Aula ministrada sobre Fibromialgia

Em 2013 resolvi montar uma aula sobre Fibromialgia e acrescentar alguns quadros que gosto muito ao contexto! Gostei tanto que 3 anos depois ainda ministro a mesma aula, só atualizando alguns slides.

Fiz uma postagem aqui sobre o assunto e inclusive sobre cada quadro que citei e porque Fibromialgia é tão importante na minha vida. Para ler clique aqui e aqui.

Hoje me lembrei do site Slideshare que permite deixar a aula em slides para visualização. Coloquei a aula para todos vocês!

(Tenho algumas aulas por lá também sobre outros assuntos. Confira no link: http://www.slideshare.net/julianadentista)

E para terminar o assunto, que tal ler alguns artigos recentes sobre fibromialgia e dor difusa? Seguem alguns gratuitos e que tem participação de um dos meus autores favoritos: Prof. Daniel Clauw.

Bom feriado a todos! 🙂

 

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Rapidinhas: webinar sobre exercícios físicos e dor

Assisti esta aula no Congresso Mundial de Dor e achei muito bacana!

Agora acontecerá dia 18/11 um Webinar (se você não sabe é tipo um seminário via internet).

É gratuito mas você precisa registrar-se. Aproveite que tanto a palestrante como os debatedores são de primeira linha!  Link aqui!

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Pain in Motion: site de pesquisa em dor e movimento

E no final da semana passada aconteceu em Campinas um curso sobre Neurociência Moderna na prática fisioterapêutica. Olha, pela reação na minha timeline do Facebook acho que o curso foi muito bom. Vi postagens de vários amigos.

Não pude ir porque estava ministrando aula no Curso de Imersão da Imajon (que por sinal foi ótimo!) e fiquei aqui com água na boca. Aí, achei alguns links na internet para que vocês também possam conhecer o ministrador do curso, Jo Nijs e seu trabalho. Ele é professor em Vrije Universiteit Brussels e fisioterapeuta no Hospital da Universidade de Bruxelas.

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Ele faz parte de um grupo internacional de pesquisa focado em dor e em movimento, o Pain in Motion que tem um site bem completo com publicações, blog e uma área dedicada a educação dos pacientes. Acho que vale a pena conhecê-lo e também curtir a página deles no Facebook!

Ainda, para quem como eu ficou com vontade de ouvir o que o professor tem a dizer, encontrei uma aula sobre controle da sensibilização central ministrada em 2014 durante a terceira conferência internacional de Dor e Fisioterapia no Youtube! Então, o que está esperando? Dê um play abaixo!

Ei queridos amigos, comentem o que acharam da aula!

Falando nisso…

Terça feira da semana que vem estarei firme e forte no Congresso Mundial de Dor promovido pela IASP em Yokohama!! \o/

Desta vez vou tentar transmitir de lá minhas impressões sobre o evento! Acompanhem pelo Periscope (@dororofacial) e página do Facebook!

 

Edição especial do Journal of Dental Research para Dor Orofacial

A revista científica Journal of Dental Research é uma das mais importantes na Odontologia, com fator de impacto 4.602.

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No mês de Setembro o fascículo é dedicado a Dor Orofacial, destacando algumas revisões e pesquisas na área. Indico para os clínicos a leitura das revisões! Estão excelentes, especialmente gostei da de Sono e Dor Orofacial, reunindo dois craques no assunto: Gilles Lavigne e Barry Sessle.

Se vc é sócio da IADR – International Association of Dental Research – ou vinculado a uma instituição com acesso, você pode ter acesso a todo o fascículo. Caso contrário, infelizmente, nem todo conteúdo estará disponível. Vale escrever para os autores ou procurar no Research Gate para conseguir! A outra opção só conto para os espectadores do Periscope (siga lá: @dororofacial).

Entre os artigos gratuitos está a revisão assinada pelos pesquisadores envolvidos no estudo OPPERA, que completa uma década de publicações sobre fatores de risco para  dor por Disfunção Temporomandibular. Esta revisão destaca os principais pontos e achados em todo este período.

