Podcast – Ortodontia, Bruxismo e DTM – entrevista para o canal Rompendo Fronteiras Ortodontia

podcast.001
Muito ainda se discute sobre a relação entre oclusão, ortodontia, bruxismo e Disfunção Temporomandibular (DTM). A literatura caminha apontando que a relação não é tão direta como ainda pensam muitos dentistas.
Sobre este assunto, recebi em minha casa (perdoem os ruídos de obra ao fundo) a Daniela Ferreira e o Marcos Campos, dois cirurgiões dentistas, ortodontistas que fizeram um canal no Youtube e perfis nas redes sociais chamado Rompendo Fronteiras Ortodontia, e que são curiosos para saber mais sobre estas condições. Afinal, qual ortodontista que não recebeu em seu consultório um paciente com sinais e sintomas de DTM e tantas duvidas, não é?
Dê um play, siga o Rompendo Fronteiras Ortodontia e deixe seu comentário! Esta entrevista também está no canal deles no Youtube!
Publicidade

Mindfulness

Eu sempre acompanho os movimentos de terapias para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com dor crônica.

No último Congresso Mundial de Dor, promovido pela IASP, vi vários pôsteres que falavam sobre meditação e o quão benéfico é para nossos pacientes.

medita.001

Desde então estava com vontade de convidar a fisioterapeuta Michele Peres Ferreira que desenvolve um trabalho muito bacana nesta área no Brasil para escrever aqui sobre o assunto (nada melhor do que uma pessoa com expertise não é?).

Finalmente consegui!! Obrigada Michele por sua disponibilidade!

Mindfulness, viva com atenção plena!

por Michele Peres Ferreira

FOTO Profissional

 

Você já ouviu falar em Mindfulness? 

 

Vamos falar sobre esse tema que está em alta?

 

Segundo Jon Kabat-Zinn, Mindfulness é um estado mental de estar atento à experiência no momento presente, sem julgamento. 

Quando traduzirmos a palavra Mindfulness para o português o resultado é Atenção Plena. Isso significa que um dos principais componentes desse estado mental é a atenção. 

Diferentemente do que muitos acreditam, meditar não significa contorcer o corpo ou esvaziar a mente. A meditação da atenção plena é como um esporte, se trata de um treinamento de concentração da mente. O Mindfulness é um exercício laico, derivado do Budismo, mas não exige qualquer fé religiosa nem é necessário se tornar budista. 

Meditar pode ser difícil, especialmente no início. É como ir à academia. Se você não estiver ofegante nem suando, é provável de que não esteja fazendo direito. Da mesma forma, se começar a meditar e logo se encontrar num êxtase livre de pensamentos, ou você se iluminou de repente ou está morto. A prática fica mais fácil com o tempo, mas mesmo após anos de meditação, você irá se distrair muitas vezes. 

A meditação nos faz entrar em contato com uma realidade pouco explorada, a nossa voz interna, isso significa que nossa mente está o tempo todo discutindo com ela mesma sobre os fatos do passado ou do futuro, fazendo listas, ensaiando discussões, remoendo coisas etc. É como Mark Twain diz: “Algumas das piores coisas da minha vida nunca chegaram acontecer”. Isso significa que pensamos muito o tempo todo, e sentimos a carga emocional dos nossos pensamentos, e na maioria das vezes sofremos mais por eles, do que pela própria realidade. Quando não temos consciência desse falatório interior incessante, ele pode nos controlar e nos enganar. 

O nosso estado mental nada mais é do que a forma como reagimos e nos comportamos nas diversas situações apresentadas em nossa vida. O interessante é que 70% do nosso estado mental pode ser treinado, sendo apenas 30% dele genético. Isso significa que podemos exercitar e treinar o nosso cérebro a estar mindful, ou seja, estar atento e consciente para o momento presente. O processo de treinamento do nosso cérebro ocorre através da meditação que explora o controle atencional, o autoconhecimento e a auto-regulação emocional.

Quantas vezes você realizou uma tarefa de forma tão automática que nem se deu conta de qual foi o processo para concluí-la? Um exemplo muito comum disso são pessoas que estão acostumadas a fazer sempre o mesmo caminho para voltarem para casa, e que ao chegarem percebem que nem se deram conta do caminho percorrido. Isso significa que você está inconsciente da tarefa que está realizando naquele momento, ou seja, sua mente não está no momento presente, a sua atenção está voltada para os pensamentos: “Preciso comprar leite… Ainda não paguei a conta de luz… Se eu não terminar o relatório até amanhã meu chefe me mata!”; e assim você chega na sua casa sem saber exatamente como.

Nossos pensamentos, em sua grande maioria, costumam ser negativos ou irreais, frutos da nossa imaginação, de coisas que já aconteceram, vão acontecer ou talvez nem aconteçam. Enquanto focamos a atenção para esses pensamentos gastamos energia e tempo com coisas improdutivas. É comum vivermos no passado ou no futuro, esquecendo do momento presente, ocasionando um aumento dos níveis de ansiedade e estresse.

Hoje estamos vivendo em uma era da multitarefa, temos dificuldade de ficar ociosos, qualquer folguinha, nem que seja um minuto, recorremos ao celular, para checar os e-mails, dar uma espiada nas redes sociais e com isso nossa mente entra em um processo de exaustão. Pessoas estão dormindo e acordando cansadas, o cérebro deixa de recuperar a energia pois está sempre em atividade.

O cérebro é um órgão plástico, flexível e treinável, o que torna possível exercitá-lo para modificar o estado mental e aumentar o nível de concentração. (Veja no link:A. Brefczynski-Lewis*, A. Lutz*, H. S. Schaefer, D. B. Levinson*, and R. J. Davidson* Neural correlates of attentional expertise in long-term meditation practitioners. Proc Natl Acad Sci U S A. 2007 Jul 3;104(27):11483-8. Epub 2007 Jun 27.)

