
Trismo: um sinal, vários motivos

Eu acho que nunca escrevi aqui no blog sobre meus locais de atendimento, apesar de sempre no menu estarem localizados estes endereços.
Mas sabe resolução de 2017? Então, resolvi que neste ano vou divulgar mais os locais onde recebo pacientes ansiosos para o controle de suas dores, disfunções e bruxismo.
Para isso ano passado fiz um site totalmente novo, voltado para o público leigo no endereço: www.dentistajuliana.com.br
O site é informativo e aos poucos estou atualizando os textos.
Uma das coisas bacanas que resolvi colocar é um teste de sintomas de DTM. Assim, antes da visita, o paciente pode perceber dados relevantes sobre sua queixa.
Ainda, acompanhando as novas tendências, intensificamos o contato via Whatsapp com números específicos para os dois consultórios. Hoje atendo em Ribeirão Preto e Franca.
Além deste atendimento particular, faço parte do Bauru Orofacial Pain Group e auxilio atendimentos nas clínicas de DTM e Dor Orofacial no IEO-Bauru uma vez no mês. Lá o atendimento é de baixo custo (mais informações 14-3234 1919).
Assim, caso precisem ser atendidos ou mesmo encaminhar pacientes, estão aí meus contatos!
Falando nisso….
E por falar nos cursos de Bauru, o curso de Atualização em DTM e Dor Orofacial coordenado pelo Prof. Paulo Conti está com vagas quase esgotadas! Corra! Início dia 16/02/2017 e com novidades! 🙂
Em 2013 resolvi montar uma aula sobre Fibromialgia e acrescentar alguns quadros que gosto muito ao contexto! Gostei tanto que 3 anos depois ainda ministro a mesma aula, só atualizando alguns slides.
Fiz uma postagem aqui sobre o assunto e inclusive sobre cada quadro que citei e porque Fibromialgia é tão importante na minha vida. Para ler clique aqui e aqui.
Hoje me lembrei do site Slideshare que permite deixar a aula em slides para visualização. Coloquei a aula para todos vocês!
(Tenho algumas aulas por lá também sobre outros assuntos. Confira no link: http://www.slideshare.net/julianadentista)
E para terminar o assunto, que tal ler alguns artigos recentes sobre fibromialgia e dor difusa? Seguem alguns gratuitos e que tem participação de um dos meus autores favoritos: Prof. Daniel Clauw.
Bom feriado a todos! 🙂
Assisti esta aula no Congresso Mundial de Dor e achei muito bacana!
Agora acontecerá dia 18/11 um Webinar (se você não sabe é tipo um seminário via internet).
É gratuito mas você precisa registrar-se. Aproveite que tanto a palestrante como os debatedores são de primeira linha! Link aqui!
No final do mês passado participei do Congresso Mundial de Dor promovido pela Associação Internacional de Estudo a Dor (IASP). De lá fiz uma transmissão ao vivo, via Periscope e encontrei o Prof. Gary Heir da Rutgers School of Dental Medicine que mandou um recado bem bacana a todos: visitem a página do grupo de Dor Orofacial da IASP! E há um motivo bem bacana para que você faça isso: o grupo disponibilizou textos que recentemente foram atualizados sobre algumas condições de dor orofacial para download! Os textos estão disponíveis inclusive em Português.
Ou seja, não perca tempo, clique aqui e leia já!
#ficaadica
Não deixe de acompanhar as transmissões via Periscope! www.periscope.tv/dororofacial
Outras redes:
Não sei o motivo pelo qual nunca postei aqui, mas revisando hoje para confeccionar o poster que vou levar ao congresso da IASP, entre no site para ler sobre a taxonomia e me lembrei da classificação de dor crônica.
A IASP (Associação Internacional de Estudo da Dor) lançou em 2011 a segunda edição de sua classificação. Acho bacana conhecer não só esta como a Classificação Internacional das Cefaleias para pontuar o que trabalhamos e as condições que podem coexistir em nosso paciente.
Clique na foto para verificar!
Não faz muito tempo que comentei aqui no blog sobre um artigo do grupo da Dinamarca que havia realizado um experimento com hipnose para alterar catastrofização em pacientes com disfunção temporomandibular (DTM). Para quem quiser ler mais sobre o assunto, clique aqui.
Esta semana encontrei no canal Nerdologia no YouTube um vídeo sobre hipnose bem bacana e esclarecedor sobre o método.
Assistam! O trabalho deles é bem bacana e ilustrativo!
Falando nisso…
Há algum tempo atrás compartilhei também deste canal o vídeo sobre Homeopatia e efeito placebo. Vale a pena ver de novo!
Ontem recebi o Jornal da SBDOF (Sociedade Brasileira de DTM e Dor Orofacial) e achei que esta edição ficou bem bacana! Parabéns aos envolvidos!
