Final do ano chegando…

Que tal colaborar para que 2017 seja um ano de paz, de felicidade e de justiça? Dê um presente a humanidade: seja solidário!
Há várias formas de ajudar, na sua rua, no seu bairro, na sua cidade, no seu país! Você pode ser voluntário em um projeto ou, se o tempo estiver curto ou se você não levar jeito para isso, pode contribuir com doações financeiras, mensais ou anuais.
Diversos programas (aqueles que curtimos e compartilhamos nas redes sociais) ajudam pessoas e animais no mundo todo e em nosso país!
Vou colocar abaixo uma lista de sugestões. Deixe nos comentários links para outros projetos! Vamos compartilhar!
 
Desejo um Natal abençoado, e que 2017 seja supimpa para você e sua família! 🙂
 
Aproveite o recesso para também conhecer meu novo site: www.dentistajuliana.com.br
 
E segue a lista!
 
Médicos sem Fronteiras: http://www.msf.org.br
Cruz Vermelha Brasileira: http://www.cruzvermelha.org.br/pb/
Creche que ajudo em Franca: NV Sociedade Solidária
 
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Odontalgia não Odontogênica

Quando a dor é no dente e não do dente….

Estava hoje mexendo nos arquivos do meu HD externo e encontrei uma aula que ministrei em 2009 sobre Odontalgia não Odontogênica. Resolvi tirar as fotos e figuras dos casos clínicos (não tenho autorização para divulgar na internet) e compartilhei com vocês através do Slideshare.

Vejam que apesar de não ter as fotos, alguns casos estão descritos e alguns deles estão publicados na literatura, basta procurar!

E quais são as condições associadas às odontalgias?

Não podemos esquecer que para chegar a estes diagnósticos o primeiro é investigar a possibilidade de dor odontogênica.

Boa semana!

Dor oncológica

Um assunto pouco abordado aqui no blog é sobre dor oncológica.
Como sei que muitos pacientes leem este blog, preciso comunicar algo a eles:  este tipo de dor não é comum (ainda bem). Então, se você apresenta dor na região da face ou boca, primeiro consulte um especialista em dor orofacial, que muito provavelmente sua condição não é esta.
Mas voltando ao assunto, na quarta feira um seminário sobre este assunto será apresentado no curso de Especialização em DTM e Dor Orofacial em Bauru (ei, para quem quiser participar,  inscrições já estão abertas tanto para atualização quanto especialização!) e eu vou assistir. E então, estou fazendo a lição de casa e relendo um dos artigos.
Trata-se de uma revisão de literatura publicada este ano no Current Pain and Headache Reports pelos autores Marcela Romero-Reys, Antonia Teruel e Yi Ye. O título é Cancer and Reffered Facial Pain.
Os autores introduzem o assunto com a frase:
“The fundamental purpose of the pain experience is protection, and this is underscored when pain is related to cancer”.
 O diagnóstico nestas condições é o mais nebuloso. A dor apresenta-se com várias características e vários mecanismos (somáticos, viscerais, inflamatórios, neuropáticos) e pode ser consequência do tumor em si ou da sequela do próprio tratamento como de cirurgias, quimo e radioterapia. Ainda, pode ser devido a um tumor local ou uma dor referida a esta região.
De modo geral os autores destacam que a dor oncológica deve ser incluída no diagnóstico diferencial de pacientes com dor orofacial inexplicável ou intratável.
Isso me fez lembrar que ouço a todo momento sobre pacientes refratários. Minha opinião sobre eles: primeiro tenha certeza do diagnóstico, antes de propor outra terapia!
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Eu já atendi alguns pacientes com dores oncológicas, só este mês foram dois. Mas estes são casos raros no consultório de dor orofacial. Não esqueço nenhum deles pois sempre a investigação foi complexa e muitas vezes chegamos ao veredito por exclusão. Também atendi pacientes com sinais de dormência no queixo (já escrevi aqui sobre isso).
Recomendo a leitura do artigo completo para que possam ter uma ideia dos mecanismos envolvidos na dor orofacial oncológica e das características de cada tipo de câncer oral.
Mas duas coisas quero destacar:
  1. A dor pode ser referida a articulação temporomandibular (ATM) e ser descrita como dor pulsátil, apresentando limitação e desvio em abertura bucal, trismo, estalos e sintomas de otalgia, o que pode ser confundido com DTM.
  2. Sintomas de dor com características similares a neuralgia do trigêmeo, odontalgia atípica e DTM foram os três mais comuns associados a tumores intracranianos, especialmente tumores de fossa craniana posterior e média.
Acho importantíssimo não esquecermos disso!
Ainda, uma condição talvez mais rara mas que o amigo Reynaldo Leite Martins Jr. uma vez já havia comentado comigo e é citada no artigo, é a dor referida por câncer de pulmão. Este fato já foi descrito na literatura e foi sugerido que esta dor é mediada pelo nervo vago que quando comprimido pelo tumor pode causar convergência de impulsos periféricos ao subnúcleo caudal do nervo trigêmeo, gerando dor orofacial.
Então, parem e pensem sempre! Diagnóstico deve vir sempre antes do tratamento. Colegas: verifiquem e conheçam  os critérios de diagnóstico para cada tipo de disfunção temporomandibular (são vários!), dor neuropática ou outra condição. Cuidado ao oferecer terapia a pacientes “refratários” ao tratamento anterior, sem antes reavaliar o diagnóstico.
Os autores colocaram algumas importantes considerações clínicas para dor oncológica na região orofacial:
  • Para correto diagnóstico de qualquer dor na região orofacial, os clínicos deveriam tomar o histórico médico e odontológico e incluir os seguintes aspectos com relação a dor: início, localização, qualidade, padrão temporal, intensidade, padrão de referência e fatores modificadores. Estas informações podem indicar a etiologia da dor.
  • No exame físico, a área dolorida deve ser examinada, mas os clínicos sempre devem lembrar que a origem da dor pode estar localizada em uma área distante da relatada (dor referida).
  • Os clínicos devem lembrar que o diagnóstico de dor por câncer é realizado por exclusão e somente deve ser considerado quando todas as causas óbvias e comuns para a dor foram extensamente investigadas e excluídas.
  • Os descritores para dor oncológica são os mesmos para outras condições não oncológicas na região orofacial e a intensidade de dor pode variar de moderada a grave.
Falando nisso o Reynaldo que citei acima e alguns colaboradores publicaram o artigo Diagnóstico tardio de Neoplasia tratada como disfunção temporomandibular: Relato de caso e revisão de literatura” que tem tudo a ver com o tema desta postagem. Ele está disponível e sugiro a leitura! Só clicar no título!
Agora já estou preparada para assistir ao seminário quarta feira!! 🙂
Boa semana a todos!