O treinamento e aprendizado geralmente se dá através de técnicas de autorregulação da atenção com prática da meditação e de outros exercícios afins, permitindo uma maior tomada de consciência de seus processos mentais e de suas ações. As práticas e exercícios de meditação ajudam a alcançarmos essa alteração a nível central. 

Ao contrário do que muitos pensam não é porque você começou a meditar que irá virar uma pessoa super calma e sem problemas, mas então qual seria o benefício de se tornar uma pessoa consciente, atenta, mindful? Através do treinamento de mindfulness temos como objetivo perceber pensamentos, sensações corporais e emoções no momento que ocorrem, sem reagir de maneira automática e habitual. Com isso, aprendemos a fazer escolhas mais conscientes e funcionais, influenciando positivamente na maneira como lidamos com os desafios cotidianos e em relações interpessoais. Através de Mindfulness, aprendemos a regular as emoções desafiadoras e reduzir aquele discurso interno mental que aparece nas circunstâncias difíceis.

Profissionais da área da saúde estão estudando cada vez mais o Mindfulness e seus benefícios para redução do estresse, ansiedade, aumento da concentração e manejo da dor. 

 

Vamos falar sobre a utilidade dessa ferramenta na dor ?

 

Bom, a dor crônica é freqüentemente definida como uma dor que dura mais que 3 meses ou após o tempo normal de cicatrização tecidual e que pode levar a consequências médicas, sociais e econômicas significativas, problemas de relacionamento, perda de produtividade e altos custos com cuidados de saúde. 

A alta prevalência e natureza refratária da dor crônica, em conjunção com as consequências negativas da medicação, levou ao aumento do interesse em planos de tratamentos que incluem terapia adjuvante ou alternativas à medicação. 

Uma dessas modalidades que os pacientes com dor estão usando é essa meditação que comentamos Mindfulness. Esse treinamento trabalha reorientando a mente para o presente momento e aumentando a consciência do ambiente externo e das sensações internas, permitindo o indivíduo a reformular as experiências. 

Ao incluir o Mindfulness nos tratamentos os pacientes são encorajados a mudar a maneira como eles se relacionam com a dor, suspendendo o julgamento de  pensamentos que acompanham a percepção da dor. Isso desacopla teoricamente a dimensão sensorial da dor da reação de alarme afetivo resultando em uma atenuação da experiência de sofrimento através da reavaliação cognitiva. ( Yi‑Yuan Tang*, Britta K. Hölzel* and Michael I. Posner. The neuroscience of mindfulness meditation. NATURE REVIEWS | NEUROSCIENCE. 16 (2015)  213-225.)

Captura de Tela 2019-10-21 às 17.23.39

Os programas de Mindfulness foram empregados por quase 40 anos para o tratamento de várias condições de dor crônica, incluindo lombalgia, enxaqueca, dores de cabeça e dor musculoesquelética. Muitas vezes, não é possível eliminar a dor, mas o paciente aprende habilidades para viver uma vida produtiva na presença de desconforto ou incapacidade. 

Estudos recentes utilizaram neuroimagem para elucidar mecanismos neurofisiológicos e os efeitos subjacentes da atenção plena no cérebro. Uma recente revisão sistemática observou que a regulação da dor pelas técnicas de meditação podem alterar o funcionamento das regiões do cérebro em uma extensa rede, incluindo regiões não nociceptivas. Mas principalmente reduziu a experiência afetiva da dor, enquanto as reduções de intensidade da dor foram menos consistentes. Alterações cerebrais foram demonstradas como resultado da aplicação de medidas psicológicas e pode representar as implicações clínicas de alterações na atividade cerebral ou morfologia.

Em estudos de mindfulness em pacientes com dor tem se mostrado promissores, em relação a sintomas de desconforto relacionado a dor, perturbação do humor, ansiedade, e depressão, bem como a utilização de drogas relacionadas ao controle da dor. Apesar dos resultados positivos, recentes revisões sistemáticas sugerem a realização de estudos de alta qualidade para a recomendação do uso da meditação mindfulness para sintomas de dor crônica. 

Portanto, parece que estamos no caminho certo, mas ainda há necessidade de muitos estudos qualificados para se “bater o martelo”, e dessa forma vamos modificando nossas abordagens terapêuticas para uma abordagem mais humanizada, valorizando o ser em todos os seus aspectos e não somente os biológicos. 

Referências:

Kabat-Zinn J, Lipworth L, Burney R. The clinical use of mindfulness meditation for the self-regulation of chronic pain. J Behav Med. 1985 Jun;8(2):163-90.

Sun TF1, Kuo CC, Chiu NM. Mindfulness meditation in the control of severe headache. Chang Gung Med J. 2002 Aug;25(8):538-41.

Cherkin DC, Anderson ML, Sherman KJ, Balderson BH, Cook AJ, Hansen KE, Turner JA. Two-Year Follow-up of a Randomized Clinical Trial of Mindfulness-Based Stress Reduction vs Cognitive Behavioral Therapy or Usual Care for Chronic Low Back Pain. JAMA. 2017 Feb 14;317(6):642-644. doi: 10.1001/jama.2016.17814.

Ref: Hilton L, Hempel S, Ewing BA, Apaydin E, Xenakis L, Newberry S, Colaiaco B, Maher AR, Shanman RM, Sorbero ME, Maglione MA.Mindfulness Meditation for Chronic Pain: Systematic Review and Meta-analysis. Ann Behav Med. 2017 Apr;51(2):199-213. doi: 10.1007/s12160-016-9844-2.

Ref: Simone S. Nascimento, Larissa R. Oliveira, Josimari M. DeSantana, Correlations between brain changes and pain management after cognitive and meditative therapies: A systematic review of neuroimaging studies. Complementary Therapies in Medicine 39 (2018) 137–145.