Dentre o conteúdo, destaco a entrevista concedida pelo Prof. Daniele Manfredini da Itália. O professor relatou sobre algumas de suas pesquisas focaram em temas diversos como zumbido e DTM, relação entre postura, oclusão e DTM e toxina botulínica. Sobre estes assuntos professor Manfredini citou recentes artigos publicados pelo seu grupo. Listo abaixo os links dos mesmos:
O jornal ainda traz algumas resenhas científicas. Destaco a resenha realizada pelo colega Ricardo Aranha que escolheu um artigo sobre o uso de placas estabilizadoras em pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). Esta resenha chamou minha atenção para algo que sempre comentamos no Dia do Bruxismo: a necessidade de diagnosticar e individualizar cada paciente. No caso do bruxismo: verificar se o bruxismo é primário ou secundário, do sono ou da vigília, verificar se há danos ao paciente pela presença da condição e pensar bem na escolha da terapia. Todo cuidado é pouco.
E por fim quero destacar a grande descoberta do ano: professor Paulo Conti citou um estudo em que traz a tona uma nova hipótese para a presença de DTM ser mais frequente em mulheres: elas pescam menos. Será? Destacou em sua “reportagem” os efeitos da pescaria na liberação de endorfinas e modulação da dor. Ele alega ser excelente pescador, a edição alega que ele sabe usar o photoshop. Leia a reportagem e tire suas conclusões!
O jornal ainda tem outras seções bacanas como a jornada musical da dupla Fábio Robles e Marcelo Gomes da Silva, o que o Prof. Yuri Costa está estudando, as resenhas científicas, as perguntas aos sócios sobre os temas viscossuplementação e zumbido com participação de Rodrigo Wendel, Daniel Bonotto, Marta Rampani e Priscilla Hilghenberg, entre outros.
Muito conteúdo! Leia!
Parabéns a todos os envolvidos nesta edição, sobretudo ao esforço do Reynaldo Leite Martins Junior em editar o jornal!
Para quem quiser ler, clique no link: http://sbdof.com/jornal-da-sbdof/
Ou faça download da versão em PDF clicando aqui: jornal sbdof 4
Aproveito a postagem para avisar que irei atualizar em breve a página de Cursos e Eventos em que vou participar! Este ano ainda promete muitas aulas! Para quem se interessar:
É inacreditável a quantidade de emails que recebo de pessoas que estão sofrendo de ardência bucal no Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde. E isso tudo porque em 2010 escrevi dois artigos sobre ardência bucal aqui no blog.
De lá pra cá tenho a sensação de que o desconhecimento ainda paira sobre este assunto.
E pelos emails que recebo, cheguei a conclusão que os colegas dentistas ainda não se habituaram a investigar esta queixa e também, a observar a ocorrência de xerostomia em seus pacientes.
Semana passada estive em Belo Horizonte falando sobre Síndrome da Ardência Bucal. Não é a primeira vez claro que ministro esta aula, mas foi a primeira vez em que dei foque principal não à SAB e sim a Xerostomia (boca seca).
E por que?
Porque é este o problema mais frequente e responsável pela queixa de ardência bucal entre os emails e também pacientes que atendo.
A SAB é rara.
Eu não sei se os alunos curtiram, mas eu achei muito bom falar sobre este assunto e, inclusive, melhorou a minha prática clínica. Estou ainda mais atenta!
Na busca de atualizar os slides encontrei muito material bacana e dentre os artigos que li, quero destacar o consenso da ADA – American Dental Association – sobre o assunto. Bem completo, segui com ele para preparar alguns slides que irei disponibilizar abaixo para vocês. Sugiro a leitura!
A Xerostomia pode ser provocada por diversos fatores como problemas sistêmicos, medicamentos ou radioterapia.
Por que incomoda tanto? Porque reduz a secreção de saliva e sabemos da importância desta na mastigação e deglutição. Além disso a saliva lubrifica os tecidos orais e mantém o pH equilibrado. Um fato importante a ser observado é que a hipossalivação provoca alterações no paladar, assim como as observadas na SAB.
Entre estas causas colocadas, quero destacar a xerostomia por efeito medicamentoso. A grande maioria dos casos se encaixa nesta categoria.
Vários são os medicamentos que podem levar a xerostomia como efeito colateral.
Dentre eles:
Vejam quantos medicamentos que usamos até no tratamento da DTM, não?
É claro que o efeito é diferente de pessoa para pessoa! Nem todos que ingerem estes medicamentos apresentam xerostomia.
Você pode pensar: para tratar basta que troquemos as medicações! Mas isso muitas vezes não é possível!
Super importante: se seu paciente lhe procurar com ardência bucal, gaste um bom tempo o avaliando. Ouça sua história, exame, verifique a quantidade de saliva!