Segue o resumo:

G.D. Slade, R. Ohrbach, J.D. Greenspan, R.B. Fillingim, E. Bair, A.E. Sanders, R. Dubner, L. Diatchenko, C.B. Meloto, S. Smith, and W. Maixner

‘In 2006, the OPPERA project (Orofacial Pain: Prospective Evaluation and Risk Assessment) set out to identify risk factors for development of painful temporomandibular disorder (TMD). A decade later, this review summarizes its key findings. At 4 US study sites, OPPERA recruited and examined 3,258 community-based TMD-free adults assessing genetic and phenotypic measures of biological, psychosocial, clinical, and health status characteristics. During follow-up, 4% of participants per annum developed clinically verified TMD, although that was a “symptom iceberg” when compared with the 19% annual rate of facial pain symptoms. The most influential predictors of clinical TMD were simple checklists of comorbid health conditions and nonpainful orofacial symptoms. Self-reports of jaw parafunction were markedly stronger predictors than corresponding examiner assessments. The strongest psychosocial predictor was frequency of somatic symptoms, although not somatic reactivity. Pressure pain thresholds measured at cranial sites only weakly predicted incident TMD yet were strongly associated with chronic TMD, cross-sectionally, in OPPERA’s separate case-control study. The puzzle was resolved in OPPERA’s nested case-control study where repeated measures of pressure pain thresholds revealed fluctuation that coincided with TMD’s onset, persistence, and recovery but did not predict its incidence. The nested case-control study likewise furnished novel evidence that deteriorating sleep quality predicted TMD incidence. Three hundred genes were investigated, implicating 6 single-nucleotide polymorphisms (SNPs) as risk factors for chronic TMD, while another 6 SNPs were associated with intermediate phenotypes for TMD. One study identified a serotonergic pathway in which multiple SNPs influenced risk of chronic TMD. Two other studies investigating gene-environment interactions found that effects of stress on pain were modified by variation in the gene encoding catechol O-methyltransferase. Lessons learned from OPPERA have verified some implicated risk factors for TMD and refuted others, redirecting our thinking. Now it is time to apply those lessons to studies investigating treatment and prevention of TMD.”

É um dos estudos mais completos em se tratando de fator de risco. Entre os resultados, destaque para a importância da qualidade do sono que quando ruim pode predizer a incidência de DTM. Daí a leitura da outra revisão ser tão importante!

O link para o artigo gratuito está aqui: http://jdr.sagepub.com/content/95/10/1084.full.pdf+html

Vou dar um destaque pessoal também a revisão que tem entre os autores o Prof. Daniel Clauw sobre neurofisiologia da dor. Sou fã declarada dos trabalhos deste professor e se você ainda não leu sobre a aula dele que assisti no congresso da AAOP, clique aqui (na postagem tem um link para uma aula inteira no Youtube!).

Vejam todos os artigos deste fascículo:

Clinical Review
G.D. Slade, R. Ohrbach, J.D. Greenspan, R.B. Fillingim, E. Bair, A.E. Sanders, R. Dubner, L. Diatchenko, C.B. Meloto, S. Smith, and W. Maixner

 

R. Ohrbach and S.F. Dworkin

 

D.E. Harper, A. Schrepf, and D.J. Clauw

 

G.J. Lavigne and B.J Sessle
Critical Reviews in Oral Biology & Medicine
K.M. Hargreaves and S. Ruparel

 

T. Berta, Y.J. Qadri, G. Chen, and R.R. Ji
Clinical
C.L. Randall, D.W. McNeil, J.R. Shaffer, R.J. Crout, R.J. Weyant, and M.L. Marazita

 

T. Shinozaki, Y. Imamura, R. Kohashi, K. Dezawa, Y. Nakaya, Y. Sato, K. Watanabe, Y. Morimoto, T. Shizukuishi, O. Abe, T. Haji, K. Tabei, and M. Taira

 

