Boas Práticas no Manejo das Disfunções Temporomandibulares (DTM)

Boas Práticas no Manejo das Disfunções Temporomandibulares (DTMs)

Este artigo apresenta os 10 pontos-chave para boas práticas clínicas no manejo das Disfunções Temporomandibulares (DTMs), propostos pelo grupo INfORM, da International Association for Dental, Oral and Craniofacial Research (IADR). Essas diretrizes foram discutidas e aprovadas durante a Sessão Geral da IADR em New Orleans, em março de 2024.

O grupo INfORM é uma rede internacional que reúne especialistas em dor orofacial e distúrbios relacionados. Esses 10 pontos-chave representam um resumo do padrão atual de cuidado no manejo das DTMs e auxiliam os profissionais da odontologia a aprimorar seu entendimento e evitar tratamentos inadequados. A lista abrange desde o conhecimento da etiologia, diagnóstico até o tratamento das DTMs, sempre com um enfoque centrado no paciente e baseado nas mais recentes evidências científicas.

A Importância de uma Abordagem Baseada em Evidências

As DTMs constituem um grupo complexo de condições que envolvem dor e disfunção orofacial. A etiologia das DTMs é multifatorial, envolvendo aspectos musculoesqueléticos, psicossociais e, frequentemente, hábitos parafuncionais. Portanto, o manejo das DTMs deve ser fundamentado nas melhores evidências científicas disponíveis, evitando práticas que possam trazer riscos desnecessários ao paciente, como intervenções invasivas irreversíveis sem indicação adequada.

A proposta do grupo INfORM destaca a importância de um diagnóstico criterioso, fundamentado em um histórico clínico padronizado e em exames validados, além do uso de abordagens conservadoras e da autogestão apoiada do paciente. Essas recomendações visam reduzir o impacto da dor, melhorar a funcionalidade e, sobretudo, proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

Como Essas Diretrizes Podem Ajudar na Prática Clínica?

Essas diretrizes fornecem um guia prático para que outros profissionais da odontologia, bem como associações nacionais e internacionais, possam desenvolver recomendações adaptadas às diferentes necessidades culturais, sociais e de saúde. A adoção dessas boas práticas pode ter um impacto significativo na jornada do paciente, evitando intervenções desnecessárias e priorizando métodos que trazem reais benefícios.

No contexto clínico, algumas das orientações incluem o uso de terapias cognitivo-comportamentais, fisioterapia e aparelhos orais de uso provisório e limitado, sempre priorizando abordagens não invasivas. A lista de pontos também enfatiza que a imagem diagnóstica deve ser utilizada com cautela e apenas quando houver impacto potencial no diagnóstico ou no plano de tratamento.

Conclusão

As disfunções temporomandibulares são condições que demandam uma abordagem cuidadosa e um manejo interdisciplinar. Com essas diretrizes, é possível estabelecer uma base sólida para proporcionar o melhor cuidado aos pacientes, respeitando suas particularidades e evitando práticas inadequadas. A adoção de práticas centradas no paciente e baseadas em evidências é essencial para garantir o melhor resultado clínico, minimizar riscos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Para mais informações e conteúdos sobre DTM e dor orofacial, acesse o blog www.julianadentista.com.

Referência: Manfredini D, Häggman-Henrikson B, Al Jagshi A, Baad-Hansen L, Beecroft E, Bijelic T, Bracci A, Brinkmann L, Bucci R, Colonna A, Ernberg M, Giannakopoulos NN, Gillborg S, Greene CS, Heir G, Koutris M, Kutschke A, Lobbezoo F, Lövgren A, Michelotti A, Nixdorf DR, Nykänen L, Oyarzo JF, Pigg M, Pollis M, Restrepo CC, Rongo R, Rossit M, Saracutu OI, Schierz O, Stanisic N, Val M, Verhoeff MC, Visscher CM, Voog-Oras U, Wrangstål L, Bender SD, Durham J; International Network for Orofacial Pain and Related Disorders Methodology (INfORM). Temporomandibular disorders: INfORM/IADR key points for good clinical practice based on standard of care. Cranio. 2024 Oct 3:1-5. doi: 10.1080/08869634.2024.2405298.

About the author

Sophia Bennett is an art historian and freelance writer with a passion for exploring the intersections between nature, symbolism, and artistic expression. With a background in Renaissance and modern art, Sophia enjoys uncovering the hidden meanings behind iconic works and sharing her insights with art lovers of all levels.

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