A Michele também enviou para nós um vídeo super bacana sobre aceitação e dor. Vale a pena assistir!

Obrigada Michele!!!

Para quem quiser ler a dissertação de mestrado da Michele sobre avaliação funcional da coluna cervical em pacientes com DTM, clique aqui.

E se tiver dúvidas, comentários, etc, clique aqui para enviar um email a Michele! 🙂

 

 

Os vídeos da vez para estudar Neurofisiologia da Dor

 

Lá no IEO-Bauru, onde há o curso de especialização em DTM e Dor Orofacial coordenado pelo Professor Paulo Conti, estamos  todo o módulo realizando uma reunião científica, o Journal Club, onde sempre escolhemos temas interessantes para estudar. Num deles estudamos como  facilitar o estudo dos processos relacionados a dor. Escolhi mostrar alguns dos vídeos que gosto no youtube!

Como já faz um tempo que fiz uma postagem com estes vídeos do Youtube que gostei para estudar neurofisiologia da dor, acho que está mais do que na hora de atualizar a lista né? Quanto tiver um tempinho sobrando, veja um deles. Ver vídeos ajuda bastante no conhecimento!

Aproveite e conheça o meu canal por lá. Tem poucos vídeos meus mas tem as listas que crio com vídeos que gosto! 🙂

Segue a sequência de vídeos que enviei aos alunos:
1. Aula TED-Ed sobre dor

2. As fases da nocicepção

3. Caminhos da dor

4. Condução:

5. Transmissão (sinapse):

6. Modulação de dor:

  • Teoria do portão:
  • Modulação endógena:
  •  Papel do opióide:

7. Percepção de dor:

E mais uns extras que sugeri que assistissem:

* O mistério da dor crônica:


* Neurônio:


* Como os nervos funcionam?


* Potencial de ação:


* Potencial da membrana:


* Inibidores seletivos de recaptacao de serotonina:

 

#ficaadica

Quer se inscrever na próxima turma do curso de DTM e Dor Orofacial e também participar do Journal Club? Clique aqui!

Falando nisso…

No dia 03 de agosto de 2018 irei ministrar novamente a minha aula favorita: Odontalgias não Odontogênicas em Campinas. Esta aula tem duração de 8 horas e apresentou alguns casos clínicos de interesse aos colegas dentistas para que o conhecimento evite as iatrogenias!

Assim, se quiser participar, entre em contato com a Imajon Cursos. Link para conteúdo programático aqui.

Abraços!!

ad66f6b7-940e-4f52-8b70-bec9d4402288

2018 – Ano Mundial para Excelência da Educação em Dor

Na última semana a IASP (International Association for Study of Pain) lançou o tema da campanha mundial deste ano: Excelência da Educação em Dor.

Confesso que fiquei radiante! 2018 é um ano no qual quero me dedicar ao máxima a educar e ser educada neste tema que é centro da minha profissão há tantos anos. Quero trocar mais e mais experiências! E não podia ter incentivo maior do que acompanhar as iniciativas da IASP!

Global Year_2018_RGB

O tema tem como ponto chave “Bridging the gap between knowledge and practice.” – diminuir o abismo entre o conhecimento e a prática. E não é somente foca os profissionais da saúde mas também os pacientes, os órgãos governamentais e dos membros de pesquisa em educação em dor. É uma força tarefa para que conceitos corretos atinjam todas as camadas da população. A educação em dor se mostra uma das ferramentas mais eficazes para o combate da mesma.

Eu sonho com o dia em que a Odontologia (minha área de atuação) reconheça e trabalhe melhor com dor, inclusive na melhor orientação do paciente. Infelizmente ainda é só sonho…. A IASP apresenta neste ano sugestões curriculares para isso.

Para saber mais, acompanhe a hashtag #GYPainEducation nas redes sociais como LinkedIn, Facebook, Instagram e Twitter!

Na página oficial da IASP você pode também ter acesso ao material produzido por eles (em breve a SBED – Sociedade Brasileira para Estudo da Dor – deve realizar a tradução destes textos).

Sobre a educação para a população, em tradução livre minha coloco o que a IASP citou:

A educação da população pode ajudar a reduzir o peso da dor na sociedade. Aqui estão cinco razões pelas quais a educação  sobre a dor pode ser altamente benéfica:

1. As pessoas que recebem essa educação podem tomar medidas para evitar a dor, como praticar técnicas adequadas de alongamento e atividade física, e podem se dedicar a uma autogestão oportuna e útil quando a dor atinge.

2. As pessoas educadas sobre a dor podem dar conselhos e assistência adequados aos familiares, amigos e colegas com dor.

3. Nas interações com os prestadores de cuidados de saúde, as pessoas com conhecimento em dor podem advogar e aceitar o tratamento adequado para dor aguda e crônica que eles ou membros da família experimentam.

4. Um público educado pode atuar a nível comunitário para minimizar os riscos que contribuem para lesões causadoras de dor; por exemplo, jovens que praticam esportes de contato ou em comunidades que podem ser propensas a apresentar calçadas em estado de destruição (que podem gerar lesões dolorosas).

5. Os cidadãos educados podem defender políticas públicas melhoradas de prevenção e controle da dor, tais como requerimentos razoáveis de capacete esportivo, acesso legal a medicamente necessários e reembolso de seguro médico de cuidados de dor interdisciplinares.

E como pode ser realizada esta educação? De várias formas! Uma delas (e a primeira citada pela IASP) é através da Internet! Olhe a oportunidade bem ao nosso alcance! Invista em redes sociais, vídeos instrutivos, postagem com conteúdo. Use ao favor da educação em dor!

