Durham, J. Shen, M. Breckons, J.G. Steele, V. Araujo-Soares, C. Exley, and L. Vale

 

B. Häggman-Henrikson, E. Lampa, S. Marklund, and A. Wänman

 

T. Weber, I.A. Boggero, C.R. Carlson, E. Bertoli, J.P. Okeson, and R. de Leeuw

 

H. Meng, Y. Gao, Y.F. Kang, Y.P. Zhao, G.J. Yang, Y. Wang, Y. Cao, Y.H. Gan, and Q.F. Xie
Biological
T. Tamagawa, M. Shinoda, K. Honda, A. Furukawa, K. Kaji, H. Nagashima, R. Akasaka, J. Chen, B.J. Sessle, Y. Yonehara, and K. Iwata

 

K.Y. Yang, M.J. Kim, J.S. Ju, S.K. Park, C.G. Lee, S.T. Kim, Y.C. Bae, and D.K. Ahn

 

M. Yasuda, M. Shinoda, K. Honda, M. Fujita, A. Kawata, H. Nagashima, M. Watanabe, N. Shoji, O. Takahashi, S. Kimoto, and K. Iwata

Falando nisso…

Quer estudar mais sobre Dor Orofacial? Confira os eventos vindouros (hehehe gostei desta palavra)!

  • 01/09: Florianópolis – Curso de Atualização em DTM e Dor Orofacial com 10 módulos coordenado pelo Prof. Paulo Conti e por mim e com participação dos professores Rafael Santos Silva e Roberto Garanhani. Só tem uma vaga!!! www.abosc.com.br
  • 09/09: Joinville – Dia do Bruxismo! Saiba mais em www.diadobruxismo.com
  • 16/09: Campinas – Curso de um dia sobre DTM. Irei abordar aspectos sobre diagnóstico e tratamento e mostrar um pouquinho do que fazemos em Bauru. O curso terá um material online dedicado e demonstração de atendimento. Mais detalhes em www.imajon.com.br
  • 13 e 14/10: Ribeirão Preto: Congresso Brasileiro de Cefaleia e Congresso do Comitê de Dor Orofacial . Estarei lá para palestrar sobre a relação DTM e Bruxismo. www.sbcefaleia.com
  • 27/10: Palmas:  Meeting Internacional Odontológico do Tocantins – vou falar de um tema que gosto muito – as dores persistentes pós tratamento odontológico e quando são atribuídas a problemas neuropáticos. Mais informações: http://meeting.abo-to.org.br
  • 05/11: Recife – Dia do Bruxismo! Saiba tudo sobre este dia em www.diadobruxismo.com

Neuralgia do Trigêmeo: podcast e vídeos!

Esta semana no curso de Especialização em DTM e Dor Orofacial do IEO-Bauru vou conversar com os alunos sobre Neuralgia do Trigêmeo (NT). Já escrevi aqui no blog algumas vezes sobre NT. Confira aqui e aqui a reportagem que apareceu no programa Fantástico da Rede Globo.

Procurando conteúdo novo para a aula, eis que me deparei com um podcast produzido pelo British Medicine Journal (BMJ) com uma das maiores autoridades no assunto, professora Joanna M Zakrzewska! Ela aborda aspectos chaves sobre o problema. Eu gostei muito! Infelizmente o programa foi em inglês, sem possibilidade de tradução.  Clique aqui e acesse (também está no SoundCloud).

Abaixo reproduzo o conteúdo do podcast:

The bottom line

  • Trigeminal neuralgia is characterised by sharp stabbing pains that are usually unilateral, last for less than a minute, and occur within the distribution of the fifth cranial nerve

  • Few high quality, large randomised control trials are available to guide practice

  • Initial treatment is usually medical with a single first line agent (such as carbamazepine or oxcarbazepine)

  • Consider surgical treatment if an adequate trial of a single first line agent at maximum tolerable dose has failed

(Não sabe o que é Podcast? Leia aqui)

Eu também  adoro dar uma olhada nos vídeos que estão no YouTube e selecionar alguns para complementar o conteúdo! Para quem é leitor novo do blog, no passado fiz algumas postagens com vídeos para o estudo da neurofisiologia da dor, neuroanatomia e tantas outros.

Seguem para vocês uma seleção de vídeos sobre esta condição! Se entender o inglês for difícil, acionem a legenda em Português do YouTube. Pode ajudar. Clique aqui e saiba como.