J. Durham, J. Shen, M. Breckons, J.G. Steele, V. Araujo-Soares, C. Exley, and L. Vale

 

B. Häggman-Henrikson, E. Lampa, S. Marklund, and A. Wänman

 

T. Weber, I.A. Boggero, C.R. Carlson, E. Bertoli, J.P. Okeson, and R. de Leeuw

 

H. Meng, Y. Gao, Y.F. Kang, Y.P. Zhao, G.J. Yang, Y. Wang, Y. Cao, Y.H. Gan, and Q.F. Xie
Biological
T. Tamagawa, M. Shinoda, K. Honda, A. Furukawa, K. Kaji, H. Nagashima, R. Akasaka, J. Chen, B.J. Sessle, Y. Yonehara, and K. Iwata

 

K.Y. Yang, M.J. Kim, J.S. Ju, S.K. Park, C.G. Lee, S.T. Kim, Y.C. Bae, and D.K. Ahn

 

M. Yasuda, M. Shinoda, K. Honda, M. Fujita, A. Kawata, H. Nagashima, M. Watanabe, N. Shoji, O. Takahashi, S. Kimoto, and K. Iwata

Falando nisso…

Quer estudar mais sobre Dor Orofacial? Confira os eventos vindouros (hehehe gostei desta palavra)!

  • 01/09: Florianópolis – Curso de Atualização em DTM e Dor Orofacial com 10 módulos coordenado pelo Prof. Paulo Conti e por mim e com participação dos professores Rafael Santos Silva e Roberto Garanhani. Só tem uma vaga!!! www.abosc.com.br
  • 09/09: Joinville – Dia do Bruxismo! Saiba mais em www.diadobruxismo.com
  • 16/09: Campinas – Curso de um dia sobre DTM. Irei abordar aspectos sobre diagnóstico e tratamento e mostrar um pouquinho do que fazemos em Bauru. O curso terá um material online dedicado e demonstração de atendimento. Mais detalhes em www.imajon.com.br
  • 13 e 14/10: Ribeirão Preto: Congresso Brasileiro de Cefaleia e Congresso do Comitê de Dor Orofacial . Estarei lá para palestrar sobre a relação DTM e Bruxismo. www.sbcefaleia.com
  • 27/10: Palmas:  Meeting Internacional Odontológico do Tocantins – vou falar de um tema que gosto muito – as dores persistentes pós tratamento odontológico e quando são atribuídas a problemas neuropáticos. Mais informações: http://meeting.abo-to.org.br
  • 05/11: Recife – Dia do Bruxismo! Saiba tudo sobre este dia em www.diadobruxismo.com

DTM e esportes de alto impacto

Eu já falei que sou uma pessoa de sorte aqui, não? Pois é, nestes anos todos trabalhando dentro da especialidade de DTM e Dor Orofacial pude conhecer pessoas bacanas que se tornaram amigos!

Uma destas pessoas é o Prof. Daniel Bonotto da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Além de excelente profissional e meu amigo, Daniel é pai do fofíssimo João e esposo da querida Danielle Veiga Bonotto, também especialista em DTM e Dor Orofacial (não podia deixar de escrever isso, rs…).

Bem, o fato é que chegou até mim um artigo escrito pelo Daniel e colaboradores. Neste trabalho ele buscou conhecer o perfil de atletas de alto impacto em relação à presença de Disfunção Temporomandibular (DTM). Achei o tema tão interessante, este link entre a Odontologia no Esporte e a DTM, que pedi para ele que escrevesse um texto para o blog!

Logo abaixo do texto está o link para o artigo completo! Espero que a pesquisa avance nesta área Daniel! Muito obrigada pela gentileza de sempre!

Segue o texto!

Bonotto

Prof. Dr. Daniel Bonotto

Fiquei muito feliz e agradecido com o convite da Juliana para escrever um post para este blog que há tanto tempo acompanho e divulgo como exemplo de informação de qualidade em Dor Orofacial na web.