Todos nós só temos a ganhar! 🙂

E ainda dentro deste tema, a SBDOF – Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial – criou uma publicação chamada Cadernos da SBDOF que tem como editora a professora Liete Zwir, revisão científica dos professores Antônio Sérgio Guimarães e Paulo Conti. No primeiro volume, o atual presidente da SBDOF,  Reynaldo Leite Martins Júnior, escreveu sobre DTM para pacientes. Excelente material para enviarmos aos nossos pacientes. Aqui no site e em PDF: Caderno SBDOF número 1 (versão que pode ser impressa em gráfica).

Mais uma dica: já escrevi aqui sobre o site  Pesquisa em Dor . Mas a dica é boa e vale a pena repetir. O site tem uma área para os pacientes e uma área para profissionais. Na área de pacientes há explicações sobre dor que aparecem de forma lúdica e didática, o que atiça a curiosidade e facilita o entendimento. Veja por exemplo Caminho da Recuperação. A área para profissionais reúne ferramentas que podemos utilizar na nossa rotina clínica (inclusive a escala de cinesiofobia que já falamos aqui), manual para utilizar o caminho da recuperação com seu paciente e algo que acho essencial: estratégias para educar seu paciente com relação a dor.

E por fim, sobre cursos e eventos, vou atualizar a página em breve com toda a agenda de 2018! Os cursos em Bauru, coordenados pelo professor Paulo Conti, estão com lista de espera e novas turmas estão planejadas para segundo semestre. Entre em contato com IEO-Bauru para mais informações! Em Florianópolis começa em março um curso de aperfeiçoamento em Disfunção Temporomandibular na Zenith comigo, Prof. Conti e Prof. Rafael Santos Silva! Serão 6 módulos de 3 dias cada com clínica e 144 horas de muita informação! Últimas vagas no link. Ainda, há previsão de curso em João Pessoa,de atualização, na COESP, ainda com datas a serem definidas no segundo semestre! Ufa! E tem grupo de estudos, Dia do Bruxismo (Com agenda lotada!! Clique aqui e veja todas as datas) e mais os congressos na área de Dor! Vale um destaque ao meu congresso favorito, o Congresso Mundial de Dor da IASP, que acontecerá em setembro, em Boston e eu já comprei minha passagem!!! \o/ Depois farei uma postagem com todos os eventos do ano (CINDOR, ICOT, IADR, SBCe, SBDOF, etc).


Falando nisso…

Pela segunda vez um cirurgião-dentista está na presidência da Sociedade Brasileira de Estudo (SBED), Prof. Dr. Eduardo Grossmann assumiu e estará a frente da SBED pelos anos 2018 e 2019. Prof. José Tadeu Tesseroli de Siqueira foi o outro cirurgião-dentista a comandar a SBED. É orgulho a nossa classe! Votos de excelente gestão ao Prof. Grossmann. Link para seu discurso de posse.

Site Bacana

Antigamente havia uma sessão aqui no blog chamada Site do Mês.

Mas como deixei de atualizar sempre, perdeu um pouco o sentido. Assim, quando eu ver algo interessante, vou chamar de Site Bacana.

O Site Bacana de hoje é o Pesquisa em Dor. Este foi fundado por um grupo de pesquisadores que incluem fisioterapeutas, psicólogos, físicos, entre outros e é um local muito bacana para buscar informações que podem contribuir para o atendimento clínico ao paciente com dor. O lema é “entender para modificar a dor” e é algo que acho fundamental.

pesquisa em dor.001

No dia dia do consultório percebo o quanto explicar ao paciente detalhadamente os motivos pelo qual ele está percebendo dor, baseado na neurofisiologia, numa linguagem simples porém nem por isso incompleta, faz a diferença.

As sessões do site incluem o blog, onde você pode ler recentes resultados de pesquisa sobre dor, área para os pacientes e área para profissionais.

Na área de pacientes as explicações aparecem de forma lúdica e didática, o que atiça a curiosidade e facilita o entendimento. Veja por exemplo Caminho da Recuperação.

A área para profissionais reunem ferramentas que podemos utilizar na nossa rotina clínica (inclusive a escala de cinesiofobia que já falamos aqui), manual para utilizar o caminho da recuperação com seu paciente e algo que acho essencial: estratégias para educar seu paciente com relação a dor.

Não deixem de visitar o site!

Aproveite e leia também sobre o site Pain in Motion.

 

 

Sono e Disfunção Temporomandibular

Ter uma boa noite de sono é reconhecidamente necessário para a manutenção da saúde e bem estar físicos e mentais. A Associação Brasileira do Sono, Associação de Medicina do Sono e Associação de Odontologia do Sono promovem a Semana do Sono entre os dias 13 e 19 de março.

Esta iniciativa tem o intuito de levar até a população conhecimento sobre o sono, as últimas novidades na pesquisa e informações importantes. É primordial dormir bem para o bem estar geral!

sono.001

Toda a programação do evento e informações estão no site: http://www.semanadosono2017.com.br

Em média, um adulto dorme de 6 a 9 horas por noite. Dormir menos de 5 horas pode ser considerado uma privação de sono, levando a alterações de humor e disfunção social. Se constante e prolongada, a privação do sono pode levar a complicações mentais, cardiovasculares e aumentar a frequência e intensidade da dor. Entre 50 a 90% dos pacientes com dor aguda, a ocorrência da dor geralmente precede as queixas de uma noite de sono ruim. Entretanto, estudos com pacientes com dor crônica indicam uma influência bidirecional: uma noite de sono ruim ser seguida pelo aumento da dor no dia seguinte e, um dia com alta intensidade de dor é seguido por uma noite ruim de sono.

Distúrbios do sono, sobretudo insônia, podem contribuir para desregulação do sistema de modulação de dor e ocasionar aumento na intensidade de dor. Já mostrei aqui no blog um trabalho de Smith e colaboradores que demonstraram que a presença de insônia contribui para redução no limiar de dor em pacientes com dor na musculatura mastigatória.

