Rapidinhas: vídeo sobre hipnose

Não faz muito tempo que comentei aqui no blog sobre um artigo do grupo da Dinamarca que havia realizado um experimento com hipnose para alterar catastrofização em pacientes com disfunção temporomandibular (DTM). Para quem quiser ler mais sobre o assunto, clique aqui.

Esta semana encontrei no canal Nerdologia no YouTube  um vídeo sobre hipnose bem bacana e esclarecedor sobre o método.

Assistam! O trabalho deles é bem bacana e ilustrativo!

Falando nisso…

Há algum tempo atrás compartilhei também deste canal o vídeo sobre Homeopatia e efeito placebo. Vale a pena ver de novo!

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Rapidinhas: novo vídeo de efeito placebo

Eu assino vários canais de YouTube. A maioria é sobre receitas e maquiagem (#mejulguem) e alguns relacionados aos podcasts que costumo ouvir. Entre os podcasts está o Nerdcast do portal do Jovem Nerd, que ouço às vezes (quando o tema não é game ou RPG, ou algo semelhante).

Dentre a variedade de canais no YouTube do Jovem Nerd, eu só assino um, o canal Nerdologia, feito para explicar cientificamente coisas nerds (imagino a cara da maioria dos meus leitores se perguntando: o que é isso?).

Os vídeos são muito bem feitos e quem é o cientista que produz o conteúdo é o biólogo Atila Iamarino.

Ontem o vídeo trouxe como titulo: Como funciona a homeopatia? Para explicar a homeopatia, Atila recorreu a explicação sobre efeito placebo, enfatizou inclusive o efeito na dor.

Por coincidência, ontem vi também um slide do André Porporatti sobre Placebo, aula que ele vai ministrar hoje a tarde para o pessoal do curso de Atualização em DTM e Dor Orofacial da ABO de Santa Catarina, Florianópolis!

Assista ao vídeo do Nerdologia e depois dê seu pitaco por aqui! 🙂

Eu ia escrever sobre Placebo aqui mas vi que já havia feito duas postagens sobre o tema bem parecidas com o conteúdo que ia expor novamente. Assim, sugiro que, para complementar e entender placebo na Dor Orofacial, clique nos links abaixo:

Curso Aperfeiçoamento em DTM e Dor Orofacial – IEO Bauru

Semana intensa e quente por aqui! Não deu tempo nem de fazer um vídeo mais longo no Periscope (já me segue por lá? @dororofacial)!

Recebi a informação que a procura já começou pelo curso de Aperfeiçoamento em DTM e Dor Orofacial do IEO-Bauru!

Quem acompanha o blog há mais tempo já conhece este curso, não é? Com mais de 10 anos de tradição, professor Paulo Conti está na coordenação deste curso, teórico e clínico.

O curso tem como objetivo oferecer a todos os alunos atualidades com relação a meios de diagnóstico, critérios de classificação, comorbidades e as terapias mais conceituadas de tratamento dentro das disfunções temporomandibulares e dores orofaciais.

Na equipe, além de mim, estão presentes o professor Leonardo Bonjardim, da Fisiologia Oral da FOB-USP (junto com o prof. Paulo Conti, os dois maiores nomes na pesquisa em DTM/DOF do Brasil), Carolina Ortigosa CunhaAndré Porporatti, Yuri Costa, Naila Machado, Fernanda Araújo Sampaio, Dyna Mara FerreiraHenrique Quevedo e o fisioterapeuta César Waisberg, todos membros do Bauru Orofacial Pain Group, para suporte ao curso com aulas teóricas e acompanhamento na clínica.

Além disso sempre temos convidados especiais! Este módulo a professora querida Daniela Godói Gonçalves estará por lá! \o/

O curso tem 11 módulos, de fevereiro a dezembro e todas as datas já estão agendadas! Acontece uma vez por mês, às quintas (8:00 a mais ou menos 20:30 hs) e sextas feiras (8:00 às 18:00).

A quem se destina: cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. O bacana é que este curso também é voltado para a atualização do especialista em DTM e Dor Orofacial!

Quer saber mais?

Entre em contato com a Vivian no IEO-Bauru pelo telefone 14 32341919 ou site www.ieobauru.com.br

Espero encontrar vários leitores por lá!

Ah! E para quem quer saber sobre a Especialização: nova turma em Abril de 2016!

Conheça também nosso trabalho no Bauru Orofacial Pain Group através da página do Facebook: www.facebook.com/orofacialpain

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Mais do mesmo: efeito placebo

Não quero ser repetitiva mas recebi um comentário no texto sobre efeitos não específicos do tratamento que gostaria de compartilhar com vocês porque sei que a maioria não lê os comentários.

O colega José Luiz Peixoto Filho postou um artigo também muito interessante, cujo autor principal é o Prof. Charles Greene, relator do texto da AADR sobre Disfunções Temporomandibulares (DTM)  publicado aqui no blog há tempos atrás.

Neste texto ele faz uma revisão sobre o efeito placebo em especial na analgesia e discutiu como ele funciona e como o paciente reagem a ele. Em particular gostei da parte em que fala sobre acupuntura e também das placas oclusais.

A boa notícia é que o artigo que foi publicado em 2009 no Journal Orofacial Pain está disponível para download! Não tem desculpas para não ler!

Aqui vai o link: http://www.quintpub.com/userhome/jop/jop_23_2_Greene_Mauro_2.pdf

Abaixo segue um quadro que retirei do texto com mecanismos responsáveis pela resposta positiva sobre três condições: tratamento (tx) ativo, placebo e nenhum tratamento.