Para triagem ou primeiro contato, quatro perguntas podem ser realizadas ao seu paciente:
Acenda a luz amarela se a resposta for sim a qualquer das perguntas acima.
Fique atento aos sinais e sintomas de xerostomia. Veja os slides abaixo! Não se admire se encontrar dentes desgastados…
Na clínica odontológica um exame rápido, indolor e de baixo custo é a sialometria que quantifica a saliva em repouso e a saliva estimulada e comprovar que a xerostomia está presente.
Existem vários métodos pelo qual pode ser realizado. Vejam a tabela abaixo.
Fonte: Sialometria: aspectos de interesse clínico. Rev. Bras. Reumatol. vol.53 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2013 http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2013.03.001
Eu faço o método de drenagem ativa e depois estimulo a produção de saliva através de ácido cítrico. Os dois métodos por 5 minutos. Coleto em um medidor graduado.
Os valores aceitáveis são mínimo de 0.3 a 0.5 ml/min para drenagem ativa e mais do 1 ml/min na estimulada.
É possível trazer conforto ao paciente com ardência bucal por xerostomia através do uso de informação, medidas preventivas (não esquecer que são pacientes mais susceptíveis a cárie, traumas, periodontopatias, desgaste dentário) e tratamento paliativo com umidificante oral ou saliva artificial em spray ou gel. Em alguns casos, existem gomas de mascar a base de xilitol que podem ser utilizadas. Outros produtos incluem pastas de dentes, bochechos, etc. É possível encontrar produtos de diversas áreas.
O tratamento medicamentoso é apenas utilizado em casos bem específicos.
E LEMBREM-SE: SOMENTE INICIE UM TRATAMENTO APÓS CONSULTAR UM CIRURGIÃO DENTISTA!
Dentre as especialidades odontológicas, a Estomatologia é a mais indicada. No site da Sociedade Brasileira de Estomatologia é possível verificar um indicador profissional: http://www.estomatologia.com.br/profissionais Entretanto há poucos especialistas no Brasil, o que reforça a importância deste texto.
É isso! 🙂
Slides da aula abaixo:
O texto de hoje é sobre uma história que a querida aluna da especialização em DTM e Dor Orofacial, Cristina Penteado, lá em Bauru me contou no último módulo.
Enquanto apresentava um caso clínico para a discussão, a Cris relatou que um dos motivos da indicação ao ambulatório da paciente foram lesões no canto da boca, semelhante a queilite angular.
Achei estranho o fato da paciente ser jovem, com boa saúde bucal e geral (exceto pela cefaleia e DTM).
E foi então que a Cris se revelou excelente profissional, observadora. Ela nos contou que em seu consultório atendeu a dois casos semelhantes. Jovens, boa saúde, mas com lesões ao redor dos lábios e canto da boca, com pele descascando, rachaduras e pequenos sangramentos, sem nenhum motivo aparente identificado.
Ao acompanhar as pacientes até a sala de espera para remarcar suas consultas, ambas apresentaram o mesmo comportamento: abriram a bolsa, retiraram de dentro dela um hidratante labial e aplicaram nos lábios.
O que chamou a atenção da Cristina foi o fato de ser o mesmo hidratante: o famoso EOS americano, conhecido por ser o queridinho das famosas, o inclui Kim Kardashian e Britney Spears.
Vasculhando a internet, Cristina encontrou em jornais americanos reportagens de usuárias deste hidratante que apresentaram reações semelhantes à de suas pacientes!
Cabe dizer que a empresa se manifestou conforme abaixo:
EOS issued a statement in defense of its products on Thursday.
‘We firmly believe this lawsuit is without merit,” the statement said. “Our products are made with the highest quality ingredients and meet or exceed all safety and quality standards set out by our industry and validated by rigorous testing conducted by an independent lab. ‘The health and well-being of our customers is our top priority and millions of satisfied customers use our products every day, many of whom take the time to share their experiences with us.”
Segundo o site BuzzFeed em 16/01/2016, consumidoras americanas entraram com o processo judicial contra a empresa.
A blogueira Monica Robo do Monica Loves Makeup apresentou caso semelhante:
Bem, Cristina pediu que as pacientes suspendessem o uso do hidratante labial imediatamente. E após algumas semanas as lesões desapareceram.
Ao atender a paciente no curso de DTM/DOF em Bauru, Cristina apenas perguntou: você algum hidratante labial?
A mesma abriu a bolsa e adivinhem só qual ela usava! O próprio…
#ficaadica
Vejam os links:
http://www.newsmax.com/TheWire/eos-sued-lip-balm-rash/2016/01/14/id/709474/
http://chinaglazelover.blogspot.com.br/2012/10/my-eos-lip-balms-are-going-in-trash.html