Convivendo com Neuralgia do Trigêmeo

Este depoimento é muito interessante, vejam que a paciente diz: eu sabia que não era um problema dentário.

Aula do programa UCLA Health

Explica o que é NT, seus sintomas, as possíveis causas e tratamentos. Aula muito bem feita, ministrada pelo neurocirurgião Neil Matin.

Webcast Viva sem Dor

Dr. Claudio Correa explica aspectos gerais sobre Neuralgia do Trigêmeo e seu tratamento.

Bloqueio gânglio trigeminal

Vídeo demonstrando como pode ser realizado a opção bloqueio do gânglio de Gasser, quando necessário.

Sobre a opção da neurocirurgia

Vídeo curto com aspectos gerais da NT e quando é realizado o encaminhamento a neurocirugia, normalmente quando o tratamento de primeira escolha, medicamentoso, falha.

Descompressão Microvascular

Uma das técnicas utilizadas pelos neurocirurgiões. Neste vídeo é uma aula completa (1 hora de duração) com Peter Janetta, médico neurocirurgião que introduziu  técnicas neste procedimento (a primeira cirurgia feita por ele foi em 1966). Leia mais sobre isso aqui.

Outro vídeo, mais curto só com a demonstração do procedimento (eu “assisto” sempre de olhos fechados! Tem sangue? Ploft!)

Forame oval

O forame oval permite acesso a procedimentos como radiofrequência e micro compressão por balão no gânglio trigeminal.

Sobre compressão por balão

Vídeo demonstrando o processo.

Um antes e depois coreano.

E uma aula completa com uma hora de duração sobre os procedimentos de radiofrequência e mico compressão por balão.

Gamma Knife

A radiocirurgia com Gamma Knife® é uma forma de radioterapia que entrega altas doses de radiação ao local no cérebro a ser tratado  com feixes de radiação muito estreitos que convergem para este local com extrema precisão (0,4 mm). Vem sendo realizada também para NT. Abaixo um vídeo explica o procedimento.

Falando nisso….

Sei que estamos no meio do ano, mas a procura pelo curso de Atualização em DTM e Dor Orofacial coordenado pelo Professor Paulo Conti e com participação do Bauru Orofacial Pain Group já começou! Assim, aos interessados, o curso começará em Fevereiro/2016 e todas as datas já foram agendadas. Saiba mais em http://www.ieobauru.com.br ou ligue (14) 3234 1919 com Vivian! As vagas são limitadas!

Site bacana com vídeos sobre anatomia e fisiologia

Semana passada eu estava em Bauru e ministrei aulas tanto no curso de Especialização quanto no de Atualização em DTM e Dor Orofacial (cursos coordenados pelo Prof. Paulo Conti e com participação do Bauru Orofacial Pain Group) sobre neurofisiologia da dor.

Eu sei que voltar a estudar fisiologia e os mecanismos envolvidos no processamento doloroso é tarefa nada fácil para nós dentistas clínicos. Eu sempre digo aos alunos, o ideal é ler um bom texto sobre estes mecanismos mas tentar visualizar o que está lendo. Explico: desenhar, escrever, algo que ligue aspectos cognitivos ao aprendizado é bacana para potencializar o seu conhecimento.

Eu também sempre falo que o YouTube é uma boa fonte para pesquisar vídeos de animações que explicam estes mecanismos, como já escrevi aqui antes.

Prometi aos alunos que enviaria os meus favoritos e estou separando alguns, dividindo pelas fases de transdução, transmissão, modulação, percepção e sensibilização. E na busca por estes vídeos encontrei o site do Armando Hasudungan (www.armandoh.org) e achei o máximo. Já tinha assistido alguns vídeos dele mas toda a biblioteca não tinha visto!

1

O rapaz (acho que é britânico pelo sotaque) conta que começou a desenhar como hobby para entender uma aula sobre farmacologia (tô falando pessoal, ao invés de pintar flores, vamos pintar neurônios!). Nisso ele começou a fazer os vídeos e subir para o YouTube. Sorte nossa!

Achei muito bacana o seu depoimento:

As a student I have first-hand experience in the huge amount of information and knowledge required to be a competent health/science professional. Often, studying for medical and biological sciences can be an extremely boring and draining experience.

My aim is to deliver complex medical and biological concepts quickly and through a creative and engaging approach/method. Therefore, helping a wide community of life-long learners, from novice students to experienced professionals, to reignite their desire for science and refreshing basic concepts.