Campanha para ajudar pacientes com câncer a sofrerem menos com dor

Recebi recentemente um email da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica solicitando ajuda para divulgação de uma campanha de mobilização para reduzir a dor em pacientes oncológicos.

Reproduzo abaixo para que vocês também possam participar!

O Instituto Espaço de Vida e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) – e demais entidades de defesa ao paciente e sociedades médicas – estão fazendo uma campanha para convencer a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a alterar as diretrizes de utilização do tratamento domiciliar oral contra o efeito colateral dor do tratamento contra o câncer, ou seja, obrigar os planos de saúde a garantirem mais qualidade de vida para quem sofre de dor relacionada ao câncer.

Hoje, a ANS só obriga que os planos de saúde forneçam aos pacientes oncológicos medicação para tratar dores ligadas ao sistema nervoso (neuropatia – aquela sensação de formigamento que ocorre nas extremidades do corpo – pés a mãos). Os outros tipos de dor, como a nociceptiva (relacionada a uma lesão, por exemplo) ou mistas, não são cobertas pelos planos de saúde. Esse cenário discrimina os pacientes com dores oncológicas que não são neuropáticas e diminui a qualidade de vida de muitas pessoas que sofrem com o câncer!

A cada 2 anos, a ANS atualiza a Resolução Normativa que define o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, ou seja, o que o usuário de planos de saúde tem direito em termos de diagnóstico, tratamento, acompanhamento, medicamentos, etc. Antes do Rol de Procedimentos ficar disponível, essa atualização pode receber contribuições para alteração do público em forma de Consulta Pública (CP) e todos nós podemos contribuir!

Para que mudanças aconteçam e o acesso aos medicamentos seja amplo e irrestrito, garantindo menos sofrimentos aos pacientes, é preciso que seja alcançado o maior número possível de contribuições! Compartilhem no Facebook e em outras redes sociais!

Vejam:http://www.espacodevida.org.br/noticias/consulta-publica-para-oferta-de-medicamentos-para-dor-em-pacientes-com-cancer-ans-cp-n-59-2145/#.VYlfBPlVhHx

Mobilização Urgente

 

Consulta Pública para oferta de medicamentos para dor em pacientes com câncer – ANS CP nº 59

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é um órgão do governo brasileiroresponsável pela controle de procedimentos, fornecimento de medicamentos e outros assuntos relacionados aos planos de saúde. A cada 2 anos, acontece a atualização da Resolução Normativa que define o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, ou seja, o que o usuário de planos de saúde tem direito em termos de diagnostico, tratamento, acompanhamento, medicamentos etc.  Antes do Rol de Procedimentos ficar disponível,  essa atualização pode receber contribuições para alteração do publico em forma de Consulta Pública (CP)  e todos nos podemos contribuir. 