E atenção! Várias pessoas me escrevem pedindo para que eu poste mais artigos em Português. Gente, hoje não há mais desculpas com relação à língua! Basta entrar no Google Tradutor, copiar e colar o texto e pedir para traduzir! Ontem li um artigo publicado em alemão assim. Claro que nem todos as frases saem perfeitamente mas dá para entender bem o contexto!

Como eu disse em uma aula recente de metodologia, só não estuda e não se atualiza hoje em dia quem não quer!

Vídeo sobre terapia com placebo

Hoje pela manhã recebi um email do meu amigo e mestre Márcio Bittencourt sobre um blog fantástico de neurociências, de um psicólogo, Dr. Shock.

Passeando pelo blog encontrei uma postagem sobre efeito placebo com um vídeo fantástico! Assistam! Altamente recomendado!

Bem, esta semana o ritmo é de ansiedade! Se há algo no mundo que espero todo ano é o carnaval! Isso mesmo, vamos sambar e esquecer da dor! Agora é só planejamento da fantasia! 🙂

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Atualização!

O colega José Luiz Peixoto Filho deixou nos comentários o link para a versão legendada para o português do vídeo acima! Quem preferir está logo abaixo.

Obrigada José Luiz!!! 🙂

Quem fez a legenda do vídeo foi Felipe Epaminondas, mestre em psicologia e especialista em psicopatologia pela PUC-GO e professor do ILES/ULBRA de Itumbiara e da pós-graduação na PUC-GO.

O blog dele é: http://scienceblogs.com.br/psicologico/

Efeito placebo

Comecei a pensar nesta postagem há cerca de 15 dias quando li um artigo de março de 2007 publicado na revista Pain Clinial Uptades, uma publicação da IASP, uma revisão sobre efeito placebo e efeito nocebo.

Este artigo é bem resumido e direto ao explicar ambos os efeitos, mostrando que nos últimos 10 anos os avanços na metodologia e tecnologia da pesquisa começaram a elucidar as repostas psicobiológicas à administração do placebo, e mostrando que não há apenas uma resposta e sim várias. Mas ainda muita pesquisa deve ser realizada para entender melhor estes mecanismos e utilizar o efeito placebo a favor na clínica. Quando li esta frase me lembrei imediatamente do Dr. Speciali, que em um dia de ambulatório conversava com os residentes enfatizando que o efeito placebo deve jogar a favor dos profissionais da saúde.

O contrário do efeito placebo seria o efeito nocebo, o que ainda foi pouco investigado, principalmente por problemas éticos que limita as pesquisas para este fim, afinal, este efeito se mostra desfavorável ao paciente.

Mas voltando a falar sobre efeito placebo, os processos mais estudados e detalhados dentro deste efeito seriam o condicionamento e a expectativa.

É sobre a expectativa do paciente com relação ao tratamento que gostaria de refletir um pouco. Ao ler o texto pude comprovar que já me deparei com esta situação muitas vezes na prática clínica. Como relatam os autores, a expectativa é uma ferramenta poderosa para se obter o efeito placebo.

Eu percebo isso claramente quando o paciente chega ao atendimento com uma ideia prévia do que pode solucionar sua dor. O exemplo mais recente que tenho em mente é de uma paciente jovem, com dor muscular local em masseter (mialgia local), associada a apertamento em vigília. Introduzi uma terapia com orientações básicas, termoterapia, massagem, na qual sempre obtenho sucesso. Mas neste caso em particular a paciente desde o primeiro momento me questionava sobre a placa de mordida. Por mais que eu argumentasse que não haveria necessidade deste procedimento naquele momento, a paciente não se conformava. No retorno, houve melhora na palpação e função mandibular mas a paciente ainda não estava satisfeita, afinal estava condicionada por parentes e vizinhos que somente a placa traria uma melhora total. Depois do terceiro retorno cedi à sua vontade e nem preciso relatar aqui que a melhora em uma semana foi espetacular. Mas vem cá, o que realmente fez efeito? Isso se repete com vários pacientes, seja com placa, seja com medicação e até mesmo pedido de exames de imagens. Claro que a ideia não é ceder à todas as vontades dos pacientes, afinal de contas, é o profissional da saúde que está no comando do tratamento, é ele também que deve informar ao seu paciente o que há de melhor para seu tratamento, o que é realmente comprovado e executar o tratamento com o máximo de bom senso. Este caso que relatei é excessão e não regra.

“Pessoas com alta expectativa com relação à analgesia necessitam de menores doses de medicamentos analgésicos…”

Outro ponto citado no texto é o relacionamento profissional-paciente que podem influenciar este efeito de várias formas como os efeitos emocionais gerados pela simpatia do paciente com o profissional e até a forma com que é explicado o problema clínico ou a posologia da medicação ao paciente.

Sugiro que leiam o texto! Segue o link para o download: http://www.iasp-pain.org/AM/AMTemplate.cfm?Section=Home&TEMPLATE=/CM/ContentDisplay.cfm&CONTENTID=7623

Comentários agora se localizam ao lado do título da postagem, à direita. Mostre sua opinião!

Abraços a todos e bom feriado!

P.S.: Algumas curiosidades :

1. Ao fazer a postagem sempre busco imagens para “decorar” o blog. Adorei o site de cartoons! rs… segue abaixo dos de placebo!

2. Achei vários sites cujo tema é terapias onde o efeito é placebo mas o que mais me assustou é a terapia que utiliza velas para remover resíduos da orelha (inclusive relatam resíduos emocionais). Não conhece? Clica aqui.

3. Tem gente lucrando vendendo pastilhas de efeito placebo! O lema do site é experimente o efeito placebo em você. 15 dólares o vidrinho! Veja aqui.

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