Armando Hasudungan

Em seu site encontrei vídeos das mais diversas áreas, divididos por assuntos! Destaco abaixo o vídeo sobre mecanismos básicos da dor e como funcionam os anestésicos locais, mas vejam os Neurologia, Farmacologia (há sobre inflamação), Sistema Muscular, ou seja, naveguem por lá que não irão se arrepender!

A única ressalva que faço é sobre a legenda do YouTube. Muitos me dizem que não compreendem inglês, mas dá para colocar a legenda em Inglês e também traduzi-las para Português no Youtube mas em alguns vídeos, esta tradução simultânea não é perfeita, infelizmente.

No site do Armando, do lado de cada vídeo é ainda possível fazer download da figura inteira que ele desenhou e ver como fica tudo ao final do vídeo!

2

Gostaram? Eu adorei! Os vídeos são de graça mas caso você queira ajudá-lo, no site há links para doações através do PayPal e Patreon. Eu já fiz a minha! Sites como este só nos estimula a aprender cada dia mais! 🙂

Células da glia

Para nós que viemos da escola da Odontologia, muitas vezes entender a neurofisiologia parece algo de outro mundo. Pudera. O estudo da Odontologia é extremamente mecanicista e somos habituados a entender sobre materiais e seus protocolos de utilização.

Aí vem o estudo da dor orofacial e, especialmente em se tratando de dor crônica, a escolha das terapias baseadas na patofisiologia. A farmacologia busca a cada dia alternativas mais eficazes no controle da dor. Para usufruir destas alternativas é preciso sempre estar atualizado. Amanhã uma nova droga estará no mercado e você para prescrevê-la deve compreender seus mecanismos de ação e se ela vai ajudar o caso específico de seu paciente.

Um assunto no qual a neurociência hoje busca mais conhecimento dentro da fisiologia dolorosa é o papel das células da glia, que também fazem parte do sistema nervoso, e sua contribuição na manutenção da dor e na presença da alodínia.

Pesquisas recentes estão finalmente elucidando por que os analgésicos tradicionais em geral são ineficazes no tratamento da dor neuropática: os alvos dos medicamentos são apenas os neurônios, enquanto a causa por trás da dor pode estar em células não neuronais disfuncionais chamadas células da glia, que se localizam no cérebro e na medula espinhal. Descobertas sobre como essas células, cuja tarefa é nutrir e regular as atividades dos neurônios, podem se desequilibrar e interromper o funcionamento neuronal inovam no tratamento da dor crônica. A pesquisa fornece ainda perspectiva surpreendente de uma conseqüência infeliz do tratamento atual contra a dor, que afeta algumas pessoas: o vício em narcóticos. – R. Douglas Fields – http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/os_novos_culpados_da_dor_cronica.html

Figura da reportagem “Os novos culpados da dor crônica” por R. Douglas Fields. http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/os_novos_culpados_da_dor_cronica.html

As células da glia foram descobertas há mais de 150 anos mas foi na ciência contemporânea que seu papel começou a ser desvendado.

Basicamente no SNC existem dois grandes grupos de células gliais: microglia e macroglia (que compreende oligodendrócitos, ependimócitos, astrócitos e os recentemente descobertos polidendrócitos ou sinantócitos). As evidências mostram que três tipos de células glia participariam do desenvolvimento e manutenção da dor crônica: migróglia e astrócitos no SNC e células glia satélite no gânglio trigeminal ou raiz dorsal da medula.

Os astrócitos são os mais abundantes no sistema nervoso, conhecidos historicamente como células de suporte. Entre todas suas funções, estas células desempenham um papel importante na manutenção dos níveis iônicos do meio extracelular, na descarga de potenciais de ação dos neurônios; captação e liberação de diversos neurotransmissores, tendo um papel crítico no metabolismo do neurtransmissores, glutamato e GABA. Estas células acabam participando das sinopses químicas.

Figura do artigo “Glia: dos velhos conceitos às novas funções de hoje e as que ainda virão”. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142013000100006&script=sci_arttext

Se uma lesão – como um tornozelo torcido – ocorre longe do circuito espinhal da dor, os astrócitos da espinha precisam responder não diretamente ao ferimento, mas às mudanças da sinalização no ponto de retransmissão entre os GRD e os neurônios espinhais. Essa observação implicava que os astrócitos e a micróglia monitoravam as propriedades fisiológicas dos neurônios da dor.  R. Douglas Fields – http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/os_novos_culpados_da_dor_cronica.html

As células satélites tem várias similaridades com os astrócitos.