Ao longo do período em que a CP de atualização do Rol de Procedimentos 2015/2016 estiver disponível, o Instituto Espaço de Vida fará uma serie de contribuições solicitando alterações dos textos apresentados e  pedimos sua ajuda!

Para começar:  5 minutos do seu tempo para que os pacientes oncológicos (qualquer tipo de câncer)  não sintam mais dor. 

 

Precisamos convencer a ANS a alterar as diretrizes de utilização do tratamento domiciliar oral contra o efeito colateral do tratamento contra o câncer. Hoje, só é oferecida medicação às dores ligadas ao sistema nervoso (neuropatia – aquela sensação de formigamento que ocorre nas extremidades do corpo – pés e mãos) . 

Com a sua colaboração, esperamos que a ANS altere esse capitulo e disponibilize medicamentos  para todas as dores causadas durante o tratamento do câncer.

 

Para participar, basta seguir o passo a passo, abaixo.

 

Contamos com a sua participação! Muito obrigado!

 

Instituto Espaço de Vida

www.espacodevida.org.br

Como participar em 10 passos:

Para participar é preciso entrar no site da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) neste link e seguir os passos abaixo:

 1. Use a barra de rolagem para chegar a “Faça sua a contribuição”.

2. Utilize o formulário para escrever seus dados pessoais.

3. Em “Tipo de usuário”, selecione “prestador de serviços”, se médico ou profissional de saúde. Se for paciente, escolha “consumidor”.

4.  No campo “Tipo de contribuição”, selecione “Alteração de Diretriz de Utilização”.

5. Abaixo, estará o campo de busca “Termo a pesquisar”. Digite “antineoplásicos” e clique em pesquisar (verifique se o seu computador está com antipop-ups ).

6. Uma janela aparecerá. Você deve escolher o item “MEDICAMENTOS PARA O CONTROLE DE EFEITOS ADVERSOS E ADJUVANTES”. Depois, aperte em “Continuar”.

7. Digite o código que aparecerá no formulário antes de enviar a contribuição.

8. Haverá dois  campos  para preencher. No primeiro, você deverá copiar a nova diretriz sugerida exatamente com o texto abaixo:

IV. TERAPIA PARA DOR RELACIONADA AO USO DE ANTINEOPLÁSICOS 1. Cobertura obrigatória de analgésicos, opiáceos e derivados, de acordo com prescrição médica, para pacientes com dor relacionada ao uso do antineoplásico que tenham este efeito colateral previsto em bula.

9. Por último, você terá que preencher o espaço de justificativa (de preferência com uma bibliografia).

10. Clique em “Enviar”. Sua contribuição está pronta. Obrigado!

Se você precisar de ajuda para preencher o formulário, entre em contato com nossa equipe. Ligações Gratuitas: 0800 773 3241 das 8h às 18h, ou envie sua dúvida para o e-mail Contato@espacodevida.org.br

 

Sobre a consulta pública

Promovida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Consulta Pública número 59 irá atualizar a Resolução Normativa que define o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, lista que serve de referência mínima para cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Pode receber contribuições de profissionais de saúde, ONGs, instituições, pacientes e cidadãos em geral. A consulta ficará aberta até  19 de julho de 2015.

 

Vamos lá pessoal, só custa uns click! 🙂

Rapidinhas… nem tudo que reluz é ouro.

Hoje vi uma postagem no Facebook do colega José Luiz Peixoto que chamou minha atenção. 

No texto ele disse: “Custa nada lembrar que nem toda dor na região da ATM é uma DTM “simples”!”

Anexo a esta frase estava um link para um artigo publicado no Journal Surgical Cases Reports.

O artigo é gratuito e relata um caso raríssimo de metastase de câncer de mama na cabeça da mandíbula mimetizando uma disfunção temporomandibular (DTM).

Super importante estamos atentos a todas as possibilidades. Comentamos isso no último módulo do curso de DTM e Dor Orofacial do IEO-Bauru: devemos estar atentos aos detalhes na anamnese e exame físico até mesmo para solicitar os exames complementares. Nem sempre, por exemplo, a limitação de abertura bucal é devida a deslocamento anterior do disco sem redução ou contratura muscular. Entender estes fatores é um exercício diário em busca do diagnóstico.

Chega de lenga lenga, aqui está o link para o artigo: http://jscr.oxfordjournals.org/content/2014/1/rjt130.full.pdf+html 

Aproveitando o tema Facebook, acho que todos sabem que a rede social mais famosa do momento completou 10 anos (!!!). Em comemoração lançaram uma página sobre histórias no Facebook (http://www.facebookstories.com/). Assistam a história do Raimundo, morador de rua de São Paulo e como a boa vontade de uma mulher (Shalla Monteiro) e a rede social mudaram o destino dele. 

Link aqui: http://www.facebookstories.com/stories/53734/the-conditioned