Então, aproveitando a Semana do Sono fui verificar o que há de novo na literatura e encontrei um estudo recente (Rener-Sitar et al., 2016) que comparou pacientes com DTM com voluntários saudáveis com relação a qualidade do sono. Achei interessante porque eles não trabalharam apenas com um diagnóstico e sim com os 8 que englobam a classificação do RDC/TMD, além de usarem os questionários de eixo II (verificaram sintomas de ansiedade, depressão, somatização e grau de disfunção). Incluiram inclusive exames de imagem para comprovar os diagnósticos articulares.

Para verificar a qualidade do sono utilizaram o questionário de Pittsburg.

Os resultados do estudo demonstraram que os diagnósticos que curam com dor, ou seja, DTMs dolorosas são aquelas em que a qualidade do sono está significativamente prejudicada, bem como em pacientes que apresentavam sofrimento psicossocial e incapacidade à dor, particularmente dor disfuncional. Este fato só corrobora com o que sempre verificamos entre dor e sono, que embora pareça lógico, poucos estudos abordaram ainda esta questão.

Interessante relatar também que os pacientes com DTM não dolorosa (exemplo, deslocamento do disco com redução) apresentaram índices de qualidade do sono similares aos voluntários saudáveis.

Avaliar a qualidade do sono nessa população pode ajudar a caracterizar melhor esses pacientes e, o mais importante, abordar a sua deficiência de sono pode oferecer uma outra abordagem terapêutica para reduzir o sofrimento relacionado com a dor (Rener-Sitar et al., 2016).

Aproveite este momento e clique aqui para ler um post de 2010 que escrevi  sobre avaliação do sono em pacientes com dor orofacial. Nela há o link para alguns métodos de avaliação. É essencial que o clínico avalie os hábitos ao dormir do paciente e determine se ele apresenta sinais e sintomas de distúrbios do sono como insônia, Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, que muito mais do que o Bruxismo do Sono, parecem estar envolvidos na manutenção da dor do paciente com DTM!

É importante que o clínico esteja preparado não só para identificar problemas relacionados ao sono como também iniciar orientações ao paciente. O tratamento do sono pode incluir terapias comportamentais com ou sem uso de medicamentos que melhoram o sono.

Quando sinais e sintomas de um distúrbio do sono primário são encontrados, o cirurgião-dentista deve considerar encaminhar o paciente para o médico, especialmente os habilitados para a Medicina do Sono. Medidas de higiene do sono podem ser implementadas para melhorar a qualidade do sono do paciente.

Além de observar aspectos relacionados diretamente ao sono, é importante que o clínico identifique pensamentos catastróficos relacionados a dor e aprimore sua abordagem ao tentar reduzi-los. Isto pode levar a uma melhora no sono e consequentemente controle da dor do paciente.

#ficaadica

 

 

 

 

 

Laserterapia em DTM

laser-001

Dias desses fiz uma revisão dos novos artigos que saíram sobre laserterapia para tratamento da Disfunção Temporomandibular (sempre uso o site Pubmed.com para isso #ficaadica). Encontrei publicado agora em janeiro um artigo novo sobre o assunto. Nele os pesquisadores procuraram avaliar o laser de baixa intensidade no relato de dor do paciente, no limiar de dor à pressão e também em índices de qualidade de vida relacionado a saúde. O bacana deste estudo foi seu desenho: randomizado, placebo-controlado. Fiquei bem feliz em ver que o estudo havia sido realizado pela equipe da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da USP, e tem como autora principal a colega Lais Magri. Aqui o link para o resumo!

Eu como não sou boba e sabendo que a Lais é leitora do blog, pedi a ela um texto sobre o assunto! E hoje chegou aqui na caixa de emails! \o/

Com vocês, o texto!

img_4704

Laís Valencise Magri Mestre em Gestão da Clínica – UFSCar Doutoranda em Psicobiologia – FFLCRP Cirurgiã-dentista da área de Oclusão, Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP/USP) CROSP: 101.093

Laserterapia de baixa intensidade na DTM dolorosa: separando o joio do trigo

 

“Não é possível…deve haver alguma coisa errada com estas tais pesquisas científicas…trato todos os meus pacientes de DTM com laser e a grande maioria melhora!”

Pois é…antes da Medicina/Odontologia baseada em Evidências todo o conhecimento científico advinha das experiências clínicas e opiniões de especialistas, todavia nem sempre é possível garantir que aquela terapia que você está empregando vai trazer benefícios para todos os pacientes. E esta é a base da ciência…investigar se esse tratamento pode ser extrapolado para populações maiores, com eficácia superior ao placebo e custo-benefício que valha o tempo e o dinheiro investidos.

Diversas pesquisas científicas já foram publicadas buscando compreender a efetividade da laserterapia de baixa intensidade (low-level laser therapy – LLLT) no tratamento da DTM dolorosa, sendo que os ensaios clínicos mais bem conduzidos nas metanálises demonstram resultados clínicos de remissão da dor similares ao grupo placebo (Petrucci et al., 2011; Moraes Maia et al., 2012; Herranz-Aparicio et al., 2013; Chen et al., 2015; Herpich et al., 2015). Porém, mais estudos ainda precisam ser desenvolvidos para a confirmação dos resultados e avaliação de outras doses e protocolos de LLLT.

            Os efeitos “biológicos” promovidos pelo laser nas células e tecidos já foram demonstrados em pesquisas com modelos animais e culturas celulares. Dentre estes efeitos, os mais citados são: ação anti-inflamatória (redução de substâncias pró-inflamatórias), analgésica (redução de alodinia e hiperalgesia orofacial), atuação no metabolismo oxidativo muscular e na expressão de metaloproteinases, além da modificação a permeabilidade da membrana celular (Rizzi et al, 2010; Dias et al., 2011; Pires et al, 2011; Desiderá et al., 2015).