A ativação da micróglia promove liberação de substâncias como ATP, fatores neurotróficos, citocinas pró inflamatórias, aminoácidos expiatórios, óxido nítrico e prostaglandina. As células podem estar envolvidas na sensibilização central através da excitabilidade neuronal.

Os passos conhecidos da ativação destas células após uma injúria ou trauma foram descritos um  artigo de revisão muito interessante que foi publicado na revista Pain em dezembro de 2013. No título os autores questionam: seria a dor crônica uma gliopatia? 

glia.001

As interações entre os neurônios e as células glia e até as interações entre as células são importantes para se entender o papel destas na dor persistente. As células da glia parecem exercer papel de modulação tanto excitatória como inibitória e estas relações ainda são alvo de pesquisa e testes com fármacos.

Pathological and protective roles of glia in chronic pain Erin D. Milligan & Linda R. Watkins Nature Reviews Neuroscience 10, 23-36 (January 2009) Em (A) mostra as interações que ocorrem com estímulos nocivos de baixa frequência. Em (B) o que acontece através de estímulos repetitivos. Para ler mais clique em: http://www.nature.com/nrn/journal/v10/n1/fig_tab/nrn2533_F2.html

No passado, todos os tratamentos de dor crônica buscavam amortecer a atividade dos neurônios, mas a dor não pode ser interrompida se as células da glia continuarem a incitar as células nervosas. Descobertas de como as células da glia caem em seu círculo vicioso de sensibilização dos nervos criam estratégias para atingir as células da glia disfuncionais e interromper uma fonte fundamental da dor neuropática. Tentativas experimentais de tratar a dor neuropática pelo controle das células da glia focalizam-se, portanto, em aquietar essas células, bloqueando moléculas e sinais que desencadeiam o processo inflamatório, e enviando sinais anti-inflamatórios.  R. Douglas Fields – http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/os_novos_culpados_da_dor_cronica.html

Dedico este texto aos alunos do curso de especialização em DTM e Dor Orofacial do IEO-Bauru que prometeram estudar bastante sobre neurofisiologia da dor! 🙂

5 perguntas sobre Dor Orofacial para… Professor Peter Svensson

Na primeira semana de maio o Professor Peter Svensson esteve na Faculdade de Odontologia de Bauru – USP, a convite do professor Paulo Conti, para ministrar a disciplina Dores Orofaciais para os alunos da pós- graduação. E graças ao professor Conti, eu, a Ana Lotaif e o José Luiz Peixoto Filho pudemos participar como alunos convidados. Obrigada, Conti!!!

Peter Svensson é professor da Universidade de Aarhus, Dinamarca, onde é chefe da disciplina de Fisiologia Oral na Faculdade de Odontologia e também integra o MINDLab, Centro de Neurociências Integrativa Funcional no Hospital Universitário. Também, é editor chefe do Journal Oral Rehabilitation e presidente do consórcio internacional do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) de 2010 até 2013.

Foi uma semana extremamente gratificante, quando nós pudemos aproveitar palestras muito interessantes e confirmar tanto a experiência em pesquisas quanto a capacidade de ensino do Professor Svensson. Os tópicos apresentados foram sobre os mecanismos das DOF, uma atualização sobre Bruxismo e Dor Orofacial Neuropática, e o processo evolutivo do DC/TMD. Espero de coração que este seja apenas um primeiro encontro!

Voltando de Bauru, o José Luiz teve a idéia de iniciar aqui no blog uma série de entrevistas sobre DTM e Dor Orofacial, com pessoas envolvidas em atividade clínica, ensino e pesquisa nessa área, as “5 perguntas para…”, e nós estamos muito orgulhosos de iniciar com o Professor Peter Svensson.

E lá vamos para a primeira!

On the first week of May, Professor Peter Svensson was at the Dental School of Bauru – USP, invited by Professor Paulo Conti, to present lectures on Orofacial Pain to post-graduate students. And thanks to Professor Conti, I, Ana Lotaif and José Luiz Peixoto Filho could atend as invited students. Thank you, Conti !!!

Peter Svensson is professor at the University of Aarhus School of Dentistry division of Clinical Oral Physiology, and holds an appointment at the University Hospital in the MindLab (Functional Integrative Neuroscience Center). Also, he is the chief editor of the Journal of Oral Rehabilitation and president of the International Consortium – Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC / TMD) – from 2010 to 2013.