Há alguns anos, comecei a receber muitos pacientes atletas com queixas de DTM encaminhados pelo prof. Eli Namba, coordenador da Especialização em Odontologia do Esporte da Universidade Positivo, em Curitiba-PR. As histórias eram sempre muito parecidas e envolviam traumas faciais, hábitos parafuncionais diurnos e muito desconhecimento das DTM por parte dos pacientes. A frequência desses encaminhamentos começou a ser tão grande que me chamou atenção e percebi que havia pouca informação na literatura sobre DTM nessa população.

Decidimos ir a campo, literalmente, e avaliar atletas de diferentes modalidades e com diferentes níveis de treinamento.  Utilizamos o RDC/TMD em sua versão em português por ser uma ferramenta reproduzível e usada no mundo inteiro para diagnosticar DTM em pesquisas clínicas.

Os achados da pesquisa confirmaram nossas hipóteses de que entre atletas de alta performance de esportes com alto risco de trauma facial observaríamos maior prevalência de DTM.

Por exemplo, 61% dos  lutadores profissionais de MMA avaliados apresentaram algum tipo de DTM sintomática (ou seja, com dor e/ou limitação funcional). Entre os atletas da seleção brasileira de Karatê, essa taxa foi de 54%. Para efeito de comparação, praticantes recreativos de karatê e um grupo de não-atletas apresentaram 17% e 14%, respectivamente.

UFC 186

03 Oct 2014, Montreal, Quebec, Canada — Oct. 3, 2014 – Montreal, Quebec, Canada – CHAD “The Disciple†LAPRISE (black trunks) lands a right head kick to BRYAN BARBERENA (yellow trunks) during their Lightweight bout at UFC 186 at the Bell Centre in Montreal. (Credit Image: © Allan Zilkowsky/ZUMA Wire) — Image by © Allan Zilkowsky/ZUMA Press/Corbis

Procuramos também sair do universo das artes marciais e buscamos um esporte coletivo de alto impacto: o Rugby. Embora não seja profissional do Brasil, existe uma liga organizada de Rugby, com times estruturados, rotina diária de treinamentos e tudo mais que caracteriza as atividades de alto rendimento. Pois bem, entre jogadores de Rugby observamos frequências semelhantes àquelas encontradas em lutadores profissionais (esses últimos dados em breve serão publicados para apreciação de todos).

Sem dúvida a diferença de prevalência tão significativa entre atletas de alto rendimento dessas modalidades e “indivíduos comuns” nos chamou atenção. Mas talvez a maior surpresa foi o baixo grau de dor crônica associada à DTM entre os atletas quando comparados aos pacientes que geralmente buscam atendimento em ambulatórios de DTM e Dor Orofacial. Foi nítido e frequente durante a avaliação dos atletas que mesmo indivíduos com restrições funcionais pareciam não se importar muito com as limitações características de pacientes com DTM.

Por que essa população que está tão exposta a fatores causais e perpetuantes de DTM parece sofrer tão pouco com o problema? No que ela difere dos pacientes que nos procuram no dia-a-dia? É nisso que estamos trabalhando agora. Em um seguimento da pesquisa já publicada, estamos avaliando perfil emocional e características de catastrofização e hipervigilância de atletas com DTM. Esperamos em breve poder contribuir para o melhor entendimento dessas dúvidas.

Aproveito ainda para convidar todos os colegas a participar do II Encontro Paranaense da SBDOF em Curitiba-PR nos dias 20 e 21 de maio. O evento está sendo organizando com todo carinho e conta com uma programação imperdível!!!

Para ler o artigo completo: Bonotto_et_al-2015-Dental_Traumatology

Falando nisso…

Como escreveu Daniel, dias 20 e 21 de maio acontece em Curitiba o II Encontro Paranaense da SBDOF que contará com a presença internacional do Prof. Antoon de Laat, além de vários palestrantes nacionais, como eu e o Daniel!