            Certo…mas então as pesquisas em modelos animais demonstram resultados “biológicos” efetivos promovidos pela LLLT, então por que alguns ensaios clínicos com seres humanos apontam que o laser é semelhante ao placebo?

            Pois é, ser humano é bastante complicado…especialmente quando falamos sobre dor crônica, que envolve aspectos cognitivos, comportamentais e motivacionais. Ora, se o estímulo nociceptivo não está sendo enviado pela periferia, mas sim relacionado à outros fenômenos muito mais complexos: sensibilização central e “pain widesprading” (espalhamento da dor), a utilização de um terapia isolada que promova efeitos “biológicos” locais pode não resolver completamente o problema. Parece um raciocínio simples, não é mesmo? Mas e o efeito placebo?

            A melhor evidência sobre o tema na atualidade foi publicada na Journal of Oral Rehabilitation em 2015 por Chen et al., se trata de uma metanálise de 14 ensaios clínicos controlados e randomizados (os autores foram bem criteriosos na seleção dos ensaios e excluíram diversos estudos que não tinham grupo placebo ou que não passaram por randomização). Eles concluem que o uso da LLLT no controle da DTM dolorosa tem uma eficácia limitada, sendo que muitos estudos apontam resultados semelhantes ao placebo, embora ela contribua de forma significativa para a melhora dos padrões funcionais (mobilidade mandibular) (Chen et al., 2015). Outros estudos de revisão sistemática e metanálise chegam à mesma conclusão (Petrucci et al., 2011; Herranz-Aparicio et al., 2013; Herpich et al., 2015).

            O grande problema é que não existem doses e protocolos estabelecidos, o que acaba dificultando a comparação entre os estudos. Outro ponto importante a ser considerado é que o placebo do laser tende sempre a ser maior do que o placebo de outras modalidade terapêuticas, pois o laser é um equipamento de alto custo e que envolve tecnologia, além da associação que os pacientes fazem com outros tipos de lasers que são amplamente publicizados no mercado, como depilação à laser e clareamento à laser. Portanto, a expectativa em relação aos resultados clínicos costuma ser grande, aumentando o efeito placebo.

            Embora seja relevante considerar que os aspectos que permeiam o efeito placebo (sentimento de estar sendo cuidado, relação profissional-paciente, memória, experiências prévias, dentre tantos outros) estão intimamente associados às dimensões cognitiva-comportamental-motivacional da dor crônica. Faz-se necessário então, reavaliar o efeito placebo de ensaios clínicos que investiguem terapias para dor crônica sob esta nova perspectiva: quando lemos os artigos científicos que analisam a LLLT na DTM dolorosa e vemos que o placebo foi semelhante ao laser, talvez não signifique que o laser não “funcione” ou não tenha efeito algum, mas sim que os aspectos que permeiam o placebo sejam tão efetivos na percepção subjetiva de melhora da dor, quanto os efeitos “biológicos” promovidos localmente pelo laser. Há que se considerar também que nos pacientes que recebem laserterapia ativa, o efeito placebo também está presente.

            E para complicar mais um pouco…os sinais e sintomas de DTM são flutuantes e auto-limitantes em muitos casos. Ou seja, quando um paciente se dispõe a participar de um ensaio clínico ou busca atendimento no seu consultório, ele está com escores máximos de dor (estar com dor é inclusive um critério de inclusão para as pesquisas e a seleção da amostra é sempre feita com base na variável de interesse sendo anormal). A tendência é que haja regressão à média….Que é um fenômeno estatístico bastante simples de ser compreendido: quando temos medidas repetidas de uma mesma variável, a tendência de uma medida inicial extrema é sempre regredir à média – agora vamos pensar em um paciente com DTM dolorosa: esse paciente geralmente tem uma dor leve entre 2 e 3 na Escala Visual Analógica ou não apresenta epidódios de dor, porém ele está passando por problemas financeiros e agora sua dor está por volta de 8 ou 9, então ele vai te procurar no consultório porque nesse momento a dor dele está incomodando. Todavia, os problemas financeiros são resolvidos e ele retorna ao seu padrão médio progressivamente: sem dor ou com uma dor leve. Nas pesquisas tal fato é comum de ocorrer, pois no início do estudo os escores de dor são sempre mais elevados do que quando comparados estatisticamente ao longo do tempo, e isto pode ser um simples resultado da regressão à média.

            Efeito do laser, efeito placebo ou regressão à média? Agora fiquei confuso…

            “Regression to the mean is a potent source of deception” – Regressão à média é uma potencial fonte de decepção/engano. Li isso em algum lugar e nunca mais saiu da minha cabeça, pois podemos extrapolar este conceito para qualquer outro tipo de terapia. Portanto, para que um tratamento seja considerado de efetividade, ele precisa ser superior ao placebo e à regressão à média, justificando desta maneira a sua utilização.

            A única maneira de desvendar este mistério é por meio de ensaios clínicos randomizados controlados duplo-cegos que contenham os três grupos: laser ativo, placebo e um grupo que não receba qualquer tratamento e que seja acompanhado pelo mesmo período de tempo que os demais grupos.

E cadê esses estudos?

            Poucos são as pesquisas com LLLT que obedecem à todos os critérios de seleção, pareamento e randomização da amostra, além do cegamento e grupo sem tratamento, que são os requisitos de um ensaio clínico de qualidade. Além do fato de que quando um grupo de pesquisadores começa a desenvolver uma pesquisa com LLLT, geralmente a dose e o protocolo de aplicação são escolhidos com base em outros estudos ou em experiências prévias do grupo, pois não há até o presente momento um consenso sobre isso…Ou seja, ainda não está completamente estabelecido qual o melhor comprimento de onda, qual a dose, quantas sessões, qual o intervalo entre as sessões, qual o protocolo para DTM muscular e articular. Cada fabricante de laser traz um protocolo diferente, dificultando a padronização das pesquisas e a comparação dos resultados.