 It was an extremely rewarding week, and we could enjoy very interesting lectures and confirm the experience on research and teaching skills of Professor Svensson. The topics presented were a review on Orofacial Pain mechanisms, an update on Bruxism and Orofacial Neurophatic Pain, and the evolving process of the DC / TMD. I hope with my heart that we can meet again in the future!

Back from Bauru, José Luiz had the idea to start in the blog a series of interviews on TMD and Orofacial Pain with people involved in clinical, teaching and research in this area, the “5 questions to…”, and we are very proud to start it with Professor Peter Svensson.

And here we go!

5 perguntas para Peter Svensson – 5 questions to Peter Svensson

1) Como é o ensino do tema Dor Orofacial e DTM em seu país?

How is the Orofacial Pain and TMD teaching in Denmark? Do dental students have it as a regular discipline? Is OFP/DTM a recognized specialty in Dentistry at your country?

Na Dinamarca os alunos de Odontologia tem 2 anos de formação em Fisiologia Oral, que abrange as DTM e a Dor Orofacial (DOF). Assim, eles aprendem a avaliar, diagnosticar e tratar esses pacientes. Infelizmente, não existe oficialmente a especialidade de DTM e DOF na Dinamarca, mas atualmente estamos trabalhando junto ao Conselho Nacional de Saúde para ver se conseguimos ter mais especialidades odontológicas na Dinamarca (atualmente existem apenas duas especialidades oficializadas: a Ortodontia e a Cirurgia Buco-Maxilo-Facial). Isso faz com que os Dentistas clínicos sejam capacitados a diagnosticar e tratar os tipos mais comuns de DTM e DOF – e também saber quando e como encaminhar pacientes, por exemplo, ao nosso departamento.

Dental students in DK have 2 years of training with oral physiology which covers TMD / OFP. So they get to see and diagnose and treat patients. Unfortunately, there is no official specialty in OFP in DK but we are currently working with the National Board of Health to see if we can manage to get more specialities in DK (only 2 officials: ortho – and oral and maxillofacial surgery).This also demands that “normal” dentists can diagnose and treat the most common types of OFP and TMD – and know when and how to refer to e.g. our department.


2) Que áreas lhe despertam interesse em pesquisas atualmente?

What are your present research interests in the OFP/TMD area?

Estou muito interessado na plasticidade do córtex cerebral e na importância do cérebro na regulação da dor. Também em termos dos efeitos do treinamento, o cérebro é extremamente envolvido e importante. Ainda, existe um amplo leque de pesquisas que vão desde o estabelecimento de perfis somatossensoriais de diferentes condições de Dor Orofacial até o emprego de vários tipos de técnicas de eletrofisiologia (estudos de EMG / reflexos / mastigação / e condução nervosa). Nós gostamos de ter uma abordagem experimental e também clínica no estudo das DOF. O principal objetivo é aprender mais sobre os seus mecanismos para ajudar a melhorar o seu diagnóstico e tratamento.

I am very interested in cortical plasticity and the importance of the brain in the regulation of pain. Also in terms of training effects the brain is extremely involved and important. Otherwise there is a wide span of research from somatosensory profiling in different OFP conditions to various types of electrophysiology (EMG / reflexes / mastication / nerve conduction studies). We like to take an experimental but obviously also clinical approach to the study of OFP. The main goal is to learn more about mechanisms to help improve diagnosis and management.

3) Testes Quantitativos Sensoriais (TQS – QST): instrumento de pesquisa com possível aplicação clínica? Por favor comente.

Is QST a research instrument with clinical application? Please comment on that for us.

TQS (QST) é uma técnica maravilhosa, mas requer habilidade, diretrizes e um laboratório bem equipado. Portanto, há uma necessidade de se desenvolver técnicas mais simples,”semi”-quantitativas, porém confiáveis e válidas e que possam ser utilizadas no ambiente clínico odontológico. Acredito que o estabelecimento de perfis somatossensoriais é uma forma muito útil para caracterizar o fenótipo dos pacientes – e que este conhecimento pode levar ao desenvolvimento de tratamentos específicos, por exemplo, não apenas para tratar uma condição de DOF específica, mas para tratar uma condição de DOF específica com um perfil somatosensorial específico (por exemplo, uma que apresente alodinia mecânica dinâmica e uma outra que apresenta alodínia térmica).