Para saber mais, entre no site www.gapedor.com.br

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Dor oncológica

Um assunto pouco abordado aqui no blog é sobre dor oncológica.
Como sei que muitos pacientes leem este blog, preciso comunicar algo a eles:  este tipo de dor não é comum (ainda bem). Então, se você apresenta dor na região da face ou boca, primeiro consulte um especialista em dor orofacial, que muito provavelmente sua condição não é esta.
Mas voltando ao assunto, na quarta feira um seminário sobre este assunto será apresentado no curso de Especialização em DTM e Dor Orofacial em Bauru (ei, para quem quiser participar,  inscrições já estão abertas tanto para atualização quanto especialização!) e eu vou assistir. E então, estou fazendo a lição de casa e relendo um dos artigos.
Trata-se de uma revisão de literatura publicada este ano no Current Pain and Headache Reports pelos autores Marcela Romero-Reys, Antonia Teruel e Yi Ye. O título é Cancer and Reffered Facial Pain.
Os autores introduzem o assunto com a frase:
“The fundamental purpose of the pain experience is protection, and this is underscored when pain is related to cancer”.
 O diagnóstico nestas condições é o mais nebuloso. A dor apresenta-se com várias características e vários mecanismos (somáticos, viscerais, inflamatórios, neuropáticos) e pode ser consequência do tumor em si ou da sequela do próprio tratamento como de cirurgias, quimo e radioterapia. Ainda, pode ser devido a um tumor local ou uma dor referida a esta região.
De modo geral os autores destacam que a dor oncológica deve ser incluída no diagnóstico diferencial de pacientes com dor orofacial inexplicável ou intratável.
Isso me fez lembrar que ouço a todo momento sobre pacientes refratários. Minha opinião sobre eles: primeiro tenha certeza do diagnóstico, antes de propor outra terapia!
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Eu já atendi alguns pacientes com dores oncológicas, só este mês foram dois. Mas estes são casos raros no consultório de dor orofacial. Não esqueço nenhum deles pois sempre a investigação foi complexa e muitas vezes chegamos ao veredito por exclusão. Também atendi pacientes com sinais de dormência no queixo (já escrevi aqui sobre isso).
Recomendo a leitura do artigo completo para que possam ter uma ideia dos mecanismos envolvidos na dor orofacial oncológica e das características de cada tipo de câncer oral.
Mas duas coisas quero destacar:
  1. A dor pode ser referida a articulação temporomandibular (ATM) e ser descrita como dor pulsátil, apresentando limitação e desvio em abertura bucal, trismo, estalos e sintomas de otalgia, o que pode ser confundido com DTM.
  2. Sintomas de dor com características similares a neuralgia do trigêmeo, odontalgia atípica e DTM foram os três mais comuns associados a tumores intracranianos, especialmente tumores de fossa craniana posterior e média.
Acho importantíssimo não esquecermos disso!
Ainda, uma condição talvez mais rara mas que o amigo Reynaldo Leite Martins Jr. uma vez já havia comentado comigo e é citada no artigo, é a dor referida por câncer de pulmão. Este fato já foi descrito na literatura e foi sugerido que esta dor é mediada pelo nervo vago que quando comprimido pelo tumor pode causar convergência de impulsos periféricos ao subnúcleo caudal do nervo trigêmeo, gerando dor orofacial.
Então, parem e pensem sempre! Diagnóstico deve vir sempre antes do tratamento. Colegas: verifiquem e conheçam  os critérios de diagnóstico para cada tipo de disfunção temporomandibular (são vários!), dor neuropática ou outra condição. Cuidado ao oferecer terapia a pacientes “refratários” ao tratamento anterior, sem antes reavaliar o diagnóstico.
Os autores colocaram algumas importantes considerações clínicas para dor oncológica na região orofacial:
  • Para correto diagnóstico de qualquer dor na região orofacial, os clínicos deveriam tomar o histórico médico e odontológico e incluir os seguintes aspectos com relação a dor: início, localização, qualidade, padrão temporal, intensidade, padrão de referência e fatores modificadores. Estas informações podem indicar a etiologia da dor.
  • No exame físico, a área dolorida deve ser examinada, mas os clínicos sempre devem lembrar que a origem da dor pode estar localizada em uma área distante da relatada (dor referida).
  • Os clínicos devem lembrar que o diagnóstico de dor por câncer é realizado por exclusão e somente deve ser considerado quando todas as causas óbvias e comuns para a dor foram extensamente investigadas e excluídas.
  • Os descritores para dor oncológica são os mesmos para outras condições não oncológicas na região orofacial e a intensidade de dor pode variar de moderada a grave.
Falando nisso o Reynaldo que citei acima e alguns colaboradores publicaram o artigo Diagnóstico tardio de Neoplasia tratada como disfunção temporomandibular: Relato de caso e revisão de literatura” que tem tudo a ver com o tema desta postagem. Ele está disponível e sugiro a leitura! Só clicar no título!
Agora já estou preparada para assistir ao seminário quarta feira!! 🙂
Boa semana a todos!