            É preciso que nós, profissionais atuantes na área da dor orofacial, saibamos diferenciar os níveis de evidência científica, em especial no momento em que vamos pesquisar acerca de alguma terapia que pretendemos utilizar em nossos consultórios. Uma boa dica é sempre procurar pelas metanálises e revisões sistemáticas, que são estudos criteriosos que já avaliaram os ensaios clínicos mais confiáveis e nos trazem um panorama geral sobre aquela modalidade terapêutica até o presente momento.

            Em minha pesquisa de doutorado, que está sendo desenvolvida sob orientação da Prof. Christie Ramos Andrade Leite-Panissi no Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia em parceria com a Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP, estamos desenvolvendo um ensaio clínico randomizado duplo-cego que avalia a efetividade da laserterapia de baixa intensidade nas variáveis de dor (intensidade, sensibilidade e qualidade) e emocionais (ansiedade e estresse-cortisol salivar) de mulheres com DTM dolorosa (dor miofascial), que inclui grupo laser ativo, placebo e sem tratamento. Esperamos com esta pesquisa, compreender as flutuações na percepção da dor e de aspectos emocionais ao longo da LLLT, que possam contribuir com a variabilidade de resultados clínicos obtidos com esta terapia (Magri et al., 2017).

            Enfim, até o momento há muitas dúvidas sobre este tema e as respostas ainda não estão prontas, pois o desenvolvimento do conhecimento científico é um trabalho árduo e longo. Em minha opinião, precisamos ser imparciais e investir em pesquisas de qualidade que possam de fato esclarecer todos estes questionamentos, a fim de que possamos utilizar este recurso terapêutico em nossos consultórios com segurança e clareza acerca de seu efeito na DTM dolorosa, ou então chegar realmente à conclusão de que os resultados clínicos obtidos com a LLLT não apresentam comprovação científica.

            Portanto, não chegamos ao final desta história…a laserterapia de baixa intensidade na DTM dolorosa ainda é um conhecimento em construção, cujo alicerce só pode ser sólido se erguido com base em pesquisas científicas com elevado nível de evidência. E desejo a você leitor…que este texto te motive a questionar suas práticas e leituras…é preciso saber separar o joio do trigo…

Obrigada Laís por ajudar este blog e compartilhar aqui seu texto!

Colocarei as referências utilizadas aqui abaixo. Quem tiver interesse em ler o trabalho da Lais, envie um email para juliana.dentista@gmail.com ou entre para nosso grupo no Facebook (peça solicitação via mensagem Facebook).

 

Seguem as referências citadas:

  1. Chen J, Huang Z, Ge M, Gao M. Efficacy of low-level laser therapy in the treatment of TMDs: a meta-analysis of 14 randomised controlled trials. J Oral Rehabil. 2015 Apr;42(4):291-9.
  2. Desiderá AC, Nascimento GC, Gerlach RF, Leite-Panissi CR. Laser therapy reduces gelatinolytic activity in the rat trigeminal ganglion during temporomandibular joint inflamation. Oral Dis. 2015; 21(5): 652-658.
  3. Dias FJ, Issa JPM, Vicentini FTM d eC, Fonseca MJV, Leão JC, Siéssere S, et al. Effects of Low-Level Laser Therapy on the Oxidative Metabolism and Matrix Proteins in the Rat Masseter Muscle. Photomedicine and Laser Surgery. 2011; 29 (10): 677:684.
  4. Herpich CM, Amaral AP, Leal-Junior EC, Tosato Jde P, Gomes CA, Arruda ÉE, Glória IP, Garcia MB, Barbosa BR, Rodrigues MS, Silva KL, El Hage Y, Politti F, Gonzalez Tde O, Bussadori SK, Biasotto-Gonzalez DA. Analysis of laser therapy and assessment methods in the rehabilitation of temporomandibular disorder: a systematic review of the literature. J Phys Ther Sci. 2015 Jan;27(1):295-301.
  5. Herranz-Aparicio J, Vázquez-Delgado E, Arnabat-Domínguez J, España-Tost A, Gay-Escoda C. The use of low level laser therapy in the treatment of temporomandibular joint disorders. Review of the literature. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2013 Jul 1;18(4):603-12.
  6. Magri LV, Carvalho VA, Rodrigues FC, Bataglion C, Leite-Panissi CR. Effectiveness of low-level laser therapy on pain intensity, pressure pain threshold, and SF-MPQ indexes of women with myofascial pain. Lasers Med Sci. 2017 – Jan 4.
  7. Maia ML, Bonjardim LR, Quintans Jde S, Ribeiro MA, Maia LG, Conti PC. Effect of low-level laser therapy on pain levels in patients with temporomandibular disorders: a systematic review. J Appl Oral Sci. 2012 Nov-Dec;20(6):594-602.
  8. Petrucci A, Sgolastra F, Gatto R, Mattei A, Monaco A. Effectiveness of low-level laser therapy in temporomandibular disorders: a systematic review and meta-analysis. J Orofac Pain. 2011 Fall;25(4):298-307.
  9. Pires D, Xavier M, Araújo T, Silva JA Jr, Aimbire F, Albertini R. Low-level laser therapy (LLLT; 780nm) acts differently on mRNA expression of anti- and pro-inflammatory mediators in a experimental model of collagenase-induced tendinites in rat. Lasers Med Sci. 2011; 26:85-89.
  10. Rizzi EC, Issa JPM, Dias FJ, Leão JC, Regalo SCH, Siéssere S, et al., Low-Level Laser Intensity Application in Masseter Muscle for Treatment Purposes. Photomedicine and Laser Surgery. 2010; 28 (2): S31-S35.