QST is a wonderful technique but requires skill, guidelines and a well-equipped lab. So there is a need to develop more simple but reliable and valid “semi”-quantitative techniques that can be used chair-side. I believe somatosensory profiling is a very useful way to characterize the endophenotype of the patients – and that this may develop into specific management, e.g., not just to treat a specific OFP condition but to treat a specific OFP condition with a specific somatosensory profile (e.g dynamic mechanical allodynia vs warmth allodynia).

4) Como é sua participação no CONSORTIUM e o novo DC-RDC?

Tell us briefly about your participation in CONSORTIUM and the new DC-RDC.

Eu sou o atual diretor do projeto RDC / TMD e estamos trabalhando no novo DC/TMD (Schiffman et al. – a ser publicado na JADA ainda este ano). Foi um longo processo que contou com a ajuda de muitas pessoas. Acredito que o novo DC/TMD será mais fácil de usar e, naturalmente, fornecer uma medida direta de validade. Por isso, deverá ajudar tanto os clínicos quanto pesquisadores. É muito importante que nós tenhamos uma linguagem “comum” para o diagnóstico das DTM – e é aí que o DC / TMD realmente tem a sua importância. Vou incentivar as pessoas a aderirem ao projeto do DC-RDC/TMD e participarem da sua emocionante evolução – que eventualmente levará a um RDC inteiro para as DOF.

I am the current director of the RDC/TMD consortium and we are working on the new DC/TMD (Schiffman et al. – to be published in JADA – later this year). It has been a long process with the input and help from many people. I believe that the new DC/TMD will be easier to use and of course provide a direct measure of validity. So it should help both clinicians and researchers. It is so important that we have a “common” language in the diagnosis of TMDs – and this is where the DC/TMD really has its importance. I will encourage people to join the RDC/TMD consortium and take part in the exciting developments – that will eventually lead to an entire RDC for orofacial pain.
5. Quais foram suas impressões pessoais sobre as pesquisas em andamento pela equipe de estudantes coordenada pelo professor Paulo Conti na Faculdade de Odontologia de Bauru?

What were your personal impressions with the ongoing researches done by Paulo Conti’s students at Bauru School of Dentistry?

Fiquei extremamente impressionado com os muitos projetos de pesquisa, de alta qualidade e relevantes, apresentados durante a semana. Eles trarão uma boa e duradoura contribuição para o campo das DOF. Além disso, todos os apresentadores fizeram um trabalho muito bom em apresentar e discutir seus projetos em Inglês. Eu não tenho dúvidas que a pesquisa de Dor Orofacial no Brasil está avançando rapidamente – e ajudará a guiar o desenvolvimento clínico também. Estou ansioso para colaborar em alguns dos projetos no futuro!

I have been extremely impressed by the many and high-quality and relevant research projects presented during the week. They will all make good and lasting contributions to the field. Also, all presenters did an extremely good job in presenting and discussing their projects in English. I am not in doubt the OFP research in Brazil is moving fast forward – and will help to guide the clinical development as well. I am looking forward to collaborate on some of the projects in the future!

Obrigada a Ana Cristina Lotaif e ao José Luiz Peixoto Filho pela colaboração nesta postagem!

Esta entrevista também estará disponível no site www.dtmedor.com.br

Vídeo sobre terapia com placebo

Hoje pela manhã recebi um email do meu amigo e mestre Márcio Bittencourt sobre um blog fantástico de neurociências, de um psicólogo, Dr. Shock.

Passeando pelo blog encontrei uma postagem sobre efeito placebo com um vídeo fantástico! Assistam! Altamente recomendado!

Bem, esta semana o ritmo é de ansiedade! Se há algo no mundo que espero todo ano é o carnaval! Isso mesmo, vamos sambar e esquecer da dor! Agora é só planejamento da fantasia! 🙂

———————————————————-

Atualização!

O colega José Luiz Peixoto Filho deixou nos comentários o link para a versão legendada para o português do vídeo acima! Quem preferir está logo abaixo.

Obrigada José Luiz!!! 🙂

Quem fez a legenda do vídeo foi Felipe Epaminondas, mestre em psicologia e especialista em psicopatologia pela PUC-GO e professor do ILES/ULBRA de Itumbiara e da pós-graduação na PUC-GO.

O blog dele é: http://scienceblogs.com.br/psicologico/