Mais um evento em Setembro: Congresso Brasileiro de Dor

Olá pessoal!

Estou de volta! Tirei um dias para descansar (há controvérsias – turismo cansa) e lembrei que não postei ainda sobre o último evento de Setembro: o 12o. Congresso Brasileiro de Dor!

O evento será em Curitiba (a capital da Dor neste ano, rs), de 30/09 a 03/10. O congresso é multidisciplinar, abordando dor em todos os aspectos, com programação extensa.

Este é o Ano Mundial contra a Dor Neuropática e as localizadas na região orofacial serão abordadas em uma sessão especial no Pré Congresso que acontecerá na  quarta-feira no dia 30/09. Os temas abordados serão: o cenário da Dor Orofacial Neuropática, a Neuralgia do Trigêmeo e qual o papel da Odontologia, dor facial complexa e um workshop sobre os passos da avaliação ao tratamento do paciente com Dor Neuropática Orofacial.

Vários professores estarão presentes, entre eles Marcelo Mascarenhas, José Siqueira, Eduardo Grosmann, Wladmir Dal Bó, Silvia SIqueira, Aleli Oliveira, José Speciali, Luci Mara Correia, Carlos Parada, Daniel Ciampi, José Stechman, Wagner Hummig, Samara Vasconcelos, Maurício Kominsky entre outros!

Destaque para o professor Paulo Conti que estará no evento representando a FOB-USP e o Bauru Orofacial Pain Group (grupo no qual participo) e promete mostrar um pouco das pesquisas e dos atendimentos clínicos que realizamos em Bauru! Não percam!

Sugiro que entrem no site e vejam toda a programação!

Falando em congresso e falando em Curitiba…

Amanhã começa o Congresso Brasileiro de Cefaleia que já mencionei aqui. Mas não contei de uma iniciativa bem bacana: a sessão para leigos!

Avisem seus amigos, parentes, pacientes e colegas que durante o congresso acontecerão sessões abertas ao público para que perguntas possam ser realizadas a especialistas na área de dor de cabeça, disfunção temporomandibular, dor neuropática e etc. Ótima oportunidade para esclarecer todas as dúvidas.

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Ah! E sexta-feira agora (04/09), no intervalo do Congresso de Cefaleia à tarde, vou tentar fazer uma transmissão via Periscope direto de lá! Fique ligado! para seguir: @dororofacial

Entrevista com Prof. Paulo Conti – DTM e Bruxismo

Na semana passada fomos surpreendidos por uma entrevista do Prof. Paulo Conti, professor da FOB-USP e coordenador do Bauru Orofacial Pain Group, no programa Saúde em Prática da TV Unesp de Bauru.

Uma entrevista bem esclarecedora para a população, falando sobre tipos de disfunções temporomandibulares (DTM), ruídos, cefaleias, bruxismo, má oclusão (desmistificando seu papel) e tratamentos (enfatizando os conservadores, explicando papel das placas, etc).

Vale a pena assistir!