 

Onde eu atendo os pacientes com DTM?

Eu acho que nunca escrevi aqui no blog sobre meus locais de atendimento, apesar de sempre no menu estarem localizados estes endereços.

Mas sabe resolução de 2017? Então, resolvi que neste ano vou divulgar mais os locais onde recebo pacientes ansiosos para o controle de suas dores, disfunções e bruxismo.

Para isso ano passado fiz um site totalmente novo, voltado para o público leigo no endereço: www.dentistajuliana.com.br

c2efd2041c5ed347d4c86aae2a8213ed

O site é informativo e aos poucos estou atualizando os textos.

Uma das coisas bacanas que resolvi colocar é um teste de sintomas de DTM. Assim, antes da visita, o paciente pode perceber dados relevantes sobre sua queixa.

captura-de-tela-2017-01-17-as-16-12-18

Ainda, acompanhando as novas tendências, intensificamos o contato via Whatsapp com números específicos para os dois consultórios. Hoje atendo em Ribeirão Preto e Franca.

propaganda-consultorio3-001

Além deste atendimento particular, faço parte do Bauru Orofacial Pain Group e auxilio atendimentos nas clínicas de DTM e Dor Orofacial no IEO-Bauru uma vez no mês. Lá o atendimento é de baixo custo (mais informações 14-3234 1919).

Assim, caso precisem ser atendidos ou mesmo encaminhar pacientes, estão aí meus contatos!

Falando nisso….

E por falar nos cursos de Bauru, o curso de Atualização em DTM e Dor Orofacial coordenado pelo Prof. Paulo Conti está com vagas quase esgotadas! Corra! Início dia 16/02/2017 e com novidades! 🙂

curso-ieo-001

 

III Congresso Brasileiro de Dor Orofacial

A SBDOF (Sociedade Brasileira de DTM e Dor Orofacial) irá promover o III Congresso Brasileiro de Dor Orofacial em São Paulo, no Hotel Maksoud Plaza, entre os dias 2 e 3 de junho de 2017.

Eu estou ajudando na organização junto com a diretoria da SBDOF ( João Padula, Paulo Cunali e Rodrigo Teixeira), da empresa Interevent e das amigas Liete Zwir e Adriana Lira Ortega! Estamos preparando um evento recheado de palestras com novidades na área.

A notícia é: há valores promocionais para inscrição mas até dia 15/12!!

Assim, corram! A Interevent ainda avisa que o valor pode ser parcelado em 3 vezes e mais, os 150 primeiros inscritos receberão o livro “Disfunções Temporomandibulares: esclarecendo a confusão” de autoria de Reynaldo Leite Martins Junior.

Entre no site e confira!

http://bit.ly/sbdof2017

3o-cbdof-001

 

3o-cbdof-005

Além de conferir todas as informações no site, é possível também submeter o seu trabalho científico! Devo lembro-los que existe um prêmio em dinheiro ao melhor trabalho!

Confira a lista de palestras:

Convidado Internacional:
Profa. Ambra Michelotti – Universidade de Nápoles

– DC/TMD – moving from research to clinic
– TMD and Orthodontics
– The management of TMD: evidence based treatment

Convidado Internacional Homenageado:

Prof. Sandro Palla
Sessão Ponto e Contra Ponto:

Toxina botulínica na DTM:
Moderação e apresentação do tema- Stephanie Teixeira; Ponto e contraponto: João Batista Macedo e Reynaldo Leite Martins Junior

Disfunções Articulares: até que ponto o tratamento é conservador?
Ponto e Conta Ponto: Paulo Conti e Fábio Sato

Palestras e temas: 

– André Porporatti: Dor neuropática pós tratamento odontológico: um problema comum?

– Antônio Sérgio Guimarães: DTM muscular: novos insights

– Bruno Furquim: Fatores genéticos e DTM: qual a importância clínica?

– Cibele Dal Fabbro: A importância do sono no tratamento da Dor Orofacial

– Cesar Waisberg: O movimento: além da anatomia e biomecânica.

– Daniel Bonotto: Dispositivos interoclusais em DTM articular: por que funcionam?

– Daniel Ciampi: Dores crônicas terapias atuais

– Daniela Franzen: Abordagem psicossocial na clínica de dor

– Daniela Godoi Gonçalves: Sensibilização central – como se explicam as dores crônicas

– Debora Bevilaqua Grossi: Mecanismos de dor cervical e sua relação com DTM

– Eduardo Januzzi: Viscossuplementação: quais os resultados clínicos?

– Giovana Fernandes: Bruxismo em Vigília: um novo capítulo na relação com DTM?

– Jorge von Zuben: Comportamento e Neurociência

– José Tadeu Tesseroli de Siqueira: Neuralgia do Trigêmeo: nova classificação, velho problema?

– Leonardo Bonjardim: Testes quantitativos sensoriais – já é possível utilizar na clínica de DTM ?

– Paulo Conti: Cefaléias atribuídas a DTM, contração muscular e dor: uma análise crítica

– Rafael Santos Silva: Farmacologia e DTM

– Ricardo Tanus Valle: Deslocamentos de discos: qual a melhor opção de controle?

– Ricardo Tesch: Reabsorções Condilares – Estratégias Terapêuticas Inovadoras

– Thais Villa: Cefaleias primárias: como reconhecer na clínica

– Vera Lucia Mestre Rosa: Exames de imagem em DTM: quais os avanços no últimos anos?

– Vitor Panhóca: Laserterapia em DTM: existe um protocolo?

E você vai perder? 

#ficaadica

Falando nisso…

Estamos com inscrições para as últimas vagas no curso de Atualização em DTM e Dor Orofacial do Bauru Orofacial Pain Group.

Saiba mais pelo email contato@ieoabauru.com.br ou telefone (14) 32341919

curso-ieo-001