Dê um play! 😉

Campanha para ajudar pacientes com câncer a sofrerem menos com dor

Recebi recentemente um email da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica solicitando ajuda para divulgação de uma campanha de mobilização para reduzir a dor em pacientes oncológicos.

Reproduzo abaixo para que vocês também possam participar!

O Instituto Espaço de Vida e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) – e demais entidades de defesa ao paciente e sociedades médicas – estão fazendo uma campanha para convencer a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a alterar as diretrizes de utilização do tratamento domiciliar oral contra o efeito colateral dor do tratamento contra o câncer, ou seja, obrigar os planos de saúde a garantirem mais qualidade de vida para quem sofre de dor relacionada ao câncer.

Hoje, a ANS só obriga que os planos de saúde forneçam aos pacientes oncológicos medicação para tratar dores ligadas ao sistema nervoso (neuropatia – aquela sensação de formigamento que ocorre nas extremidades do corpo – pés a mãos). Os outros tipos de dor, como a nociceptiva (relacionada a uma lesão, por exemplo) ou mistas, não são cobertas pelos planos de saúde. Esse cenário discrimina os pacientes com dores oncológicas que não são neuropáticas e diminui a qualidade de vida de muitas pessoas que sofrem com o câncer!

A cada 2 anos, a ANS atualiza a Resolução Normativa que define o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, ou seja, o que o usuário de planos de saúde tem direito em termos de diagnóstico, tratamento, acompanhamento, medicamentos, etc. Antes do Rol de Procedimentos ficar disponível, essa atualização pode receber contribuições para alteração do público em forma de Consulta Pública (CP) e todos nós podemos contribuir!

Para que mudanças aconteçam e o acesso aos medicamentos seja amplo e irrestrito, garantindo menos sofrimentos aos pacientes, é preciso que seja alcançado o maior número possível de contribuições! Compartilhem no Facebook e em outras redes sociais!

Vejam:http://www.espacodevida.org.br/noticias/consulta-publica-para-oferta-de-medicamentos-para-dor-em-pacientes-com-cancer-ans-cp-n-59-2145/#.VYlfBPlVhHx

Mobilização Urgente

 

Consulta Pública para oferta de medicamentos para dor em pacientes com câncer – ANS CP nº 59

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é um órgão do governo brasileiroresponsável pela controle de procedimentos, fornecimento de medicamentos e outros assuntos relacionados aos planos de saúde. A cada 2 anos, acontece a atualização da Resolução Normativa que define o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, ou seja, o que o usuário de planos de saúde tem direito em termos de diagnostico, tratamento, acompanhamento, medicamentos etc.  Antes do Rol de Procedimentos ficar disponível,  essa atualização pode receber contribuições para alteração do publico em forma de Consulta Pública (CP)  e todos nos podemos contribuir. 

Ao longo do período em que a CP de atualização do Rol de Procedimentos 2015/2016 estiver disponível, o Instituto Espaço de Vida fará uma serie de contribuições solicitando alterações dos textos apresentados e  pedimos sua ajuda!

Para começar:  5 minutos do seu tempo para que os pacientes oncológicos (qualquer tipo de câncer)  não sintam mais dor. 

 

Precisamos convencer a ANS a alterar as diretrizes de utilização do tratamento domiciliar oral contra o efeito colateral do tratamento contra o câncer. Hoje, só é oferecida medicação às dores ligadas ao sistema nervoso (neuropatia – aquela sensação de formigamento que ocorre nas extremidades do corpo – pés e mãos) . 

Com a sua colaboração, esperamos que a ANS altere esse capitulo e disponibilize medicamentos  para todas as dores causadas durante o tratamento do câncer.

 

Para participar, basta seguir o passo a passo, abaixo.

 

Contamos com a sua participação! Muito obrigado!

 

Instituto Espaço de Vida

www.espacodevida.org.br

Como participar em 10 passos:

Para participar é preciso entrar no site da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) neste link e seguir os passos abaixo:

 1. Use a barra de rolagem para chegar a “Faça sua a contribuição”.

2. Utilize o formulário para escrever seus dados pessoais.

3. Em “Tipo de usuário”, selecione “prestador de serviços”, se médico ou profissional de saúde. Se for paciente, escolha “consumidor”.

4.  No campo “Tipo de contribuição”, selecione “Alteração de Diretriz de Utilização”.

5. Abaixo, estará o campo de busca “Termo a pesquisar”. Digite “antineoplásicos” e clique em pesquisar (verifique se o seu computador está com antipop-ups ).

6. Uma janela aparecerá. Você deve escolher o item “MEDICAMENTOS PARA O CONTROLE DE EFEITOS ADVERSOS E ADJUVANTES”. Depois, aperte em “Continuar”.

7. Digite o código que aparecerá no formulário antes de enviar a contribuição.

8. Haverá dois  campos  para preencher. No primeiro, você deverá copiar a nova diretriz sugerida exatamente com o texto abaixo:

IV. TERAPIA PARA DOR RELACIONADA AO USO DE ANTINEOPLÁSICOS 1. Cobertura obrigatória de analgésicos, opiáceos e derivados, de acordo com prescrição médica, para pacientes com dor relacionada ao uso do antineoplásico que tenham este efeito colateral previsto em bula.

9. Por último, você terá que preencher o espaço de justificativa (de preferência com uma bibliografia).

10. Clique em “Enviar”. Sua contribuição está pronta. Obrigado!

Se você precisar de ajuda para preencher o formulário, entre em contato com nossa equipe. Ligações Gratuitas: 0800 773 3241 das 8h às 18h, ou envie sua dúvida para o e-mail Contato@espacodevida.org.br

 

Sobre a consulta pública

Promovida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Consulta Pública número 59 irá atualizar a Resolução Normativa que define o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, lista que serve de referência mínima para cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Pode receber contribuições de profissionais de saúde, ONGs, instituições, pacientes e cidadãos em geral. A consulta ficará aberta até  19 de julho de 2015.

 

Vamos lá pessoal, só custa uns click! 🙂

Doutor, tenho DOR

É muito bacana quando a gente acompanha de perto um projeto nascer e já com tanto sucesso! O projeto o qual me refiro é uma página no Facebook, dedicada a esclarecer à população aspectos relacionados a Dor Orofacial: Doutor, tenho DOR!

A ideia foi do meu grande amigo André Porporatti. Já perdi as contas de quantas vezes conversei com ele sobre comunicação e divulgação por redes sociais, blogs, vídeos. Mas quando dizia que ele precisava divulgar o que ele fazia, ele respondia: “não sei, não achei ainda o formato, queria aproximar dos pacientes”.

E um belo dia, pelo Whatsapp ele me avisa que estava lá, a ideia exposta, a página criada, o Doutor, tenho DOR (e eu fui a primeira a curtir \o/).

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O formato engloba pequenos vídeos e slides, com a missão de explicar condições e resultados de pesquisa. Além da página no Facebook (curta!), agora também há um canal no YouTube (assine!)!

Já sou a fã número 1 e estou compartilhando sempre com meus pacientes.

E olha só a homenagem que recebemos dele no domingo!

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Parabéns André!!! Ser sua amiga me enche de orgulho! 🙂

Não percam tempo, assistam aos vídeos!

Segue o primeiro só para deixar com o gostinho de quero mais!

Falando nisso…

Quero aproveitar e agradecer a todos que estiveram no último sábado no Dia do Bruxismo de Belo Horizonte! Casa cheia e todo mundo ficando até o final. Eu e a Adriana Lira Ortega não poderíamos ter ficado mais felizes! Agradeço também aos amigos queridos Sérgio Mendonça e Rodrigo Teixeira que cuidaram para que tudo saísse “nos conformes”!

Para quem quer conhecer nosso curso, acesse o site www.diadobruxismo.com 

As próximas datas serão em João Pessoa (Julho), São Paulo (Agosto), Brasília (Outubro) e Uberaba (Dezembro).